sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Novo Olhar

     
      

 

"O viver é uma corrida para a morte."

  (Dante Alighieri)

  



  Já falei sobre vivermos em uma espiral, no centro dela esta a morte, o que virá depois é difícil saber.

 
  Há muitas crenças e especulações.
  O que temos de fato é a vida aqui e agora, é nela que temos que focar nossas tentativas de melhorias individuais e sociais.
 
  Recentemente ocorreu um acidente onde um rapaz de 20 anos que tinha bebido um pouco de vinho, acelerou seu carro a 140 Km/h dentro da cidade, bateu em uma mureta, morreu.

  Sua acompanhante que milagrosamente não sofreu nenhum arranhão disse que ele era acostumado correr, até andava de kart.
  Podemos presumir que o comportamento irresponsável do indivíduo nem ao menos foi provocado pelo vinho.
  O acidente pode ter sido facilitado pela redução dos reflexos, mas o comportamento de dirigir acima do limite de velocidade era algo habitual.


   Chega a dar raiva não é mesmo?

  Um cara jovem, saudável, bem de grana (para tão jovem estar com um ótimo carro), uma belíssima garota do lado e tanta IRRESPONSABILIDADE!
  Fico confortado por ele ter se matado sozinho sem arrastar com ele outras vitimas inocentes, sabemos que nem sempre é assim.
  Um caso desse passa na TV e logo vem uma porção de gente dizer que nossa juventude esta fora de controle, que os pais não deveriam permitir que ele tivesse carro, que a bebida deveria ser banida da face da Terra...


  Devemos fazer de tudo para proteger o indivíduo "dele mesmo"!?

  Acontece que como repito varias vezes, a grande maioria dos jovens que tem esse privilégio de ter um bom carro logo cedo, tiram suas carteiras de habilitação e dirigem com responsabilidade.

  Não entendo porque as pessoas de bom comportamento tem que ser também penalizadas pela ação dos irresponsáveis.


  É bem mais lógico punir os irresponsáveis que são em numero muito menor.
  Escolhi esse caso porque é referente a um indivíduo bem nascido.

   Canso de ver buscarem ATENUANTES para crimes na pobreza e má distribuição de renda.
   Por estes dias também comentei o caso da garota gestante de 16 anos que perdeu seus filhos gêmeos por falta de bom atendimento no hospital publico de Belém.
  Tudo foi dito de todos os ângulos possíveis menos uma coisa que eu também não comentei para não parecer ainda mais frio diante do ocorrido.


 
O que leva uma mulher de 16 anos acreditar que esta pronta para ser mãe?


  Porque não vai estudar, trabalhar ou pelo menos usar um eficiente método anticoncepcional!?


  Quero dizer que independente de qualquer coisa muitos indivíduos nascem com pouco senso de CIVILIDADE.


  A atenuante que temos dado para eles é que "são coisas da idade" ou "coisas da opressora sociedade moderna" o que definitivamente não são.


  Quais minhas sugestões para esses casos?
  São muitas, mas não adianta expô-las se a sociedade em geral não analisar a irresponsabilidade individual com um outro olhar... então permanecemos nesta irresponsabilidade coletiva com o inocente pagando pelo pecador.


 “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.” 
    [Mateus 5:39]

   Prefiro resistir ao mal.
   Resistir em praticá-lo ou recebe-lo.
 
   Essa lógica entra em sua mente?







 

  

 Resumo IA: Novo Olhar

  (30 de setembro de 2011)

 

  Análise sobre irresponsabilidade individual e coletiva.

  A punição deve ser direcionada aos indivíduos irresponsáveis, não a toda coletividade.

   Um apelo à mudança de mentalidade, defendendo a necessidade de um "novo olhar" sobre a irresponsabilidade individual para evitar que a sociedade como um todo continue a pagar o preço pelos atos de alguns.

 

  

 

       



                                            

  

Xavier:  Eu defendo leis que protegem o indivíduo de si mesmo.   
  Por quê?
  Por que o que acontece com um indivíduo irresponsável afeta direta e indiretamente terceiros.
  Dirigir embriagado por exemplo pode afetar terceiros no caso de um acidente!
   Usar celular ao dirigir, não usar cinto de segurança etc.   
   Se alguém quer se matar é um problema dele!
   Mas que não prejudique a terceiros.
   Usar drogas também deveria ser permitida, desde que não prejudique a terceiros.
   Até porque proibir tem causado muito mal a quem nada tem a ver com o viciado.

