Humm ... a TV vive de anunciantes, desde 2009 começou um intenso debate sobre restringir comerciais durante a programação infantil.
Não podia ser nada direcionado à criança.
Logo, propaganda de brinquedos e “diversos alimentos” não podia.
Vestuário, não.
Móveis infantis, não.
Propaganda automotiva (e demais anúncios para adultos) podia, desde que não envolvesse crianças …
A montadora ou concessionária iria gastar uma grana considerável para seu comercial chegar a poucos potenciais clientes que talvez estivessem assistindo desenhos infantis!?
Melhor anunciar em horários e programações mais interessantes.
Isso não começou no Brasil, foi uma nova “onda do Ocidente”.
Veja as restrições à propaganda de alimentos feitas em outros países.
➥ Agência Senado - Dezembro 2010
➥ Agência Senado - Dezembro 2010
Pode parecer que gosto de ser do contra e faço de propósito, mas garanto que não.
Escrevo o que realmente penso, sem nenhum desejo de causar polêmica gratuitamente.
Proibir comerciais destinados ao público infantil é aquele tipo de causa que entendo a “boa intenção”, mas acho uma infantilidade desnecessária.
Li coisas como:
😡“A criança tem a mente em formação, não pode ser exposta ao consumismo.”
Caraca!
Essa mente em formação tem que se deparar com os limites, é uma importante preparação para vida adulta.
A garotinha viu o comercial de uma boneca que fala mamãe.
Se cabe no orçamento dos pais … que grande mal isso pode fazer a criança!?
Se não cabe, expor a criança à realidade, mostra o limite da família sobre o que pode ser comprado.
Fica estranho, a criança nasceu em família pobre, mas não devemos deixá-la perceber até que tenha “idade apropriada” para isso!?
De repente o problema não é financeiro, os pais por motivos ideológicos ou religiosos não querem comprar a tal boneca.
É a vida, os pais, a família, passam seus valores aos filhos, “educam” como acham que devem.
Se quiserem podem nem ter TV em casa, não tem uma lei proibindo isso.
Enfim.
Essa quase proibição de comerciais infantis nas TVs considero intervenção indevida do “Estado” na vida das famílias e empresas … mas sou minoria da minoria, escrevo essas coisas só por distração.
Porém, as leis restringindo anúncios para crianças na TV é só mais um detalhe.
A queda de audiência para programas infantis ocorreu muito em função do avanço tecnológico.
Os apresentadores e apresentadoras tinham seu encanto, a Xuxa é o exemplo mais fácil e gritante.
Entretanto a criançada gostava mais dos desenhos mesmo.
Principalmente a partir de 2000 a tecnologia foi tornando o acesso a desenhos infantis bem mais fácil que na TV aberta.
A TV a Cabo (legal e ilegal) avançou fortemente no Brasil, com canais exclusivos para crianças.
Os DVDs ficaram populares e os “piratas” eram vendidos por camelôs de todo país.
Crianças assistem o mesmo filme/desenho várias vezes.
Aqui em casa até decorei algumas falas da Barbie 😏, minhas filhas assistiam à exaustão.
Depois chegaram os smartphones, streaming … dispensa comentários.
Se eu tenho alguma saudade da TV Globinho?
Não, é só uma doce lembrança da minha infância.
Se acho que fez falta para minhas filhas?
Nenhuma, elas tiveram acesso a tecnologia bem mais avançada.
Se um dia eu tiver netos, programas “tipo” Bozo, Angélica, Eliana, Xuxa, Castelo Rá Tim Bum … Bom Dia e Cia, tem que fazer parte da vida deles?
Tem “modas” que vem e voltam, se esse tipo de programa voltar não vejo problema; se não voltar … também não.
Meu posicionamento é o mesmo monótono de sempre.
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