A primeira lembrança que tenho dessa arvore foi quando minha mãe levou minha irmã Jane nessa creche.
Lembro até do uniforme, uma camiseta branca e shorts azul marinho daqueles com elástico nas pernas para as meninas.
Eu estava ansioso de quando seria minha vez, mas nunca chegou.
Nem lembro porque, acho que mudamos de bairro.
Depois voltamos para o bairro São Bernardo, mas eu já estava na primeira série da escola normal.
Passei por essas arvores incontáveis vezes, fazem parte da minha memoria afetiva.
Ainda passo quando vou na feira de domingo.
Meio que falo "oi" para elas.
Minha filha Ellen frequentou por bastante tempo.
Via minha bebê entrar, aguardava debaixo das arvores na hora da saída.
Confesso que fiquei triste ao ver uma das minhas companheiras cortada em pedaços.
A primeira coisa que me veio a mente foi "sinto muito".
De certo, com a ventania da semana passada, ela ficou de um jeito que colocava em risco a segurança das crianças.
A vida é assim.
Nada dura para sempre.
A maioria das companheiras árvores irão sobreviver a mim e nem sabem que eu existo.
Eu sei que elas existem e sinto muito quando deixam de existir...
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