segunda-feira, 11 de junho de 2018

Perdidos no Espaço

 Perdidos no Espaço faz parte da minha memória afetiva.
 Meu nome vem do personagem Will Robinson.

  De férias desde o dia primeiro de Junho finalmente decidi assinar a famosa Netflix.
  Vou comentar o primeiro episódio da série Perdidos no Espaço.
  (Assisti ontem 10/06/18)

  Acho interessante mostrar para vocês como minha mente vai processando as coisas meio que "ao vivo".
  Essa meditação é uma continuação do texto "Saudades da Juventude" onde claramente falo sobre "memória afetiva".

  [Memória Afetiva é aquela memória sensorial e emocional que temos relacionadas por exemplo aos alimentos.]

  Perdidos no Espaço faz parte da minha memória afetiva.
  Foi reprisada em muitos canais, assisti vários episódios na infância.
  Meu nome vem do personagem Will Robinson.

  Essa memória afetiva me atraiu para "experimentar" a série, mas não sei se vou suportar assistir, entendam porque.

  


  "Perdidos no Espaço é um seriado de televisão, produzido entre os anos de 1965 e 1968, que conta as aventuras da família Robinson no espaço, a bordo da nave Júpiter 2, juntamente com o Robô B9 e o Dr. Zachary Smith."

  Em 1965 o cinema americano tinha seus clichês, evidente que esperava uma modernização da série, mas os clichês de 2018 são repetitivos ... tediosos. 
 Os clichês da década de 60/70 apesar de tudo tinham a ver com a realidade social.
  Os clichês de hoje querem nos induzir a uma realidade que possivelmente nunca ocorra porque vai muito contra nossa natureza.
  Respire fundo, essa é uma meditação "daquelas" 😆 
  (Para muitos é machista, arrogante, prepotente, racista)

  Atenção, são minhas impressões do primeiro episódio.
  É possível que no decorrer da série eu mude de ideia.

  Vamos analisar os personagens.

  

   

   Maureen: Na série original é uma "dona de nave espacial"😊 cozinha, cuida da "horta", mas também é a sustentação emocional da família, aquela que equilibra as coisas.
  Não fica acima nem abaixo do marido, fica ao lado.
  A palavra final "aparentemente" é dele, mas ele sempre acaba fazendo o que ela quer ... qualquer semelhança com o que acontece aqui em casa é mera coincidência 😆 eu acho, não tenho certeza, vou perguntar para minha esposa.

 Maureen Netflix: É o empoderamento da mulher, ela é tudo de bom.
  Bonita, QI acima da média, engenheira, sensível, guru de autoajuda, centro emocional e racional da família.
  Acima do bem e do mal ela corrompe alguém para que o filho Will seja aceito no programa de colonização espacial.
  
  

Judy: É a filha mais velha do casal, bonita, inteligente, moça de “família”.

Judy Netflix: É a filha mais velha do casal, bonita, inteligente ... impulsiva, destemida, não aceita ordens.
  Ela é o que poderíamos chamar de “macho alfa” saindo da adolescência. 😆
  Judy é “afrodescendente”, não sei como um casal branco pode gerar uma filha com aquela aparência, mas acredito que mais a frente o roteiro dará uma explicação.
  Fora aquela que na realidade já sabemos, é o politicamente correto, a “cota racial”.

  
  Penny: Uma típica garota de 11 anos da década de 60, é a filha do meio com todas as oscilações emocionais tão conhecidas por todos nós nessa idade.

  Penny Netflix: É menos nova, deve ter uns 16, garota empoderada, inteligência elevada como da Judy e da Maureen.
  Sob as orientações de Judy (aprisionada em água congelada) com a ajuda de comunicador, Penny “realiza uma cirurgia” na perna da mãe.
  Judy sem ver nem tocar fez um diagnóstico e orientou uma cirurgia que nunca tinha feito antes, só conhece dos “livros”.
  Penny fez com sucesso uma cirurgia complexa, usando apenas o kit de emergência.😉

  [Nos filmes antigos a personagem improvisaria uma tala, algo bem mais crível.
  Nos filmes mais “violentos” seria um osso deslocado que em  cena de dor e coragem seria colocado de volta no lugar, algo complicado, mas crível.]