William: As leis que você citou protege os outros indivíduos, o que eu obviamente concordo.

   Você não entendeu a profundidade do meu questionamento.

   Vou tentar ser mais claro.

   Veja o caso das drogas.

   Devemos proibi-las por que ALGUNS PERDEM O CONTROLE E SE VICIAM.

   O mesmo serve para apostas (tipo cassino), bebidas, cigarro, drogas.

 

  Mais um exemplo.

  Eu William não posso comprar uma arma para autodefesa, porque alguns indivíduos em um momento de fúria podem fazer uso indevido dela mesmo sendo pessoas “normais” ... no sentido de não serem pessoas que optaram por uma vida de crimes.

 

  Ou seja, muitas das nossas “proibições” são em função de proteger o indivíduo de suas próprias escolhas ou tendências.


 

 


✧✧✧




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Espiral


 "Pensa que o dia passado não volta mais!" 
   (Dante Alighieri)

 
  Não observo que a vida seja um circulo, parece mais uma espiral nos puxando para o centro de alguma coisa.
  Há também alguns vórtices no caminho, mas não irei falar deles hoje.

  Em um circulo, situações exatamente iguais se repetem infinitamente.
  Na espiral as situações se aproximam do que já aconteceu, mas com detalhes significativamente diferentes.

  Exemplo:
  Você esta no segundo casamento, é inevitável que muitas situações do primeiro se repitam, mas o detalhe é que é outra mulher, você já tem a experiência do casamento anterior, logo, a situação pode ser bastante parecida sem ser exatamente a mesma.

  Vamos para esse complexo pensamento da volta do dia passado, respire fundo, vamos nos deixar ser sugados pela espiral...



  Eu me descobri "burro" bem cedo.
  Por sorte nasci observador o que me permitiu descobrir o quanto sou burro bem cedo.  

  Notam a repetição do "descobri" e "burro".
  No entanto fui puxado para uma espiral que por vezes até me fez passar por inteligente. 
  Como isso é possível? 

                                                     

Observei que o “dia passado” volta em forma de "situação".

 

  Imagine essa ocorrência...

   Você esta dirigindo, o celular toca, você atende e naquele instante de distração falando ao celular bate o automóvel tendo grande prejuízo.

  Pensa que o dia passado não volta mais?

  Um mês depois você esta dirigindo, o celular toca e você pode mudar um DETALHE, pedir que a pessoa ligue mais tarde porque você esta dirigindo.
  Ou nem atende, o que eu acho mais certo.

  Percebe?
  Literalmente, o dia 29 de Setembro de 2011, é único, nunca mais vai acontecer, mas alguma situação ocorrida hoje pode se repetir outras vezes.

  Lembrei agora de um humorístico em que o indivíduo era surpreendido por uma pergunta ou argumentação para qual não tinha resposta e geralmente o ofendia.
  Na hora ele ficava: 

  😕 -"A é, a é, a é...."

  Depois de horas, já na casa dele ele pensava em uma boa resposta: 

  😠"Ah se eu tivesse dito isso naquela hora."

  Apesar do desfecho ser sempre o mesmo, tipo Zorra Total, eu ria porque era o meu "espelho".😏

  
  As pessoas me falavam coisas desagradáveis ou que eu na hora percebia que eram argumentações imbecis e eu só pensava em uma boa resposta horas depois quando já estava em casa. 
  Na hora eu ficava calado, pedia até desculpa mesmo por vezes tendo razão!

                                                   

  Observei que as situações se repetem, por vezes não muda nem a pessoa.

 

  Em casa eu comecei anotar as melhores respostas e até praticar a entonação de voz que elas seriam ditas, daí é batata, quando a situação se repete eu carco fumo.😏

 
Assim sugiram as "Bombas Mentais" que antes de explodirem em outras mentes explodiram em mim mesmo.


 
Comece a perceber que as situações se repetem com muita frequência, ao invés de ficar repetindo sempre os mesmos erros tente corrigi-los da próxima vez.


