domingo, 11 de janeiro de 2015

Planeta Água

  “Por vezes o Bom Senso é uma ilha cercada de fanatismo ideológico por todos os lados.” 
[William Robson]
   


  Esse é mais um texto óbvio daqueles que não escreveria até um tempo atrás, mas como me mostraram a importância de escrever sobre o óbvio... lá vamos nós.

  Água é essencial para nossa existência, logo, deduzimos que até os homens das cavernas procuravam se estabelecer próximos a fontes de água, rios e lagos.
  Se por qualquer motivo a água ficasse escassa em uma região o grupo migrava para outro lugar.
  É evidente que as grandes cidades foram se formando onde tivesse abundância de água.
   Em regiões desérticas as tribos se estabeleciam em torno de oásis, a população podia ficar tão grande quanto pudesse ser abastecida pelo oásis.
  Sobre isso não há nenhuma divergência todos estamos cientes.

  O que as pessoas parecem não ter ciência é que a Terra é semelhante a um organismo vivo e como tal está em constante transformação.

  Quando você era pequeno calçava 20 cresceu e calça 40.
  Seu corpo é um organismo vivo e passa por mudanças.
  Seu pé para de crescer lá pelos 16 anos, mas continua passando por mudanças, cresce as unhas pode surgir calos, rachaduras...

  Nos debates que vejo sobre o clima o cidadão é induzido a acreditar que se o homem voltasse a viver como há 2000 atrás a Terra manteria as mesmas condições para sempre.

  Isso não corresponde a uma realidade observável.
  Você sabia que as cordilheiras dos andes não existem desde sempre?
  Em alguma fase da Terra “sem a ação” dos homens a cordilheira dos Andes foi formada.
  O encontro de placas tectônicas foram fazendo as montanhas crescerem.

  Sabemos que “sem a intervenção” do homem boa parte da Amazônia já foi fundo de oceano.

  Sabemos que “sem a ação” do homem houve uma era glacial onde nossa espécie quase foi extinta.

  Como escrevi há pouco tempo, a melhor maneira de reduzir o impacto de nossa espécie no planeta é reduzindo o número de indivíduos.  

  Outras medidas como reciclagem, aparelhos mais eficientes, energia renovável ... são necessárias, mas paliativas, só adiam o problema.

  A superpopulação é um problema a mais, porém independente da ação humana é inevitável que esse planeta passe por transformações.

  Será que o regime de chuvas está mudando?
  Se sim temos que nos adaptar a ele. 

  Os antigos faziam isso deslocando suas tribos.
  Hoje em dia não é viável.
  Como vamos deslocar uma cidade de 1 milhão de habitantes como Campinas?
  E para onde, se o Planeta está lotado de gente!
  O jeito é trazer água até aqui mesmo que seja de muito longe.
  Assim como temos sistemas interligados de eletricidade podemos ter o mesmo em relação a água.
  Desconheço alguma usina elétrica em Campinas, no entanto não nos falta eletricidade.
  Desconheço poços de petróleo e não nos falta gasolina.

  As obras podem ser caríssimas,  mas é mais lógico trazer a água para as grandes cidades.

  Já pensou se na foz do Rio Amazonas [ou outro rio qualquer] ao invés de deixarmos a água doce se perder no oceano nós a canalizássemos pelo menos 50%  e distribuíssemos por todo litoral?
  De obra em obra poderíamos retornar para o interior a água doce que se perde no oceano.

   “A Grande São Paulo, maior núcleo urbano do país, consome cerca de 60 metros cúbicos de água por segundo.
   O Rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes, no Peru.    
   Possui 6.868 km, sendo que 3.165 km estão em território brasileiro.
    Sua vazão média é da ordem de 109.000 m³/s e 290.000 m³/s na estação de chuvas.”

   Observe que só do rio Amazonas são 109 mil metros cúbicos de agua simplesmente jogadas no mar, sem aproveitamento.
  Até um alienígena mais burrinho não entenderia porque falta agua no Nordeste.
  Olhem no mapa e vejam a quantidade de rios jogando água doce no mar.



  É risível quando dizem que a água vai acabar.
  Principalmente em um país como o Brasil.

  As cidades pequenas, médias ou grandes deveriam manter reservatórios de água enormes de acordo com a população.

