domingo, 15 de novembro de 2020

Teste da Boneca



  

   Loja é acusada de racismo ao vender boneca negra com preço mais barato que a branca:




 

  Uma loja de brinquedos na Inglaterra gerou polêmica por conta dos preços de suas bonecas.

  Ela colocou uma boneca negra com preço mais barato que a mesma de cor branca.

 

  A Argos, a loja em questão, colocou os brinquedos fabricados pela empresa francesa Corelle à venda em seu site.

  Enquanto a boneca branca, chamada Maria, custava aproximadamente R$ 137 (convertidos com a atual cotação), a asiática Yang e a negra Naima eram ofertadas por cerca de R$ 99.

 

  “É inaceitável induzirem crianças a pensarem que os brancos são melhores ou mais desejáveis.

  É ruim para os pequenos crescerem pensando que as cores não brancas valem menos”, afirmou uma mãe que se deparou com as ofertas no site.

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  Link



   Com a repercussão, a loja disse que foi erro no site e nivelou as bonecas pelo menor preço pedindo desculpas pelo erro. 

   Acredito que a imagem das duas bonecas colocadas lado a lado é real "com base nisso" percebi rapidamente a diferença de preço e achei "normal".

  A boneca branca me parece melhor acabada.

  Observem que na roupa dela as cores são mais vivas, tem acabamento nos punhos.

  Olhem para os lábios e contorno dos olhos como parece ser um molde mais sofisticado, detalhado.

  Suponho que sejam materiais diferentes.

  A mais cara tem até um pouco de cabelo.


  Assim, na minha humilde opinião, a precificação dos produtos deve estar certa.

  A questão seria o porque da diferença de fabricação.


  Mas essa foi uma postagem no Face, em um dos inúmeros grupos que fui excluído.

  O debate foi longo e em certo momento recebi a seguinte provocação:


 

  



  

   Pesquisei sobre o tal teste da boneca...


  ​"Em 1939, o casal de psicólogos Kenneth Clark e Mamie Phipps Clark conduziu um experimento diferente, chamado “Teste da Boneca”.

   Ele consistia na exibição de duas bonecas, uma branca e outra negra, para algumas crianças, que eram dividas em dois grupos: o das crianças brancas e o das crianças negras.

  Pedia-se à criança participante que atribuísse determinadas características às bonecas: bonita, feia, boa, má, etc.

  O que mais tocou nos resultados foi a constatação de que a maioria das crianças, tanto as brancas como as negras, escolheram a boneca branca como a bonita e boa, enquanto a boneca negra era descrita como feia e má.

 

  Uma criança branca atribuir qualificações positivas à boneca parecida com ela mesma não causa espanto, isso era o esperado.

  Mas porque as crianças negras, nos experimentos, não faziam o mesmo com a boneca negra?

  Se as próprias crianças negras elegem a boneca branca como modelo estético e moral superior, o que isso nos fala?

 

 (Conclusão)

 

  Isso nos fala de uma violência.

  O racismo tem por princípio organizar o valor e a capacidade do que se chamou de “raças” para determinadas aptidões, tratando alguns como inferiores por motivo de dominação.

   Criou-se uma ideologia da dominação, e embora a ciência reconheça que não há diferenças que justifiquem dividir humanos dessa forma, a desigualdade vem sendo construída de longa data, social e historicamente, a partir dessa ideia.

 

Teste da Boneca

 

 

 

  É um ponto de vista, respeito.
  Sem anular essa opinião vou lhes apresentar um ponto de vista paralelo, tudo bem?

  Não localizei a idade das crianças no teste de 1939.
  Vejam o teste de 2013.

  Quem passaria tanto "racismo" para crianças tão novas em 2013?
  Inclusive na própria família negra!
  (As crianças devem ter entre 3 e 6 anos.)

  A mídia?
  Faz tempo que o Cinema e a TV estão extremamente politicamente corretos.
  Dizer que uma criança nascida a partir de 2000 sofreu pressão da mídia para ser racista... é difícil defender essa tese, eu não consigo.

