Arias: Se a humanidade se guiasse pela razão, não existiriam
bilionários no mundo, pois nenhuma razão sustenta a existência do bilionário.
Também, de certo
modo, isso derruba a crença universalista da moral, penso eu.
William: A RIQUEZA NÃO SURGE DO NADA.
Alguma boa ideia
o cidadão teve que possibilitou sua ascensão social.
O problema era
que os filhos herdavam grandes fortunas e com elas enorme poder, sem serem tão
talentosos quanto seus pais.
Por isso os povos
civilizados criaram a:
Taxação sobre transmissão de fortuna – Link
Arias: Minha investigação é se alguma moral racionalista
pode justificar o bilionário.
O mérito pessoal
não pode justificar o bilionário.
Ademais... para
que alguém seja muito rico é necessário muita gente na miséria, afinal o dinheiro
não pode ser infinito.
Por esses e
outros motivos, se o que guiasse a humanidade fosse a razão, parece lógico que
haveria uma proibição quanto a ser tão rico.
Ou não?
William: Evidente que o mérito pessoal pode justificar ser bilionário.
Thomas Edison (por
exemplo) fez por merecer sua fortuna.
Arias: “Para que alguém seja muito rico é necessário
muita gente na miséria, afinal o dinheiro não pode ser infinito.”
William: Isso não é observável.
Veja o exemplo
fácil da China, surgiram muitos bilionários e mais gente ainda saiu da miséria.
O capitalismo
cria riqueza.
Arias: "Capitalismo cria riqueza", vixe... Por
onde vou começar? Chega a dar preguiça...
William: Marx e companheiros apostavam que o proletariado
se revoltaria, mas a qualidade de vida do inglês (para ficarmos só no berço da
revolução industrial) melhorou bastante, melhor que a vida de camponês.
Arias: E isso se deve aos bilionários?
Os bilionários
estão justificados pois os camponeses tiveram uma melhoria na vida deles no
exemplo dos ingleses?
Você está preocupado em atacar os comunistas e
defender o capitalismo, não está percebendo a questão que levantei.
William: Vivemos em sociedade, uns complementam os
outros.
Não tem essa de
algo acontecer devido exclusivamente a alguém.
Veja o caso do
"bilionário" Thomas Edison.
Sem ele não
existiria a lâmpada elétrica?
Havia muita gente
pesquisando, aconteceria de qualquer jeito, mesmo que demorasse mais um pouco.
Edison não
produziria sozinho assim como o "proletariado" também não, uma ação
complementa a outra.
Arias: Sim, e ele buscou isso na vida, ser bilionário?
Ele precisava ser
um?
Aliás, Thomas
Edison foi um bilionário?
Nem todo o mérito
do mundo justifica uma pessoa ter bilhões.
O dinheiro não é
infinito, amiguinho, ele precisa estar atrelado a alguma coisa...
E se ninguém
precisa de tanto, deveria haver um limite para o acúmulo.
Isso se nos
guiássemos pela razão.
William: Já escrevi sobre isso vou resumir.
Se o Arias conseguiu
a façanha de juntar 10 bilhões, que fique com ele enquanto viver, sua
existência é o limite.
Quando morrer, em
países como os Estados Unidos tem uma taxa significativa sobre transmissão de
fortuna.
Não precisamos
inventar nada, é só copiar.
Arias: Ok, então você acredita numa razão por trás das coisas, há uma metafísica que explica a produção. Ou que a própria produção seja essa razão por trás das coisas...
William: Vixe, que problematização. 😉
Imagine que sou um índio primitivo, usando minha criatividade fiz um arco e flecha.
Isso me tornou um caçador melhor, ponto.
Não tem nada de "metafísico".