“O
governo não quer uma população capaz de fazer pensamentos crítico.”
É surpreendente o
quanto as pessoas esperam do Governo!
Esperam tanto do Governo quanto
esperam de Deus a diferença é que de Deus não cobram nada, tudo está bom
e se não está bom é para nosso bem, Deus está “provando a nossa Fé.”
No Governo tudo é
perverso, tudo é para nos ferrar!
Um dos principais
objetivos desse Blog é questionar o radicalismo/fanatismo.
*Se eu questiono
o Deus Bíblicos é para fazer um contraponto sobre o fanatismo religioso.
*Se eu demonstro
como o ateísmo se mostrou ineficiente é para combater o fanatismo de que as
religiões são um grande mal para a humanidade.
Ateus nunca fizeram bons Governos.
*Se eu defendo o
Governo [independente de quem esteja nele] é para fazer um
contraponto quanto ao fanatismo de sua "demonização".
Veja o que o
intelectual George Carlin teoriza:
“É função do Governo desenvolver o senso
crítico das pessoas.”
Vamos primeiro
tentar conceituar o que é senso crítico.
Em sua forma mais
curta e objetiva é a capacidade
de criticar.
Não sei quanto a
vocês, mas eu nunca conheci alguém que não criticasse nada nem ninguém.
Logo, senso
crítico, capacidade de crítica, TODOS TEMOS.
Aqui entramos na
chave desse texto, preste atenção:
Para
muitos "intelectuais" senso crítico é quando suas críticas coincidem
com a deles.
Eu apresento aqui
no Blog muitas opiniões, se escrevo algo que o sujeito gosta eu tenho senso
crítico se ele não gosta me taxa de alienado, louco, imbecil... "sem
noção".
Vamos ao motivo
desse texto, o que me provocou a escreve-lo.
Como o Estado pode desenvolver o senso crítico dos cidadãos?
Olha, eu não faço
a mínima idéia!
Eu sei como o
Estado pode dificultar e muito o senso crítico, basta olhar para países
comunistas e ver como eles controlam o acesso à informação.
Em países
Comunistas a TV é do Estado, os jornais são do Estado e qualquer crítica ao
poderoso Governante pode ser punida com prisão e morte.
Os livros de
histórias são modificados ao gosto do “democrata” de plantão, democracia na
visão deles é sempre concordar com o Governo, só o Partidão sabe o que é bom
para você...simplesmente
aceite sua incapacidade de cuidar da própria vida!
No Brasil
reconheço que temos uma certa “doutrinação marxista”, mas não identifico isso
como “política de governo”.
Certos comportamentos
culturais acontecem e é difícil identificar exatamente o motivo.
Por que brasileiros
passaram a admirar Cuba/Fidel/Guevara?
Por que começamos
acreditar que a URSS era o futuro e o USA a perdição?
O fato é que as
pessoas que elegeram o Capitalismo como grande inimigo passaram a ditar os
rumos da nossa educação escolar, isso se intensificou no regime militar.
Os militares
foram estatizantes e seus opositores eram mais estatizantes ainda!
Por outro lado
... gostamos de televisão e Cinema.
Na década de 70
os aparelhos de TV ficaram populares no Brasil.
Nosso regime
militar não se opunha a produções de outros países e nesse quesito os
americanos foram imbatíveis em seu custo benefício.
Artistas
brasileiros criticavam a “permissividade” do Governo com o que eles chamavam de
“enlatados”.
Antigamente os
filmes eram feitos em rolos de fitas magnéticas e essas vinham em “latas”.
Séries e filmes estrangeiros
eram os “enlatados” que recebíamos prontos em “detrimento” dos artistas
nacionais.
[Vixe, estou perdendo o
foco ...]
Entenda que embora
tivéssemos desenvolvido uma cultura “pró Cuba” nossa
janela para o mundo tinha vista basicamente para os Estados Unidos.
Quem nasceu
depois de 1960 de certo assistiu muita TV.
Puxe por sua memória
os filmes e séries que te marcaram e dificilmente encontrará um que não seja
americano.
Meu nome vem de
uma série americana, “Perdidos no Espaço”.
Meu pai gostava
do garotinho “Will Robson” e aqui tô eu ☻
Tanto quanto
todos os livros que li, filmes como Jornada nas Estrelas, Star Wars, Exterminador
do Futuro e Matrix e Watchman influenciaram muito minha maneira de pensar a vida.
Matrix e Watchman
por serem mais recentes foi mais como olhar no espelho minha filosofia.
Em resumo:
O Brasil não ter
caminhado para uma esquerda mais radical, se transformado em uma grande Cuba,
devemos primeiro aos militares que apesar dos pesares mantiveram um esquerdismo
moderado, tão moderado que não proibiram os “enlatados” americanos.
Nossos
intelectuais sonhavam Cuba.
