“Por vezes o Bom Senso é uma ilha cercada de fanatismo
ideológico por todos os lados.”
[William Robson]
Esse é mais um
texto óbvio daqueles que não escreveria até um tempo atrás, mas como me
mostraram a importância de escrever sobre o óbvio... lá vamos nós.
Água é essencial
para nossa existência, logo, deduzimos que até os homens das cavernas procuravam
se estabelecer próximos a fontes de água, rios e lagos.
Se por qualquer
motivo a água ficasse escassa em uma região o grupo migrava para outro lugar.
É evidente que as
grandes cidades foram se formando onde tivesse abundância de água.
Em regiões
desérticas as tribos se estabeleciam em torno de oásis, a população podia ficar
tão grande quanto pudesse ser abastecida pelo oásis.
Sobre isso não há
nenhuma divergência todos estamos cientes.
O que as pessoas
parecem não ter ciência é que a Terra é semelhante a um organismo vivo e como
tal está em constante transformação.
Quando você era
pequeno calçava 20 cresceu e calça 40.
Seu corpo é um
organismo vivo e passa por mudanças.
Seu pé para de
crescer lá pelos 16 anos, mas continua passando por mudanças, cresce as unhas
pode surgir calos, rachaduras...
Nos debates que
vejo sobre o clima o cidadão é induzido a acreditar que se o homem voltasse a
viver como há 2000 atrás a Terra manteria as mesmas condições para sempre.
Isso não
corresponde a uma realidade observável.
Você sabia que as
cordilheiras dos andes não existem desde sempre?
Em alguma fase da
Terra “sem a ação” dos homens a cordilheira dos Andes foi formada.
O encontro de
placas tectônicas foram fazendo as montanhas crescerem.
Sabemos que “sem
a intervenção” do homem boa parte da Amazônia já foi fundo de oceano.
Sabemos que “sem
a ação” do homem houve uma era glacial onde nossa espécie quase foi extinta.
Como escrevi há
pouco tempo, a melhor maneira de reduzir o impacto de nossa espécie no planeta
é reduzindo o número de indivíduos.
Outras medidas como reciclagem, aparelhos mais eficientes, energia renovável ... são necessárias, mas paliativas, só adiam o problema.
A superpopulação é um problema a mais, porém independente da ação humana é inevitável que esse planeta passe por transformações.
Se sim temos que nos
adaptar a ele.
Os antigos faziam
isso deslocando suas tribos.
Hoje em dia não é
viável.
Como vamos
deslocar uma cidade de 1 milhão de habitantes como Campinas?
E para onde, se o
Planeta está lotado de gente!
O jeito é trazer
água até aqui mesmo que seja de muito longe.
Assim como temos
sistemas interligados de eletricidade podemos ter o mesmo em relação a água.
Desconheço alguma
usina elétrica em Campinas, no entanto não nos falta eletricidade.
Desconheço poços
de petróleo e não nos falta gasolina.
As obras podem
ser caríssimas, mas é mais lógico trazer
a água para as grandes cidades.
Já pensou se na
foz do Rio Amazonas [ou outro rio qualquer] ao invés de deixarmos a água doce se
perder no oceano nós a canalizássemos pelo menos 50% e distribuíssemos por todo litoral?
De obra em obra
poderíamos retornar para o interior a água doce que se perde no oceano.
“A Grande São Paulo, maior núcleo urbano do país, consome cerca de
60 metros cúbicos de água por segundo.
O Rio Amazonas nasce na cordilheira dos
Andes, no Peru.
Possui 6.868 km, sendo que 3.165 km estão em
território brasileiro.
Sua vazão média é da ordem de 109.000 m³/s
e 290.000 m³/s na estação de chuvas.”
Observe que só
do rio Amazonas são 109 mil metros cúbicos de agua simplesmente jogadas no mar,
sem aproveitamento.
Até um alienígena
mais burrinho não entenderia porque falta agua no Nordeste.
Olhem no mapa e
vejam a quantidade de rios jogando água doce no mar.
É risível quando
dizem que a água vai acabar.
Principalmente em
um país como o Brasil.
As cidades
pequenas, médias ou grandes deveriam manter reservatórios de água enormes de
acordo com a população.
São obras
faraônicas?
Nem sempre, mas e
quando são?
Nosso Governo se
empenha em fazer Trem Bala, Estádios de Futebol, obras em outros países, tirar
petróleo lá das profundezas do oceano... tudo isso poderia ser deixado na mão
da iniciativa privada.
Com o dinheiro
dos impostos o Governo [de qualquer partido] poderia tocar esse projeto de construção de reservatórios, interligação das águas e tratamento nacional
da rede de esgotos.
“Por volta de 1960, o governo
paulista, preocupado com o alto crescimento demográfico da cidade de São Paulo
e dos municípios vizinhos, cuja população já totalizava 4,8 milhões de
habitantes, decide reforçar o abastecimento de água da Região Metropolitana de
São Paulo planejando a construção de diversas represas nas nascentes da bacia
hidrográfica do rio Piracicaba, iniciando assim o Sistema Cantareira.
