No primeiro cenário, Bolsonaro teria 27% das intenções contra 18,1% de Moro.
Jair Bolsonaro é intempestivo, fala antes de pensar, por isso protagoniza frases constrangedoras.
Coisa terrível para qualquer autoridade
pública.
Não tem essa de perseguição específica a
Bolsonaro por parte da mídia.
Desde que me conheço por gente qualquer
frase, que qualquer “celebridade” fale, que possa ser alvo de críticas ou
zoação … vai ser alvo de críticas e zoação.
Bolsonaro facilita manchetes negativas
falando o que lhe dá na telha.
Cria atritos desnecessários.
Mesmo quando diz “coisas que eu concordo”
fala de um jeito que dificulta a defesa da ideia.
Devido essa *verborragia do Bolsonaro, faltando uns 3 meses para as eleições
decidi apoiar Geraldo Alckmin.
(*Uso
excessivo de palavras para expressar algo sem importância ou sem conteúdo.)
O problema é que Geraldo incorreu no mesmo
erro estratégico que Moro está prestes a incorrer.
Eleger Jair Bolsonaro como o inimigo
eleitoral a ser vencido.
Geraldo ao invés de se defender da grave
acusação de ladrão de merenda (por exemplo), preferiu ficar atacando Jair Bolsonaro.
Quem vai votar em alguém com essa fama!?
Geraldo
ignorou tão completamente esse tema que até eu fiquei em dúvida sobre sua
inocência.
Depois de um mês de apoio voltei para
Bolsonaro.
Eleger grosseirão é difícil, um ladrão de
merenda é impossível.
Porém, Geraldo de uma certa forma eu entendo.
PSDB é um partido de esquerda era meio
natural que atacasse qualquer candidato que “cheirasse a direita”.
Marina e Ciro vão na mesma linha.
Entretanto a eleição de 2018 é passado.
Para
2022 temos agora consolidado um grande numero de eleitores mais à direita.
No Brasil isso é novidade.
Até a eleição de 2014 para o eleitor
brasileiro “direita” era um palavrão, coisa do demo “capetalista”.
Se Moro eleger
Bolsonaro como inimigo eleitoral a ser vencido, estará cavando a própria cova.
O “bolsonarismo” não é tão forte quanto o
petismo, mas cresceu consideravelmente.
Se Moro for visto como inimigo por esse grupo é
entrar em mais um front de batalha desnecessário.
Moro pegando leve com Bolsonaro os
bolsonaristas com o tempo começam a vê-lo como segunda opção.
Com lulistas/petistas NÃO TEM CONVERSA, detestam
Moro.
Tanto Bolsonaro quanto Moro tentaram uma
“amizade” e visivelmente não deu certo, mas ainda podem ser colegas, tem uma
“causa” que os une.
Evitar que aquele grupo que
protagonizou o Petrolão volte ao poder.
Se Bolsonaro tiver que passar a faixa
para alguém que seja Sérgio Moro.
Do lado de Moro é melhor a reeleição de Bolsonaro
que o PT voltar ao poder.
Seria jogar todo o enorme esforço da Lava
Jato no lixo.
Nadamos, nadamos para morrermos afogados!?
Sérgio Moro errou em sair
atirando.
Ali é quase um ambiente hostil para os dois.
O STF foi composto basicamente por pessoas
ligadas a esquerda, que detestam Moro e desprezam Bolsonaro.
O último, Alexandre de Morais, foi indicado
por Temer que sempre quis derrubar Moro.
Sérgio Moro poderia sair em paz, com elegância,
mas optou pelo “fogo amigo”.
Se deixou levar pela emoção ou usou uma estratégia
suicida?
Sérgio
Moro errou em não fazer mais relatórios para o Presidente.
Para o Presidente tomar boas decisões precisa
estar bem informado, se possível saber das coisas antes de chegar a mídia.
“Me parece” que Moro foi um tanto relapso com
isso.
Se Moro entregasse relatórios mais constantes
e detalhados, Jair Bolsonaro não sentiria tanta necessidade de ter um contato
mais direto com o Diretor Geral da Policia Federal.
“Pelo que sei até agora” (03/05/2020) na pior
das hipóteses tentativa de interferência NÃO é interferência em si.
Se o Presidente tentou alguma coisa, foi desaconselhado
pelo ministro e voltou atrás ... não vejo problema.
A função do Ministro é essa mesma em qualquer
pasta.
Informar os problemas, apresentar soluções,
aconselhar o Presidente.
Espero que Moro acerte onde Bolsonaro falha.
Política
é a arte do convencimento pelas ideias, o primeiro passo é não criar uma
animosidade tão grande que o outro não vai querer nem te ouvir, é preciso DIPLOMACIA.
Bolsonaro e Moro se tratando com respeito,
sem grandes atritos, podem comandar uma reforma política muito benéfica para o
Brasil, inclusive um STF de melhor qualidade.
Se elegerem um ao outro como inimigo, se auto
destruirão e o Brasil corre o sério risco de voltar a hegemonia do ineficaz
esquerdismo.
Senhores:
BOM
SENSO ACIMA DE TUDO.
A Presidência é um cargo importante, mas a
melhora geral da nação depende de cada um de nós.
Vejam o caso do
Congresso, as pessoas reclamam do Centrão, mas são representantes eleitos.
(Não importa que seja por
coligações, que agora passaram por restrições.)
Se um Renan Calheiros, Ciro
Nogueira, Arthur Lira, Aécio
Neves ... estão lá é porque tiveram votos.
Precisamos votar em bons
presidentes, bons parlamentares e cada um de nós estudar, trabalhar, buscar
honestidade, justiça (individual e social).
Citei Aécio Neves porque
eu mesmo já tive esse político em alta consideração, depois do caso Joesley o
risquei das minhas intenções de voto.
Defendo o voto impresso para que as eleições sejam o
mais transparentes possível, mas se o eleitor insistir em encher o Congresso de
políticos “obscuros”, mesmo que elejamos um Presidente “iluminado” em algum
momento terá que ceder a escuridão por motivo de sobrevivência no cargo.
Essa lógica entra em sua
mente?
Para a “nova política” acontecer, VOCÊ
ELEITOR é peça fundamental.
Eu não conseguiria ser mais elegantemente
irônico que o companheiro Frank:
“O que é bom na fase atual é que o STF está cada vez mais rápido, antes o Supremo levava trezentos anos para avaliar um processo.
O caso do Lula levou um ano para eles chegarem à conclusão que a Lava
Jato é uma fraude.
Já o caso Moro, eles gastaram apenas uma semana, isso em plena época de
quarentena.
Com um STF assim, não vamos mais
precisar do presidente, dos ministros e nem do Congresso!”
[Frank Hosaka - Maio 2020]