 Will: Na série original era uma criança prodígio com habilidade para computadores e eletrônica.

 Will Netflix: Um “ratinho assustado”. 😩
  Diante de algo mais desafiador se acovarda ou fica congelado pelo pânico.
  Se ele fosse uma garota isso não ocorreria, mas sabem como é ele é menino 😄 não está à altura de suas irmãs.
  Will nem foi aprovado no programa de colonização.
  Está na missão graças a uma fraude realizada pela empoderada Maureen.


  

  Robô: Uma máquina simpática desenvolvida para ajudar os humanos, torna-se o “melhor amigo” de Will pela habilidade desse em conserta-lo.

  Robô Netflix: “Possivelmente” uma poderosa máquina de guerra criada por humanos que se descontrola e sai matando todos que vê pela frente.

  E aqui eu elejo a cena mais bizarra do filme/roteiro.
  Vou resumir bastante, deduza os detalhes da narrativa.

  A nave da família Robinson cai em um planeta.
  Outra nave cai no mesmo planeta, nessa tinha o Robô.
  Will se perde do pai, fica sozinho por um tempo, encontra essa outra nave destroçada.
  É perseguido pela parte inferior do Robô.
  Para tentar escapar sobe em uma arvore.
  Lá no alto dá de cara com a parte superior do Robô que tenta agarra-lo usando suas poderosas garras.
  A floresta a baixo está em chamas.
  Will na de intenção “salvar” o Robô corta o galho da arvore para que a parte superior caia em cima da parte inferior com a floresta em chamas. 😉
  Dá tudo certo!
  Aquela parte superior que não conseguia se desprender de um galho, cai na floresta em chamas, consegue se ligar a parte inferior e salva Will Robinson ...

  Será que eu consigo passar do segundo episódio?
  Façam suas apostas. 


  

  John: Cientista astrofísico, era o típico chefe de família dos anos 60 colocando em primeiro lugar a segurança da esposa e filhos.

John Netflix: Militar, pai ausente a beira do divórcio.
  Individuo repressor/autoritário.
  No primeiro episódio não é um sujeito muito esperto, não tem nenhuma boa ideia.
  A Inteligência é próprio das mulheres, a sensibilidade/emotividade própria da criança Will.
  John é um troglodita frio e calculista com alguns lapsos de emotividade.
  Sua utilidade é ser forte, foi um bom reprodutor.

  
  Dr. Smith: Cientista medíocre que foi parar na nave por acidente em mais um de seus trambiques.
  Não chega ser aguem do mal, mas com gravíssimas falhas morais/éticas.

 Dr. Smith Netflix: É uma mulher!!
  Não tenho muito o que escrever porque o primeiro episódio acaba aqui.
  É o novo clichê do cinema.
  Para bem ou para o mal as mulheres são muito superiores aos homens.
  O tal “empoderamento”.

  Você acredita realmente que o cinema pode mudar profundamente a natureza humana?

  Eu não acredito, por isso esse tipo de filme/roteiro me dá um tédio...






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  1 -  Terminei de assistir os 10 episódios da primeira temporada.
    Foi legal, recomendo, é uma boa diversão.
    Algumas questões foram bem amarradas pelo roteirista.
    Destaco a atuação do elenco.
    Tem cenas que são ridículas, mas a atuação é tão “gostosa” que a gente se encanta.
   O casal Robinson acaba se reconciliando, a cena em que eles saem de um lago de piche é surreal.
   Mas a atuação é tão convincente que a gente fica feliz junto com o casal.
  [25/06/2018]