"O viver é uma corrida para a morte."
(Dante Alighieri)
Já falei sobre vivermos em uma espiral, no centro dela esta a morte, o que virá depois é difícil saber.
Sua acompanhante que milagrosamente não sofreu nenhum arranhão disse que ele era acostumado correr, até andava de kart.
Podemos presumir que o comportamento irresponsável do indivíduo nem ao menos foi provocado pelo vinho.
O acidente pode ter sido facilitado pela redução dos reflexos, mas o comportamento de dirigir acima do limite de velocidade era algo habitual.
Um cara jovem, saudável, bem de grana (para tão jovem estar com um ótimo carro), uma belíssima garota do lado e tanta IRRESPONSABILIDADE!
Fico confortado por ele ter se matado sozinho sem arrastar com ele outras vitimas inocentes, sabemos que nem sempre é assim.
Um caso desse passa na TV e logo vem uma porção de gente dizer que nossa juventude esta fora de controle, que os pais não deveriam permitir que ele tivesse carro, que a bebida deveria ser banida da face da Terra...
Devemos fazer de tudo para proteger o indivíduo "dele mesmo"!?
Acontece que como repito varias vezes, a grande maioria dos jovens que tem esse privilégio de ter um bom carro logo cedo, tiram suas carteiras de habilitação e dirigem com responsabilidade.
Não entendo porque as pessoas de bom comportamento tem que ser também penalizadas pela ação dos irresponsáveis.
É bem mais lógico punir os irresponsáveis que são em numero muito menor.
Escolhi esse caso porque é referente a um indivíduo bem nascido.
Canso de ver buscarem ATENUANTES para crimes na pobreza e má distribuição de renda.
Por estes dias também comentei o caso da garota gestante de 16 anos que perdeu seus filhos gêmeos por falta de bom atendimento no hospital publico de Belém.
Tudo foi dito de todos os ângulos possíveis menos uma coisa que eu também não comentei para não parecer ainda mais frio diante do ocorrido.
O que leva uma mulher de 16 anos acreditar que esta pronta para ser mãe?
Porque não vai estudar, trabalhar ou pelo menos usar um eficiente método anticoncepcional!?
Quero dizer que independente de qualquer coisa muitos indivíduos nascem com pouco senso de CIVILIDADE.
A atenuante que temos dado para eles é que "são coisas da idade" ou "coisas da opressora sociedade moderna" o que definitivamente não são.
Quais minhas sugestões para esses casos?
São muitas, mas não adianta expô-las se a sociedade em geral não analisar a irresponsabilidade individual com um outro olhar... então permanecemos nesta irresponsabilidade coletiva com o inocente pagando pelo pecador.
[Mateus 5:39]
Resumo IA: Novo Olhar
(30 de setembro de 2011)
Análise sobre irresponsabilidade individual e coletiva.
A punição deve ser direcionada aos indivíduos irresponsáveis, não a toda coletividade.
Um apelo à mudança de mentalidade, defendendo a necessidade de um "novo olhar" sobre a irresponsabilidade individual para evitar que a sociedade como um todo continue a pagar o preço pelos atos de alguns.
Por quê?
Por que o que acontece com um indivíduo irresponsável afeta direta e indiretamente terceiros.
Dirigir embriagado por exemplo pode afetar terceiros no caso de um acidente!
Usar celular ao dirigir, não usar cinto de segurança etc.
Se alguém quer se matar é um problema dele!
Mas que não prejudique a terceiros.
Usar drogas também deveria ser permitida, desde que não prejudique a terceiros.
Até porque proibir tem causado muito mal a quem nada tem a ver com o viciado.
William: As leis que você citou protege os outros indivíduos, o que eu obviamente concordo.
Você não entendeu a profundidade do meu questionamento.
Vou tentar ser mais claro.
Veja o caso das drogas.
Devemos proibi-las por que ALGUNS PERDEM O CONTROLE E SE VICIAM.
O mesmo serve para apostas (tipo cassino), bebidas, cigarro, drogas.
Mais um exemplo.
Eu William não posso comprar uma arma para autodefesa, porque alguns indivíduos em um momento de fúria podem fazer uso indevido dela mesmo sendo pessoas “normais” ... no sentido de não serem pessoas que optaram por uma vida de crimes.
Ou seja, muitas das nossas “proibições” são em função de proteger o indivíduo de suas próprias escolhas ou tendências.
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