  Em nações como os Estados Unidos, em 1939 o racismo era forte, mas a própria família negra influenciaria "negativamente" a criança!?
  O normal é os pais encherem a bola dos filhos, será que pais negros não faziam isso!?

  A mídia era pouco desenvolvida, de certo o racismo não chegava via TV/Cinema para essas crianças.
 
  Minha dedução?
  Não acho que a escolha das crianças tenham como maior componente o "racismo estrutural".
  Tem mais a ver com a natureza humana e suas associações.

  Ficar surdo é horrível, mas nos orientamos bem.
  Perder o olfato é horrível, mas nos orientamos bem.
  Perder o tato ou paladar é horrível, mas nos orientamos bem.
  Perder a visão ... instantaneamente ficamos vitimas indefesas.

  Nosso principal incomodo com a falta de luz é o quanto afeta nossa capacidade de enxergar, nos sentimos expostos, com dificuldade de defesa em caso de algum ataque.

  Associamos a luz, claridade, "branco" ... a segurança.
  Associamos as trevas, escuridão, "preto" ...  a medo.

  As mentes das crianças estão em formação, são instintivas.

 

 

 ​ Na minha opinião a conclusão da pesquisa é "tempestade em copo d'água".

 

 

 

  Nada para levar muito a sério.
  Independente de qualquer coisa aposto que as pessoas que forem legais com a criança ela achará boa, as que forem desagradáveis achara más, chatas ... como acontece com todos nós.

  Estou buscando em minha memória casos que eu identifiquei como racismo.
  Nunca quis ficar "paranoico" com essa questão.
  Explico.
  Para alguns colegas negros tudo é racismo, sempre a primeira explicação para qualquer coisa que não corresse como queriam.
  Eu nunca ignoro essa possibilidade, mas se não tem evidências consistentes considero uma ocorrência normal.
  Resumindo:
  Para alguns colegas "na duvida" é racismo.
  Para mim "na duvida" é uma ocorrência normal.

  Com esse "meu" ponto de vista os casos de racismo pelos quais passei não foram muitos.

  Vejam um deles.

  Conclui um curso de modelo e manequim, me formei pelo SENAC.
  Fiquei muito bom nisso.
  Por um tempo fiz parte da academia/agência "Forma e Elegância."
  Certa vez teve teste para um trabalho, fui cortado.
  Todos ficaram surpresos, nunca havia sido cortado em um teste.
  Naquele dia eu não estava bem?
  Humm ... nada indicava isso, o teste era aberto ao publico, houve até aplausos espontâneos.
  Todo mundo tem seu dia ruim, mas aquele não foi o meu ... pelo menos desfilando.
  Evidente que o corte me deixou meio "sem chão".
  O que eu tinha feito de errado!?

  Depois percebemos que nenhum negro ou negra tinha passado no teste.
  (Nem aqueles "menos escuros".)
  O que fazer?
  O cliente tinha que ser respeitado na sua vontade.
  A Joana (dona da academia) percebeu, mas não nadava em dinheiro para cancelar um contrato de apresentação.
  Ela não fez isso, nem eu queria.
  Iria prejudicar o trabalho de outros modelos, inclusive alunos meus.
  Uma colega negra mais exaltada ficou indignada, queria brigar, conversei com ela, entendeu a situação.
  Pelo menos não tinha sido por falha técnica minha (ou dela), eu dava aulas, isso seria desagradável.
  A vida segue, outros trabalhos vieram.

  Minha cor atrapalhou a carreira de modelo?

  Esse foi um caso isolado, forçando bem a memória só encontrei mais um caso de menor monta, um cidadão queria me cortar (sem motivo justificável), mas a esposa dele parecia me querer muito ... no desfile, acabei participando.
  Nem sei se foi racismo ou medo de chifre😏.

  Ter sucesso em qualquer  carreira é complicado mesmo.
  Ainda mais nessas bem curtas como atletismo, competidor de qualquer esporte, modelo...
  Não lembro bem, mas lá pelos 25 anos, sem conseguir nenhuma oportunidade relevante achei melhor investir em outras possibilidades.

  No próximo texto tenho uma historia de racismo com final "feliz".
  





I'll be Back!











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