Mas a TV nos mostrava o “modo
americano de vida”.
O Brasil virou
esse “capitalismo mambembe”.
Vamos alimentando
(votando) nosso sonho Socialista até que o Estado emperre.
Quando isso
acontece aplicamos um pouco de “liberalismo econômico”, assim
que as coisas melhoram um pouco voltamos aos ideais socialistas ... e assim
vamos ficando eternamente deitados em berço esplêndido ... pobres em uma território
riquíssimo.
Depois dessa
viagem não programada...
Para muitos
"intelectuais" senso crítico é quando suas críticas coincidem com a
deles.
Como o Estado pode desenvolver o
senso crítico dos cidadãos?
Não acredito que
isso seja uma função do Estado.
Na escola você
será alfabetizado,
o professor vai lhe recomendar
livros, mas você tem que se
interessar em ler.
Observo que as
crianças nos primeiros anos gostam de imitar os pais.
Se a criança vê
seus pais lendo lhe desperta o interesse, se os pais oferecem leituras
agradáveis “A ELAS” o interesse pela leitura tem grande chance de acontecer.
Que importa que
sua filha goste de ler o gibi da Mônica?
Ler é ler, porque
sapecar na menina um Guimarães Rosa?
Quando ela
estiver lendo bem pode encontrar um livro de Clarice Lispector e se identificar
muito com essa escritora ou Paulo Coelho...porque não?
Por qual tipo de
leitura seus filhos irão se interessar é algo muito particular o
importante/básico é que aprendam ler e interpretar textos.
Na escola caíam
em prova livros muito chatos e olhe que desde cedo eu já lia livros bastante
complexos, mas gosto é gosto “não escolhemos o que sentir.”
Aqui em casa
minhas filhas me viram lendo muito, eu e minha esposa nunca impomos um livro a
elas, as meninas escolhiam o que queriam ler.
A Ellen pediu “O
Diário de um Banana” e fiquei surpreso com a velocidade que devorou o livro.
Será que se minha
esposa não comprasse o tal livro e a obrigasse ler Monteiro Lobato o PRAZER de
minha filha seria o mesmo?
[Nada contra Monteiro só
quis citar um nome conhecido]
Minha outra filha
Aléxia também escolheu seus livros e tem boa capacidade de leitura e
interpretação de textos, definitivamente não é uma analfabeta funcional.
Como já estão
cansados de saber não acredito/observo que as crianças nascem folha em branco,
logo, há crianças que se interessam por leitura independente de seus pais não
se interessarem, enquanto outras mesmo tendo ótimo exemplo em casa,
simplesmente não gostam de ler...não escolhemos o que sentir.
No MEU caso o
senso crítico [digamos] mais abrangente veio do meu interesse em adquirir
conhecimento e debater muito.
Como você fica um
bom lutador?
Estudando e
exercitando muito as técnicas da luta que escolheu, mas se não lutar contra
alguém não tem como ficar bom.
Para ser um bom Filosofo [pensador eficiente]
podemos fundamentar em 4 coisas ... são sugestões não regra de conduta:
Dom de nascença: interesse natural em conhecer, questionar e
elaborar teorias.
Família:
Pai ou mãe com boa capacidade de pensamento e que compartilhe isso com a
criança sendo um exemplo a ser copiado.
Escola: Boa
alfabetização, transmissão de conhecimentos básicos geografia, matemática,
ciências, história, português.
Professores:
Podem ser uma boa referência para seus alunos quando gostam da sua profissão,
tem prazer em ensinar a matéria que lecionam.
Eu não sou
professor, mas gosto de Filosofia, compartilho com muito prazer meus
conhecimentos com as pessoas, ganhando ou não ganhando bem não consigo me
enxergar falando de Filosofia com alguém sem ser com muita PAIXÃO.
Por vezes sinto
calafrios, minha pele fica toda arrepiada é como se por alguns instantes a
“alma” tentasse se separar do corpo que de alguma forma limita meu
entendimento...
Mas claro, como Capitalista eu prefiro ser um
professor muito bem remunerado.
Se eu fosse um
escritor de sucesso e ganhasse muito dinheiro para filosofar ... eu iria gostar
☻
No próximo texto
vou me aprofundar mais sobre o tema cultura e educação.
Por hora analise
essa manchete:
1 - Você sabe ler o que está escrito?
2 - Procura entender o contexto?
3 - É uma boa piada?
4 - É um sensacionalismo de mal gosto?
Se você disse sim
nas duas primeiras perguntas, não importa o que respondeu nas duas últimas,
você tem senso crítico.
Eu acho uma boa
piada, ri quando li, você não concorda comigo?
Tudo bem, ainda defendo que você TEM senso crítico ... apenas
NÃO concorda comigo.
“Para muitos intelectuais senso crítico é quando suas
críticas coincidem com a deles.”
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