segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Reforma da Previdência

  Se o Governo (Michel Temer 2016) quiser conseguir fazer uma necessária reforma da previdência NÃO pode mexer radicalmente com direitos adquiridos ou expectativa de direitos.

  Isso vai fazer com que o Brasil demore para entrar nos eixos, mas o importante é estarmos indo para o caminho certo, uma previdência sustentável.
  Qualquer tentativa do Governo querer fazer caixa rápido será catastrófica.

  Quem tem expectativa de se aposentar daqui 10 anos não vai dar um tiro no próprio pé.
  Mesmo que o indivíduo compreenda muito bem a necessidade da reforma ficará revoltado por ser bem na vez dele.
   
😠“A regra era assim, fiz tudo como manda a lei e agora mudam me prejudicando.” 

  Se eu fosse do Governo não mudaria em nada a aposentadoria do servidor público que se aposente nos próximos 10 anos.
  Do funcionário da iniciativa privada não mexeria por 15 anos.
  Isso é para conseguir apoio da opinião pública, sem esse apoio é difícil mudar alguma coisa.
  As redes sociais irão se encher de depoimentos indignados, cria-se uma comoção social contra as reformas e a caca está feita.

  Claro que minha proposta é para o geralzão, o atacado.
  NÃO estou falando das aberrações em situações específicas, o varejo.

☠ Aposentadoria é uma coisa pensão é outra.

☠ Aposentadoria de políticos com 8 anos de serviço é uma aberração a parte, não sei como uma coisa dessas existe!

☠ Aposentadoria compulsória de juízes que cometem crimes ou erros gravíssimos ... não gosto de escrever palavrões.

  O que não falta no Brasil são aberrações, não são esses “direitos” ou “expectativa de direitos” que estou a defender.
  Se isso ficou claro, sigamos adiante.

  E o brasileiro que for alcançado pela reforma?
  Aquele indivíduo que está longe de se aposentar (mais de 10 anos) ou nem entrou no mercado de trabalho.

  Para os que já estão no mercado de trabalho devemos pensar em coerentes regras de transição.
  O cidadão paga algum pedágio em tempo de serviço de acordo com o tempo que esteve no regime atual.

   Quem ainda NÃO ENTROU no mercado de trabalho.
   Vamos supor que eu tenho 16 anos, consigo um emprego e sei que só me aposentarei aos 65 anos, são 49 anos de trabalho.
  Se eu tenho 20 são 45 anos de trabalho.





  PARA ESSA NOVA SITUAÇÃO É PRECISO NOVA MENTALIDADE.

  A mentalidade que tem predominado é ver a aposentadoria como um tempo para “curtir a vida.”
  Começa lá pelo 52 e vai até quando Deus quiser.

  Observo que muitos nem querem tanto o descanso, o curtir a vida, querem mesmo é o dinheiro, o segunda salário bancado pela Previdência.
  É impressionante como tantos demonizam o Capitalismo, mas adoram ter dinheiro…

  Sabe de uma coisa jovem leitor?

                                                   

 

     O melhor momento para curtir a vida é a juventude.


 

  Essa coisa de esperar até a aposentadoria para aproveitar a vida é coisa de mané.
  Dizer que a velhice é a “melhor idade” é mais uma daquelas imbecilidades do “politicamente correto”.

  No texto anterior escrevi que não gosto de fazer hora extra sabe porquê?

  Sei da importância do trabalho, mas gosto mais do tempo que passo fora dele.
  Nunca tive muito dinheiro então não pude curtir financeiramente a vida, grandes viagens, lugares de luxo, casa e carros maravilhosos.
  Mas vivi muitas experiências, li incontáveis livros porque era o que eu gostava de fazer.
 Não gosto mais de ler livros prefiro sites e vídeos na Internet.
  Minha principal atividade no tempo livre agora é escrever, é o que gosto de fazer.

  O período que o trabalho mais me consumiu foi quando tive um pequeno negócio, saía de casa ás sete e só voltava depois das vinte e duas horas, esse foi um motivo a mais para desistir daquilo.

  Meu conselho para quem for se aposentar só depois dos 65 é óbvio.
  Tem pessoas que gostam muito do que fazem, trabalhar é um grande prazer para elas … sorte delas
  Para você que não teve essa sorte…

  Não faça muita hora extra, evite empregos que te consumam muito tempo.
  Tire férias de 30 dias.
  Curta a vida a cada dia.
  Se gosta de dormir, durma.
  Gosta de música ouça, cante, dance.
  Gosta de comer coisas gostosas coma.
  Gosta de viajar, viaje.

  Quem deixa de aproveitar bons momentos na juventude em nome de curtir a vida na velhice faz uma aposta de altíssimo risco.
  Nem todos vivem até os 60 anos. 
  Você pode se preparar para algo que nunca vai chegar.
  Acidentes e inúmeras doenças podem cruzar o seu caminho.