  Você não esta em um circulo onde as coisas se repetem infinitamente e temos todo o tempo do Universo.
  O dia que passou sempre esta próximo assim como nosso fim ... no final da espiral voltamos a ser "pó", poeira cósmica.

  Dizem que há outras possibilidades "espirituais", mas para isso ainda não tenho resposta.
  Fico no: "A é, a é, a é...








 

  

Resumo IA:  Sobre a natureza cíclica da vida, comparando-a a uma espiral em vez de um círculo.   

   Enquanto no círculo as situações se repetem exatamente, na espiral elas se assemelham a eventos passados, mas com nuances e detalhes distintos.

  Apesar de situações similares se repetirem, é possível aprender com os erros do passado e agir de maneira diferente, pois o "dia passado" nunca retorna exatamente da mesma forma.

  A meditação convida o leitor a refletir sobre a possibilidade de evoluir e mudar seus padrões de comportamento, mesmo diante da aparente repetição de situações e erros.


 

       




 

  

Frank: Eu sou péssimo em geometria analítica, nunca pensei na minha vida como um círculo, com um centro, um raio e o diâmetro. 

  Já a equação de uma espiral, nem faço ideia de como montar.

 

Wiliam:  É isso mesmo, a vida a gente planeja, mas não controla.

  As variáveis são infinitas.

  Eu uso a lógica ciente das suas limitações.

  Nem sempre o que deveria acontecer, acontece.



Frank: Como é que a gente pode usar a lógica se não sabemos sequer fazer aritmética?

 


William:  A lógica não tem esse limite da aritmética.

  Exemplo simples.

  O casal sabe que transar engravida.

  Se não quer ter filhos, a primeira dedução lógica é não transar.


  Não precisa de biologia nem de matemática.

  Antes do desenvolvimentos dessas ciências o conhecimento empírico de transar e ter filhos já era instintivo.


  

Frank:  Já que temos essa intuição de criar problemas, como a lógica pode ajudar a resolver a consequência desses problemas?

  Exemplo: O casal esqueceu do preservativo, e o médico disse que eles vão ter um parasita que vai ser entregue pela Dona Cegonha.

   O que a lógica pode fazer para decidir o que fazer com a Dona Cegonha?

 

 

William:

 

“A pessoa inteligente resolve o problema, a sábia o previne.”

 (Albert Einstein)

 

  Se o casal não quer a criança ou não tem condições “satisfatórias” para criar, seria lógico o aborto.

  Isso resolveria o problema já que não foram sábios.

  Se forem burros ... colocam mais um ser humano no mundo que crescerá em condições desfavoráveis e depois “provavelmente” culpará toda sociedade capitalista, opressora e excludente ...

 


 

       

✧✧✧





.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Olhar nos Olhos


                                                     

  "Não gosto de olhar nos olhos das pessoas, de vazio existencial já basta o meu... "
    (William Robson)

 

  Olhar nos olhos de uma pessoa é como  mergulhar em um Universo paralelo.
  Uma vida até certo ponto semelhante a minha, mas com outros personagens, outros nomes, outras atitudes.

  Estar próximo de outra pessoa é estar perto de outro mundo de sonhos, frustrações, sucessos, duvidas, esperanças, crenças... e de um enorme "vazio".


  Enquanto escrevia esse texto em uma folha, uma moça muito simpática me presenteou um livro.
  (Eu estava em um posto que chamamos de HC1, basicamente controla a entrada e saída de veículos.)

  "Ainda existe esperança", autor Enrique Chaij. 

  O livro fala da solução para todos os problemas da vida e tudo se resume em amar Jesus, a principal fonte de esperança.

  Uma das promessas é que seguindo Jesus seu vazio espiritual terá fim.

  Não conheço o Enrique nunca olhei em seus olhos, mas todos os olhares que já vi enxerguei  o vazio ... o que estatisticamente me faz duvidar da possibilidade de uma crença ou ideologia nos tornar seres plenos.

  Muitos dirão que o vazio esta em mim, este é um fato que não tenho como negar.

  Porem, filosoficamente penso que não ter vazio é não sentir falta de nada, estar plenamente satisfeito com tudo que tem em todos os momentos e não desejar absolutamente mais nada, é alguém que encontrou a FELICIDADE.
  De certo essa pessoa não sou eu.

