Quem é punido com prisão fica afastado da sociedade.
Quando o cidadão está próximo do fim da pena cabe o conceito de ressocialização.
Digamos que ficou preso 10 anos.
São 120 meses fora do convívio social “normal”.
Se nós enquanto sociedade achamos essa pena justa para o delito cometido, depois de cumprida a pena devemos reintroduzir esse indivíduo em nosso convívio normal sem maiores cobranças ou preconceitos.
No último ano de prisão, através de assistentes sociais podemos verificar se o preso terá um lar para voltar ou se teremos que providenciar vaga em albergue.
Verificamos se ele terá facilidade para conseguir emprego ou se teremos que ajuda-lo em uma recolocação e garantir uma renda mínima até que isso aconteça.
Nietzsche escreveu algo interessante:
Como deve ser a prisão?
Ter condições dignas ou sub-humanas?
Para combater pessoas que cometem monstruosidades nossa única opção é sermos monstros também!?
Prendê-lo em celas super lotadas ... não seria uma ação digna da minha parte.
Negar-lhe água ou comida seria uma monstruosidade.
Submete-lo a tortura ... eu estaria me tornando um monstro.
Punir com detenção alguém que praticou um crime é justo, mantê-lo em condições sub-humanas não.
Celas com espaço razoável, limpas e organizadas são coisas que estão ao nosso alcance.
Se é da vontade do preso estudar é claro que na situação dele terá grandes limitações, mas veremos o que é possível fazer.
Para isso seria necessário o uso da Internet...
Você concorda com essa proibição?
O argumento mais forte é que facilitaria comandar o crime das prisões.
Mas antes dos celulares esse tipo de comando já acontecia.
Como impedir que o preso fale alguma coisa a uma visita e ela transmita a outros?
O advogado do preso pode se prestar a esse papel.
Um agente penitenciário corrupto ou intimidado pode se prestar a esse papel.
Um chefão do crime pede ao carcereiro para transmitir uma mensagem, entendam que em muitos casos é perigoso o agente dizer não.
Como não temos a pena de morte um chefe do crime organizado que já está preso não tem mais nada a perder.
Imagine eu sendo carcereiro, o bandido diz que se eu não lhe levar um celular seus comparsas lá fora podem fazer algum mal a minha família.
Sempre que não há pena de morte os líderes do crime organizado se “sentem livres” para praticar as maiores atrocidades.
Digamos que um cidadão comum cometeu um crime.
Vamos considerar algumas situações:
Sua irresponsabilidade merece punição.
A pena é de 15 anos de reclusão.
b) Querendo uma grana “fácil” seu filho se presta ao papel de “mula” é preso com grande quantidade de drogas.
Pena de 6 anos.
Sua pena é de 19 anos.
Sua pena é 11 anos.
Sua pena 2 anos.
O corpo do indivíduo vai ficar em um presídio durante o tempo da pena.
Eu não estenderia essa punição em retirar sua liberdade de expressão, o contato de sua mente com outras mentes; não o baniria mentalmente da sociedade.
Em muitas cadeias é permitido ler livros … é um jeito do detento embora preso fisicamente experimentar alguma liberdade mental, visitar o mundo do autor do livro.
Nas cadeias é possível escrever cartas, outra maneira de libertar um pouco a mente.
(Essa é uma opinião muito pessoal, não tem a resposta certa ou errada.)
Se tem perfil em uma rede social por mim tudo bem.
Se o preso quer manter um blog, tudo bem.
Na "minha proposta" aparelhos particulares nem seriam permitidos, tê-los seria infração grave.
Na prisão definitiva seria fornecido um aparelho padrão com configuração apropriada a ser definida.
Assim como as cartas que os presos recebem e enviam podem ser abertas pelos agentes, toda comunicação nos presídios pode ser interceptada sem necessidade de autorização judicial.
“País precisa de R$ 10 bi para acabar com déficit prisional, diz CNJ”
[Estadão]
Isso se construirmos presídios caríssimos; não vejo necessidade disso.
Exemplo:
A Suzane Richthofen cometeu um crime bárbaro, mas não faz parte de nenhuma facção criminosa.
São criminosos que não tem como intimidar carcereiros ou se prestarão a cavar túneis.
“Toma que o filho é seu.” 😊
Se Deus não quiser que o mande para o capeta, eu não me importo.
“O Estado de São Paulo, que concentra a maior população carcerária do País, com 233 mil pessoas, ainda não conseguiu chegar à metade da promessa feita pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em novembro de 2013, de reduzir a comunicação entre presos com o bloqueio de sinal de celular nas unidades prisionais.
Dos 166 presídios paulistas, 23, ou 14%, têm bloqueadores.
Desde a instalação dos primeiros bloqueadores, em 2014, foram gastos R$ 22 milhões para implementar o sistema.”
Quando desenvolvemos a imprensa permitimos livros nas prisões.
Quando desenvolvemos os correios permitimos cartas nas prisões.
Quando desenvolvemos os televisores permitimos esses aparelhos nas prisões.
Agora temos a Internet...
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