quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

DIEESE


   "Salário mínimo em janeiro de 2018 deveria ser de R$ 3.752,65, segundo Dieese."
 [Manchete em inúmeros jornais]                       

  Foi criado esse “dogma” que o salário mínimo deve ser suficiente para uma família de 4 pessoas (pai, mãe e dois filhos) viverem como classe média, uma vida “digna”.

  Decidiu-se isso em algum momento e todos estamos proibidos de questionar por toda a eternidade.

  O que posso dizer ... não consigo.

  Defendo que o salário mínimo é para aquele solteiro sem qualificação profissional ou que não está exercendo.
  Não adianta ter se formado em engenharia se está trabalhando como vendedor de roupas.
  Toda empresa tem salários diferenciados de acordo com a função, vendedores não raro ganham comissões.
  Entrar recebendo salário mínimo não quer dizer que permanecerá com esse valor para sempre.

  Minha filha adolescente é solteira, mora com os pais, ainda não tem nenhuma experiência profissional.
  Se ela ganhar 998 reais em algum estágio ou ocupação simples considero razoável.

  Minha filha quer ganhar mais?
  Então vai prosseguir nos estudos, buscar uma qualificação profissional ou se destacar na empresa.

  Minha filha quer constituir família?
  Ela e o marido ganhando o mínimo fica complicado.
  Se ela vai morar com a sogra é por sua conta e risco.
  Vou orar por ela 😄

    Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

   Para eu que comecei a gostar de análises econômicas o destaque dado ao Dieese desafia qualquer lógica.
   Suponho que seja mais uma daquelas instituições "ideo - lógicas".

  Pesquisei e encontrei isso:

“Entidade criada e mantida pelo movimento sindical brasileiro.
  Foi fundado em 1955, com o objetivo de desenvolver pesquisas que subsidiassem as demandas dos trabalhadores.
   Sindicatos, federações, confederações de trabalhadores e centrais sindicais são filiados ao DIEESE e fazem parte da direção da entidade.
  Atualmente, são cerca de 700 associados.
  Ao longo dos mais de 60 anos de história, o DIEESE conquistou credibilidade e reconhecimento nacional e internacional como instituição que desenvolve pesquisa, assessoria e educação voltadas para os dirigentes e assessores das entidades sindicais e os trabalhadores.
  Graças a um trabalho que beneficia a toda a sociedade, é reconhecido como instituição de utilidade pública.
   O DIEESE possui 17 escritórios regionais, cerca de 50 subseções (unidades dentro de entidades sindicais) e atualmente dois observatórios do trabalho (divisões que funcionam dentro de prefeituras, governos estaduais, para subsidiar o poder público com pesquisas e análises).”

  Vamos a análise de fatos.

  O salário mínimo passou a vigorar no Brasil em 1940.

  Nessa década o número médio de filhos era 6 e poucas mulheres trabalhavam fora.

  Percebam que os cálculos do Dieese estariam fora da realidade mesmo para essa época.
  A família não tinha em média 4 membros, mas 7 ou 8.

  Hoje em média a família tem 4 membros, aqui em casa é assim.
  Minha esposa trabalha e a maioria das mulheres que conheço também.

  O Dieese ainda está naquele tipo de sociedade/cultura que o homem é provedor e a mulher "dona de casa".

  Tenho duas filhas, com boa educação familiar, tudo indica que completarão algum ensino superior.
   Pode acontecer, mas é bem difícil que tenham 5 filhos como em 1940.
   Ficarem dependentes de algum homem para sobreviver ... nem consigo imaginar, seria uma enorme decepção.

  As moças menos afortunadas (ou ajuizadas) vão parar de estudar cedo, mas dificilmente deixarão de trabalhar ou terão mais que 3 filhos ... é o que todas as estatísticas apontam.
  Vejam os dados do último Censo:

  "Média de filhos por mulher no país chegou a 1,9 em 2010, segundo Censo.
   Mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto têm 3 filhos."

  Vamos ao lado prático de tudo isso.

  Minha filha é contratada para uma ocupação simples com o salário “Dieese” de R$ 3.752,65.
  Uma renda que seria suficiente para cuidar do marido e dois filhos que ela não tem!
  Vamos dizer que foi contratada por uma franquia do McDonald’s.
  Pagando esse nível de salário por quanto deverá vender seus sanduíches!?

  Todos entendem que o preço final do produto tem que cobrir os custos/despesas e gerar algum lucro, senão a empresa quebra, sem empresa, sem emprego “formal”.

  O que o Dieese propõe?
  Os salários não serão mais baseados no tipo de função, mas sim no estado civil e número de filhos!?
  Quando a lanchonete contratar um chapeiro:
  Solteiro = X reais
  Casado = XX reais, mas 1X para cada filho.

  Não me digam que é ridículo, eu sei.
  Me expliquem por que levam o Dieese tão a sério, é isso que não entendo. 😩


  Meus queridos adolescentes do Brasil.
  Na vida é preciso planejamento, entrar em sintonia com a REALIDADE.
  É, há pessoas que tem uma sorte danada, fazem as maiores burradas e acaba dando tudo certo.
  Nunca senti que tinha muita sorte, então preferi o planejamento.
  Se você confia na sorte ... espero que dê tudo certo.

  Se brasileiros continuarem confiando na ideologia Dieese, não tem como dar certo.

   



Nota: A definição do salário mínimo nesse mundo globalizado não pode levar em conta apenas questões nacionais.
  Para nossos produtos e serviços serem competitivos o preço final e a qualidade são decisivos.
  Se o preço final ficar muito alto por conta de salários fora da realidade ... adeus exportações.
  O contrabando (importações) também aumentam.
  Comprar produtos feitos em outros países fica mais vantajoso.

  Pagar bem para aquele trabalhador que faz a diferença é justo e necessário.
  Pagar ótimos salários para funções de baixa qualificação ...






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