  Posso estar transferindo um sentimento que é só meu para todas as pessoas? 
  É uma possibilidade, não tenho como discordar.

  Meu desafio a você vai caminhar então nesta direção.
  Alguém sem vazio é uma pessoa plenamente feliz, se você conhece uma pessoa assim por favor me apresente.

  Vejamos o caso de Jesus.

  Ficou insatisfeito com a pouca Fé dos homens, ficou irado com o comércio no templo.
  Ficou insatisfeito com a presença de demônios e os expulsou.
  Pediu para seu Pai em Getsêmani que se possível o sacrifício fosse evitado.

  Se nem Jesus foi feliz aqui na Terra então podemos dizer que em sua forma humana ele teve um grande vazio.

  A simpática moça que me deu o livro vive pelo menos essas duas ilusões:

1 - Que aqui na Terra tem alguma solução para o vazio existencial que sentimos.

2 - Acredita que segue Jesus, mas segue o Enrique Chij.

  Sim, olhei brevemente nos olhos daquela moça, tinha aparentemente uma vida boa, esposo, filho pequeno, bom carro ...vi também o vazio!

  Mas não liguem, são só tolices, talvez tenha enxergado em seus olhos o reflexo de minha alma. 
  Essa é sempre uma possibilidade.

  Fui lendo o livro para preencher o tempo.
  O que senti não foi paz, foi tédio.

  Aqueles pensamentos açucarados como se tudo dependesse apenas  de ter "fé".

  Devo criticar o Enrique por (no meu entender) usar o nome de Deus em vão?

  Humm ... lembrei de uma passagem bíblica:
  
 

 

 Marcos 9:
 38 Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós lhe proibimos, porque não nos seguia.
 39 Jesus, porém, respondeu: Não o proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim;
 40 Pois quem não é contra nós, é por nós.

 

  

  
  Enrique Chaij me parece inofensivo.
  Se o que escreve leva paz há muitas pessoas usando como base o "cristianismo" ... não sou eu que vou atirar pedras...
  Amém? 









 

  

Resumo IA:  Olhar nos Olhos

(28 de setembro de 2011)

 

 O texto, em forma de diário pessoal, trata da relação entre o autor e o vazio existencial.

  Através da experiência de receber um livro religioso de uma moça, reflete sobre a busca pela felicidade e a promessa de preenchimento espiritual.

  A crença em Jesus como solução para o vazio é questionada, argumenta que mesmo Jesus, em sua forma humana, experienciou o vazio.   

  A crença em uma solução terrena para o vazio é criticada, afirmando que a moça que lhe deu o livro segue o Enrique Chaij, não Jesus.

  O vazio existencial é uma característica inerente à humanidade.


 

       







 

  


 Comentarista: “Recebi educadamente este livro e ao olhar as primeiras páginas não me interessou continuar a leitura.
  É o mesmo blá blá blá de sempre!
  Mas não joguei fora!
 Vá que um dia precise dessa leitura motivadora
  Mas pra quem leu e estudou as escrituras sagradas não será um livrinho água com açúcar que irá me dar alguma esperança!
   Mas talvez um dia esse livro seja útil para uma mente fraca e perdida!”
  

 
William:  Entendo o que quer dizer, mas me deu vontade de fazer uma complementação.
  Tenho falado o quanto me sinto fraco e não é de hoje, já faz uns 15 anos, não é “frescura” ou falsa “humildade”.
 
  Minha família é toda evangélica.
  Minhas irmãs e irmão são fãs desse tipo de leitura, não exatamente essas, mas das igrejas que frequentam ou frequentaram.
  Eles são fortes, confiantes, sociáveis, cheios de fé.
  Eu realmente não disputaria nada com eles, faz tempo que não tenho a força e determinação necessárias.
 
  Meu ponto é:
  Pode ser até um efeito placebo, mas o fato é que muitas pessoas movidas por essas crenças, no resultado final se comportam como extremamente fortes, no campo da “adaptação” é o que importa.
 
 
 
  Quanto a estar perdido…

 “O sistema solar está viajando no interior da Via Láctea a astronômicos 871.781 km/h!”

  Não estamos todos…

 
 Resignação - Link

 

  



😏


✧✧✧