sábado, 22 de novembro de 2025

Povos Puros

 

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Duarte: Não existe escravidão no quilombo de Palmares, nem no sentido mercantil, muito menos no âmbito doméstico. 
  O que existia era uma espécie de recrutamento, depois do africano ser levado para lá, ele só se tornava um cidadão efetivo do quilombo após ajudar, em outros ataques, a trazer mais africanos. 
  Alguns autores chamam de servidão militar, era uma estratégia para aumentar a densidade populacional do quilombo e provavelmente garantir que pessoas que fossem de confiança habitassem a comunidade.
  A própria existência do quilombo é um sinal de luta por liberdade, essa imagem não tem nem pé nem cabeça.
  "Luiz Gama conquistou liberdade sem derrubar uma gota de sangue". 
  Importante lembrar que ele defendia que o assassinato de senhores era legítima defesa por parte dos escravizados.


Roger: Livros de história estão errados então... interessante... Toda história do Brasil é uma mentira...   
  Bem que imaginei. 
  Só a geração africana é a única que sofreu.

Duarte: Não existe um livro/artigo de História que reproduza as besteiras da imagem. 
  E por livro/artigo de História estamos falando também de pesquisa em fontes primárias, revisão entre pares, etc. 
  Fica o desafio para citar as fontes que corroboram com a imagem, abraços.

William: “Não existe escravidão no quilombo de Palmares, nem no sentido mercantil, muito menos no âmbito doméstico. 
 O que existia era uma espécie de recrutamento:”

  Você tem provas incontestes dessa narrativa?
  Eu tenho dados sobre outro personagem com registros oficiais da época.


  O caso dos quilombos é o mesmo de tribos indígenas, seus habitantes raramente deixaram registros que se mantivessem no decorrer do tempo.
  Dai podemos imaginar o que quisermos (seja de bom ou mau).
  A maioria dos historiadores optaram por idealizar da maneira mais "pura" possível, fazendo um contrapondo com o "europeu imundo".


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   Sem registros oficiais, qualquer narrativa sobre quilombos e indígenas fica sujeita à especulação.
  A maioria dos historiadores escolheu idealizar, houve uma escolha consciente de construir uma versão conveniente. 
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https://terapiadalogica.blogspot.com/2025/11/povos-puros.html

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  Resumo

 

1. A maioria dos povos antigos raramente deixaram documentos que sobreviveram ao tempo, o que abre espaço para interpretações livres.

 

2. Muitos historiadores optaram por retratar quilombos e povos indígenas de forma “pura”, quase utópica, em contraste com a imagem negativa do europeu. 

 

3. A afirmação de que não havia escravidão em Palmares, carece de provas incontestes, senão é só narrativa. 

 

4. Sem registros oficiais podemos “imaginar o que quisermos” sobre esses povos, construir narrativas idealizadas sem base sólida. 

 

5. A imagem dos povos “puros” foi construída em oposição ao europeu, reforçando um contraste artificial. 

  É uma construção ideológica, não uma realidade histórica comprovada. 

 

6. Sem registros oficiais, qualquer narrativa sobre quilombos e indígenas fica sujeita à especulação.

   A maioria dos historiadores escolheu idealizar, houve uma escolha consciente de construir uma versão conveniente. 

 

7. Não se pode afirmar com segurança que quilombos ou tribos indígenas eram sociedades livres de escravidão ou “puras”, meio que paraísos na Terra.

 

  


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