"De todos os animais selvagens,
o homem jovem é o mais difícil de domar."
Platão
Rodrigo: Ser professor no Bostil virou quase tão perigoso quanto ser policial.
E ainda ganhando uma mixaria.
Sinto vergonha da cultura desse país. 🤮
William: Que bom que o professor se preocupasse apenas em escolarizar... e não se achasse o “salvador da sociedade”....
Leonel: Mas são.
Toda a sociedade para evoluir começa com a educação, onde o professor tem a visão mestra.
É a profissão mais importante que existe.
William: “É a profissão mais importante que existe”
Analfabeto a gente vive.
Sem comida não.
Pelo “SEU” ponto de vista qualquer profissão ligada a agricultura é mais importante.
Sem água também não dá para viver, então qualquer profissão ligada a captação e purificação da água é mais importante.
Mas não é a essencialidade de alguma coisa o que define o preço monetário a ser pago, e sim a "oferta e demanda".
Leonel: Óbvio que todas as profissões são importantes, mas para uma sociedade evoluir o ponto chave é a educação.
Não tô dizendo que não tem outras áreas fundamentais, mas sim, todos os países que saíram da miséria para uma melhor qualidade de vida (Coreia do Sul, Singapura, etc) partiram de um projeto educacional sólido.
Até para produzir alimentos, purificar água, com eficácia precisamos de educação.
William: Humm … é complexo explicar, mas o mais importante é a CULTURA do povo.
Tudo mais é consequência.
Nossa cultura brasileira optou por colocar o Estado como agente principal da educação.
Em alguns outros povos a família é o agente principal.
O Estado escolariza a família EDUCA.
Se quiser me entender melhor …
Leonel: E assim, pensando em um sistema público, se o estado quer ofertar uma educação de qualidade, deveria melhorar as condições de trabalho dos professores.
Quem quer trabalhar ganhando pouco e em um ambiente insalubre?
Os melhores acabam indo para as escolas privadas e cursinhos
Olhe, não tô nem defendendo que o estado tem que ofertar educação.
Eu acho que o estado deveria ofertar saúde, educação e segurança.
E o setor privado cuidar do resto, mas isso não vem ao caso.
William: Do jeito que você fala até parece que nossas escolas privadas estão no nível da OCDE … 😉
Ou que todos os professores da rede privada têm salários altos.
O problema do nosso sistema de ensino é o método pedagógico escolhido (Piaget e companhia), nem todo dinheiro do mundo pode dar jeito …
Leonel: Eu concordo com você.
Mas sempre tem a figura do educador.
Desde os primórdios da humanidade.
Os filósofos gregos, romanos, etc. todas as famílias que prezam pela educação de berço, também prezam e valorizam a educação “técnica”.
Veja a Grécia como teve seu auge em conjunto com o crescimento da filosofia e da educação.
William: Nem consigo imaginar um mundo (eficiente) sem professores.
Meu ponto é que as pessoas separem conceitualmente educação de escolarização.
Exemplo concreto, um dos maiores problemas é a indisciplina.
Isso é uma questão de educação, eu e minha esposa EDUCAMOS nossas filhas para se comportar civilizadamente.
Leonel: Sim com certeza.
Estamos bem alinhado nesse raciocínio.
E você falou tudo, um dos principais problemas é a indisciplina, que é gerada por uma falta de de educação domiciliar.
E é justamente isso que gera frustração e sentimento de desvalorização nos professores.
Eu entendi isso no post da colega. Pq além de ser desvalorizada do ponto de vista profissional (por conta da falta de noção de muitos pais e de educação dos alunos) ainda ganha pouco.
William: Logo, é preciso uma mudança CULTURAL.
Os pais assumirem sua essencialidade na educação.
Os professores focarem na ESCOLARIZAÇÃO.
É preciso implementar medidas disciplinares, redução da maioridade penal para controlar os adolescentes e chegar até a expulsão escolar para menores.
É mais lógico tirar uma fruta podre do cesto que deixá-la contaminar todas as outras.
(William Robson)
Leonel: Sim, precisamos de uma mudança cultural, mas acho que pra isso o primeiro passo é a educação.
E não precisa ser aquela pelo professor em uma sala de aula.
Mas com bons livros, de preferência de filosofia, onde o autor exerce um papel educacional.
William: “Pra mim” a melhor ferramenta já temos, a Internet.
Com diálogos como o nosso, as pessoas vão se libertando daquela ideia que o “Estado é nosso Salvador”.
Mesmo aquele pai que nem completou o ensino fundamental passa a entender sua responsabilidade como educador do seu próprio filho.
O professor tem que ser visto como uma autoridade em sala de aula e não como um “opressor” caso precise “disciplinar”.
Devemos sair da dicotomia: “Se não é opressor é oprimido”.
A Vida é muito mais que isso.
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