terça-feira, 4 de maio de 2021

Laços de Família



  Para tudo é  preciso ter sorte.

  Nessa meditação desconsidere qualquer conotação metafísica com relação a essa palavra.
  O fato é que coisas acontecem independente da nossa ação ou vontade.
  Se nos favorece vamos chamar de sorte se desfavorece de azar.

  Quando temos filhos nunca sabemos como irão ser.
  Qual será o resultado da interação genética entre você e a parceira.
  Já pensou que cada um dos milhões de espermatozoides pode dar resultados bem diferentes?
  Sem contar o óvulo, cada um vai desenvolver um indivíduo diferente.

  Pela lógica a primeira preocupação é saúde.
  Quem quer ter uma criança com hidrocefalia?
 
(Só um exemplo entre tantos terríveis.)

  Depois de saudável quem não quer que seu filho seja bonito?

  Percebam que sobre essas ocorrências somos meros torcedores.
  Não tem o que podemos fazer efetivamente.
  Logo, ter um filho saudável e bonito é "sorte".

  Quanto a ser saudável não e assim uma "grande sorte" é mais ou menos o natural/esperado, a maioria nasce bem.

  A genética é uma grande loteria, mas de pai e mãe com boa aparência a beleza nos filhos é esperada.

  Nessa questão de ter filhos o "azar" ganha mais destaque ... quando eles não nascem como deveriam.
  O normal é que nasçam saudáveis, com "aparência aceitável."
  (Isso é muito subjetivo, mas não vamos complicar a meditação.)

   Saindo da parte "física" tem a parte mental.
  Qual será a personalidade da criança?

  Tem os que defendem que somos fruto do meio que vivemos.
  Não ignoro isso, porem defendo que já nascemos com certas características, considero as "pré disposições de nascença" mais relevantes que o meio que somos criados.

  Isso explica porque em uma família, mesmo os filhos sendo criados em ambiente muito semelhante os resultados podem ser bem diferenciados.

    

 

  No começo nós pais somos maravilhosos na visão dos filhos.

  À medida que as crianças crescem, adquirem conhecimento, começa a comparação, avaliação.

  Se o pai é alcoólatra não dá para fingir que não é.

  Se sua mãe é a parte mais confiável é normal que a valorize mais, invista mais nela.

  Não escolhemos de qual casal vamos nascer.

  Seu pai vai sempre ser seu pai, mas se ele tem sérios problemas de personalidade é aconselhável pôr limites em quanto você vai prejudicar sua vida ou de sua mãe ao tentar socorrê-lo em tudo.

  (Eu meio que desisti do meu pai, preferi concentrar esforços em ajudar minha mãe que era menos problemática.)

 

 

 

  Com filhos é quase a mesma coisa.

  Os casais "ajuizados" escolhem quando ter, mas não que tipo de individuo irão ter.


  Apesar dos seus esforços e expectativas pode acontecer o azar do filho não ser aquela "presença agradável" na sua vida.

  Nem vou gastar texto.

  Destruidor, briguento, drogas, más companhias, sexualidade precoce, pouca disposição para estudo, extremamente desorganizado, péssimo controle financeiro ... criminalidade 😟.


  Acredito que é mais eficiente admitir que teve azar do que ficar culpando a TV, o vídeo game, as más companhias ou a você mesmo.


  É seu filho, nunca deixará de ser, deve tentar ajuda-lo no que for possível.


  Mas se tem outro(s) filho(s) com personalidade mais "civilizada" ... cuide bem dele.

  Vejo muito pai e mãe agindo de maneira ... estranha.
  Desistem do filho bom!!

  O "Fulano" sabe se cuidar temos que proteger o "Jairinho".

  Não raro querem que o filho bom se responsabilize também pelo problemático.

  "Você precisa cuidar do seu irmão."

 

        

 

  “Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.”

[Abraham Lincoln]

 

 

 

 

  Sei lá, sou conservador, mas essa historia de "sangue do meu sangue", "laços de família" tem que ter limite.

  A Sociedade como um todo melhoraria bastante se fossemos mais realistas e menos "românticos".
  


 


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