  Mesmo que aos 60 você esteja com saúde dificilmente será aquela saúde dos 25 anos.
  Você não precisa chegar aos 60 para perceber isso, basta observar o que acontece a sua volta, é o que faço desde que me conheço por gente.
  Seu pai, mãe, tios, vizinhos …
  Quantas pessoas com mais de 60 você conhece que não reclama de nenhuma dor ou deficiência?
  É uma hipertensão aqui, diabete ali, coluna, reumatismo, remédios controlados …
  Na adolescência meus colegas não viam a hora de fazer 18 anos.
  Eu nunca tive pressa para envelhecer.
  Em geral a partir dos 30 anos nossa disposição física começa a reduzir, você pode observar isso cientificamente no atletismo.
  É difícil bater algum recorde depois dos 35.
  Jogadores de futebol com mais de 35 raramente são tão eficientes quanto eram aos 25.

  Se eu fosse definir uma “melhor idade” seria 25 anos.
  Nós já não somos tão ingênuos quanto na adolescência e estamos no ápice da nossa forma física.
  Essa década dos 20 aos 30, na minha opinião, é a de melhor “custo/benefício”.

  Uma vantagem depois dos 30 é que nosso cérebro pode permanecer afiado por muito tempo, ficar muito eficiente com as experiências acumuladas.
  Se você não tem algum azar genético ou prejudicou muito seu corpo pode ter uma saúde satisfatória pelo menos até os 60 anos.

  Esse é um bom momento para falarmos de dinheiro.
  Entenda que dinheiro sempre vai ser importante.

                                                     

 

      É preciso desenvolver o hábito de poupar desde cedo ou pelo menos não gastar mais do que ganha.


 

  Se não tem nenhuma herança se preocupe pelo menos em ter um imóvel próprio
  O resto é sorte … não ocorrer uma doença muito debilitante ou algum grande infortúnio financeiro.
 Tendo um cantinho agradável para morar, alguma renda para se alimentar bem e paz … considero uma velhice satisfatória.
  Se você é uma pessoa mais social faça parte de grupos do seu interesse, cultive amigos e conhecidos.

  Tem aquele ditado que eu NÃO gosto:

  “Viva como se não houvesse o amanhã.”

  Tem um ditado que eu gosto:

  “Viva cada dia como se fosse o último e provavelmente não terás muitos dias de vida.”


  Vamos a uma ilustração, elas são muito eficientes para fixar conceitos.


   Imagine que você está com seus 22 anos, solteiro, na festa de final de ano da empresa.
  Uma colega de trabalho um tanto chapada te dá a oportunidade de transar com ela no banheiro.
  Você é “vida louca”.
  Clau na mina.
  Caraca véio, você tem certeza que é tão maravilhoso que a garota só faz isso com você!?
  Tá, aproveita a oportunidade, mas coloca pelo menos uma camisinha.
  Porque correr o risco de uma gravidez indesejada, doença venérea ou algo complicadíssimo como AIDS?

  Outra situação:

  Com algum esforço conseguiu comprar a moto que tanto queria.
 Você se orgulha de não dirigir igual velho.
  De casa ao trabalho demoraria 30 minutos, mas você faz em 15.
  Hospitais e cemitérios estão cheios desses motoristas “jovens”.


  Minha sugestão é bem pragmática, matemática.
  A expectativa de vida no Brasil é de 73 anos.
  Viva, organize sua vida de acordo com essa expectativa, o que vier a mais “com saúde” é lucro.

  Estude, trabalhe, case, cuide da sua família, veja nascer os netos e recheie tudo isso com coisas que te dão prazer, mesmo que sejam pequenos prazeres.
  O que for inacessível … fazer o que … faz o que der.
  Todos gostaríamos de ser ricos, famosos, poderosos.
  Mesmo não conseguindo ser o “máximo” dá para viver bem se você não for muito “vida louca”.
  Eu sou um loser e vivo bem.

  Certa vez em uma aula de biologia a professora disse que todo músculo precisa de repouso.
  Aquilo me provocou uma pergunta.

  Professora, em que momento o coração descansa?

  Ela disse algo que jogou minha mente ainda mais no abismo, mas reconheço que foi uma excelente resposta.

  "O coração descansa entre uma batida e outra."

  Não conseguimos parar, vida é movimento.
  Mesmo dormindo, sonhamos, digeridos, respiramos …
   Entre uma obrigação e outra se permita algum prazer.

  Essa lógica entra em sua mente?

                                                   

 

      “O segredo para ser infeliz é ter tempo livre para preocupar-se se é feliz ou não”.

  [Bernard Shaw]


 






_________________________________