Em 1966, iniciou-se a construção das barragens do Rio Juqueri (hoje,
Paiva Castro), Cachoeira e Atibainha.
Em 1976, foram iniciados os reservatórios de Jaguari e Jacareí,
acrescentando uma capacidade de 22 mil litros/segundo ao sistema.”
[Wikipédia]
O Sistema Cantareira não existiu desde de sempre.
Iniciou no
Governo Estadual Carvalho Pinto, as obras se estenderam por cerca de 20 anos.
Lembrei de um
debate:
________________________
👨 “A Sabesp desde sempre priorizou os
dividendos dos acionistas”.
[Comentarista
no G+]
________________________
Se não fossem os
acionistas a Sabesp não teria dinheiro para levar água a tanta gente.
Socialistas
detestam “acionistas”.
Se eu invisto
dinheiro em alguma empresa claro que quero retorno, mas deixemos isso para
lá...
Se chovesse o
normal não haveria crise de abastecimento.
NÃO VI NENHUM
CIENTISTA OU VIDENTE PREVER A SECA ATUAL.
Observem que
noticia interessante publicada em 2010, isso mesmo não faz 5 anos:
“Chuvas mais fortes causadas
pelo aquecimento global podem fazer as enchentes se tornarem o pior fenômeno
natural enfrentado pela Grande São Paulo, indica um estudo publicado por oito
especialistas de cinco instituições brasileiras.
Segundo a pesquisa, em um período entre 60 e 90 anos haverá uma elevação
média de 2°C a 3°C na região, fazendo com que dobre o número de dias com chuvas
acima de 10 milímetros – quantidade suficiente para causar enchentes e
inundações graves.”
Notem que a
matéria fala em falta localizada de agua por inundação das tubulações e
rompimento de canos, mas não por uma seca prolongada como está ocorrendo.
Já pensaram se
nossas universidades não vissem como pecado qualquer associação a iniciativa
privada e por alguma parceria desenvolvessem eficientes dessalinizadores da
agua do mar?
Apresentassem ao
Governo eficientes métodos de distribuição de água entre tantas outras coisas a
serem feitas em infraestrutura.
Nos países
desenvolvidos as Universidades contribuem demais para o avanço tecnológico,
aqui no Brasil nossas Universidades custam caro aos cofres públicos, pessoas
endinheiradas não pagam e a contribuição tecnológica é pífia.
Como se não
bastasse, os “intelectuais” de nossas Universidades ocupam a mídia defendendo
ideologias fracassadas... mas esse seria outro texto.
Qualquer um que
conhece o básico de cosmologia sabe que a Terra pode ser destruída a qualquer
momento.
Alguma radiação
surgida em algum canto do espaço pode chegar até nós e as defesas naturais
desse planeta podem não ser suficientes, podemos morrer instantaneamente sem
nem saber o que nos atingiu.
Como se alguém
espirrasse inseticida em um formigueiro.
Um cometa pode
colidir conosco... uma visão muito bonita, conforme ele se aproxima é como se aparecesse uma segunda Lua e fosse
ficando cada vez maior, pena que também é mortal.
A Terra pode ser
destruída por alguma experiência científica nossa.
Sabiam que
Einstein e outros cientistas ficaram muito preocupados no teste da primeira
bomba atômica?
Era bem possível
que a reação nuclear não parasse até consumir todo o planeta.
Nesse momento
cientistas fazem experiência com poderosos colisores de partículas, em teoria
podemos acidentalmente criar um buraco negro que sugue toda matéria do planeta.
Não ria, isso não
e tão ridículo quanto pode parecer, sabem que não sou adepto do “terrorismo
mental” coisas como: “nosso fim está próximo jejue e ore.”
Você sabia que
demoramos para entender e detectar a radioatividade e cientistas de ponta
ficaram doentes manuseamento material radioativo?
Ria agora.
No entanto
experiências científicas são necessárias porque inevitavelmente um dia esse
planeta será destruído.
Se não tivermos
desenvolvido tecnologia para colonizarmos outros planetas será nosso fim.
Minha esperança
está nos povos desenvolvidos, a parte da humanidade que tenta se manter longe
da barbárie e entende que a tecnologia é a única coisa que pode permitir a
continuidade de nossa espécie quando esse planeta for destruído.
Tá, como nosso
povo não está entre os mais desenvolvidos de certo você pode ser um daqueles
que espera tudo em algum deus.
Não quero escrever
contra sua crença então vamos conciliar ao menos subjetivamente nossas
opiniões.
“Deus” espera que
desenvolvamos habilidade para vivermos fora desse planeta, espera que
colonizemos o espaço, estamos tendo esse tempo para evoluir.
Se conseguirmos
isso merecemos comer da “árvore da vida eterna” enquanto espécie, senão:
.