sábado, 9 de junho de 2018

Juventude na Ditadura

  Um colega do Face usou como argumento para exaltar o regime militar o fato da maioria dos idosos que viveram aquele período só falarem bem dele.

  É um argumento questionável; as pessoas são muito passionais com relação a juventude.

  Infância e boa parte da adolescência são fases de muitas descobertas, de muito encantamento, os desencantamentos surgem na fase adulta.

   Mesmo tendo uma vida muito pobre, como você nasceu naquela situação ... é o mundo que você conhece, se adapta a ele... a
 não ser que tenha sofrido grande violência física ou mental.
  Uns tapas dos pais é aceitável, ser espancado constantemente tira uma boa lembrança da infância.
  Desilusão amorosa acontece, abuso sexual vai para outra dimensão que distorce nossos valores.

  Vamos dizer que as pessoas mais afetadas pelo regime militar são essas crianças que tiveram uma infância mais complicada.
  Famílias tiveram filhos mortos ou desaparecidos.

  Com relação ao povo brasileiro a maioria que viveu o regime militar é formada por quem teve uma infância dura/pobre, mas não chegaram a ter nada "traumatizante" como guerras ou uma ditadura sanguinária.

 ➽Números da Ditadura
 
  Quando não ocorrem traumas terríveis, a infância e adolescência ficam registradas em nossa mente como "anos dourados".

  O Regime militar foi bom?

  É comum a estatização intensa dar certo no começo.
  Estados Totalitários ocorreram na Itália, Argentina, Rússia, Alemanha Nazista ... com bons resultados iniciais
   O "milagre econômico" no regime militar foi só mais um caso.
​   Quando a conta veio estava bem salgada.

   Os militares entregaram aos civis um Brasil falido, em colapso fiscal.
   Sarney teve que decretar moratória por absoluta falta de recursos.

   Paralelo a isso temos nossa  "cultura latina".
   Saímos de 60 milhões em 1960 para 200 milhões em 2000.
   Muita, muita PATERNIDADE IRRESPONSÁVEL.
   Mudamos de uma população rural para urbana.
   Nos tempos de roça a natalidade era grande, mas a mortalidade infantil também. 
   A expectativa de vida era bem menor que hoje.

   Avanços científicos no mundo, como a popularização e desenvolvimento dos antibióticos, chegaram até países subdesenvolvidos, diminuindo a mortalidade.
  Apesar dos avanços científicos com relação aos anticoncepcionais continuamos procriando feito ratos.
  Com um território tão grande e rico isso nem seria um grande problema.
  O que pega mesmo é esperarmos tudo de um gigantesco Estado Paizão e nossa estranha tolerância com a corrupção.  
  Odiamos empresas, empresários, privatizações....
  Com Fernando Henrique parecia que estávamos caminhando para sermos "adultos" enquanto povo.



   Mas não.
  De 2003 a 2008 o mundo passou por grande crescimento (insustentável) e nós surfamos nessa onda.
  Nos sentindo "ricos" resolvemos dar destaque a cobrança de dividas históricas.

  Sabe aquele casal que não cuida bem nem de si próprio e decide colocar filhos no mundo (aumentar gastos)?

  O Brasil precisava de muitas reformas, mas acreditando que a bolha de crescimento mundial duraria para sempre continuou aumentando seus gastos públicos sem pensar no amanhã.

  Ao invés de caminharmos para fase adulta preferimos o "vitimismo" nas mais diversas áreas...

  






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