sábado, 31 de julho de 2021

Dexter

  Essa série é "assistível".
  Primeira temporada boa.
  Segunda temporada boa.
  Terceira temporada regular.
  Quarta temporada regular.
  Quinta temporada ruim, parei de assistir.
  Vou pular para sexta, quem sabe volte pelo menos a ser regular.
  Senão desisto.

Meu nome é Dexter Morgan

  É a historia de um psicopata que sente vontade incontrolável de matar.
  Decide usar sua compulsão para fazer o "bem".
  Matar assassinos em série.
  É um assassino em série matando outros.
  Entenda que é um "bem" relativo.
  Fazer justiça com as próprias mãos só é aceitável em filmes, na vida real é uma barbaridade.
  Eu defendo a pena de morte, mas com julgamento justo de acordo com uma legislação bem elaborada.
  Essa coisa de individuo ou grupo de "justiceiros" não dá certo, isso é MAL.
  Não devemos compactuar com esse tipo de causa por melhor que seja a intenção.
  Milícias e grupos de extermínio iniciam assim.
  Depois começam a matar desafetos, cobrar proteção... a próxima vitima pode ser você.
  Pode ser morto ou ver alguém próximo torturado só porque "tretou" com algum integrante.
  Pode ser extorquido na cobrança de um serviço, a taxa para "evitar problemas".
  Máfias e gangs de todo tipo agem assim.



  Classifico de assistível o filme que tem um roteiro que me prende e que não tenho que acelerar muitas vezes a reprodução.
  No caso de Dexter acelero nas partes que ele literalmente corta suas vitimas.
  Americanos são muito bons nos efeitos especiais, para mim é horrível e desnecessário ver corpos mutilados.
  Não acrescenta nada na historia, é só uma carnificina a parte.
  Porém, sei que tem gente que gosta, aumenta a audiência, então tudo bem.
  Não sou a medida de todas as coisas, não saio por aí querendo censurar coisas só porquê não gosto.


  O que mais me prendeu na série foi minha identificação com o personagem em alguns aspectos.
  Faz tempo que percebi que gosto de "me ver" nos filmes.
  Dexter tem dificuldade para sentir emoções.
  Eu não tenho dificuldade para sentir emoções, mas ... como a lógica é muito forte em mim, é a impressão que passo para as pessoas.
  Coisas que emocionam muito a maioria, para mim é quase indiferente.
  Coisas que me emocionam muito, a maioria nem chega a perceber.
  Eu poderia dar dezenas de exemplos, de uma certa forma isso pode ser percebido em 90% dos meus textos.

  Um caso.
  Dexter não "entende" velórios, eu também não.
  Sei da dor de não poder mais estar com uma pessoa que era muito presente em nossa vida.
  Mas para mim morreu ... morreu.
  Aquele corpo na minha frente é só um cadáver em decomposição.
  Não há mais vida ali.
  A não ser em caso de investigação criminal (ou doação de órgãos) deve ser descartado o mais rápido possivel.
  Ficar "velando" carne em decomposição!?
  Não tem lógica.



  Diferente de Dexter, eu parei de fingir emoções que não sinto.
  Prefiro ficar quieto ou isolado para não magoar as pessoas.



  🙁“E fica mega ligado, digamos observador, braços cruzados e dedo no nariz né?”

[Comentarista]


 Humm... mais ou menos isso, mas cabe algum complemento.


“Mega ligado” – Por bastante tempo gravei dois ou três jornais, assinava revistas como Super, Exame, Veja ... me mantinha muito bem informado, lá por 2007 passei uma das minhas mais fortes crises existenciais.

  Tanto empenho, tanta “oração”, não estavam dando retorno aceitável ...me desliguei de muita coisa.


“Observador” – É uma característica minha a qual não tenho controle, algumas coisas, sei lá porque, me provocam, me prendem a atenção.

  Não é com tudo, o tempo todo, posso notar imediatamente um detalhe e ignorar outro por anos.


“Braços cruzados” – Faço o que acho que preciso fazer, faço o que posso fazer.

  No trabalho e em casa procuro ser bastante útil, minha parte faço com sobras.

  Filosoficamente público textos sobre os mais variados assuntos, é minha principal contribuição para a Sociedade, minha intenção é boa, quanto aos resultados ... espero que sejam bons, é algo muito subjetivo, difícil de quantificar e qualificar.


“Tapando o Nariz” – É, muitas coisas eu não concordo, mas sou minoria na questão, tenho que aceitar o que a maioria quer.

  Um caso atual, desde de 2002 se reconhece a necessidade de impressão do voto para tornar mais transparente e “auditável”.

  Quase 20 anos depois isso não foi implementado e pelo visto nem será.

  Tenho que “tapar o nariz” e seguir adiante...




 






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