  São obras faraônicas?
  Nem sempre, mas e quando são?
  Nosso Governo se empenha em fazer Trem Bala, Estádios de Futebol, obras em outros países, tirar petróleo lá das profundezas do oceano... tudo isso poderia ser deixado na mão da iniciativa privada.
  Com o dinheiro dos impostos o Governo [de qualquer partido] poderia tocar esse projeto de  construção de reservatórios,  interligação das águas e tratamento nacional da rede de esgotos.

    “Por volta de 1960, o governo paulista, preocupado com o alto crescimento demográfico da cidade de São Paulo e dos municípios vizinhos, cuja população já totalizava 4,8 milhões de habitantes, decide reforçar o abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo planejando a construção de diversas represas nas nascentes da bacia hidrográfica do rio Piracicaba, iniciando assim o Sistema Cantareira.
  Em 1966, iniciou-se a construção das barragens do Rio Juqueri (hoje, Paiva Castro), Cachoeira e Atibainha.
  Em 1976, foram iniciados os reservatórios de Jaguari e Jacareí, acrescentando uma capacidade de 22 mil litros/segundo ao sistema.”
  [Wikipédia]

  O Sistema Cantareira não existiu desde de sempre.
  Iniciou no Governo Estadual Carvalho Pinto, as obras se estenderam por cerca de 20 anos.
   E o mais importante, o sistema seria suficiente para abastecer a população de São Paulo com folga se não houvesse essa aparente mudança no regime de chuvas. (A maior seca dos últimos anos)

  Lembrei de um debate:

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👨 “A Sabesp desde sempre priorizou os dividendos dos acionistas”.
  [Comentarista no G+]
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   Se não fossem os acionistas a Sabesp não teria dinheiro para levar água a tanta gente.
 Socialistas detestam “acionistas”.
 Se eu invisto dinheiro em alguma empresa claro que quero retorno, mas deixemos isso para lá...
   Os caras diziam há vinte anos que iria faltar água devido ao aumento da população, ocorreria excesso de consumo e ERRARAM FEIO!
  Se chovesse o normal não haveria crise de abastecimento.
  NÃO VI NENHUM CIENTISTA OU VIDENTE PREVER A SECA ATUAL.
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  Observem que noticia interessante publicada em 2010, isso mesmo não faz 5 anos:

   “ENCHENTES PODEM SE TORNAR UM DOS PIORES PROBLEMAS DE SÃO PAULO.”

   “Chuvas mais fortes causadas pelo aquecimento global podem fazer as enchentes se tornarem o pior fenômeno natural enfrentado pela Grande São Paulo, indica um estudo publicado por oito especialistas de cinco instituições brasileiras.
  Segundo a pesquisa, em um período entre 60 e 90 anos haverá uma elevação média de 2°C a 3°C na região, fazendo com que dobre o número de dias com chuvas acima de 10 milímetros – quantidade suficiente para causar enchentes e inundações graves.”

  Notem que a matéria fala em falta localizada de agua por inundação das tubulações e rompimento de canos, mas não por uma seca prolongada como está ocorrendo.

  Já pensaram se nossas universidades não vissem como pecado qualquer associação a iniciativa privada e por alguma parceria desenvolvessem eficientes dessalinizadores da agua do mar?
  Apresentassem ao Governo eficientes métodos de distribuição de água entre tantas outras coisas a serem feitas em infraestrutura.
  Nos países desenvolvidos as Universidades contribuem demais para o avanço tecnológico, aqui no Brasil nossas Universidades custam caro aos cofres públicos, pessoas endinheiradas não pagam e a contribuição tecnológica é pífia.
  Como se não bastasse, os “intelectuais” de nossas Universidades ocupam a mídia defendendo ideologias fracassadas... mas esse seria outro texto.


  Qualquer um que conhece o básico de cosmologia sabe que a Terra pode ser destruída a qualquer momento.
  Alguma radiação surgida em algum canto do espaço pode chegar até nós e as defesas naturais desse planeta podem não ser suficientes, podemos morrer instantaneamente sem nem saber o que nos atingiu.
  Como se alguém espirrasse inseticida em um formigueiro.

  Um cometa pode colidir conosco... uma visão muito bonita, conforme ele se aproxima  é como se aparecesse uma segunda Lua e fosse ficando cada vez maior, pena que também é mortal.

  A Terra pode ser destruída por alguma experiência científica nossa.
  Sabiam que Einstein e outros cientistas ficaram muito preocupados no teste da primeira bomba atômica?
  Era bem possível que a reação nuclear não parasse até consumir todo o planeta.
  Nesse momento cientistas fazem experiência com poderosos colisores de partículas, em teoria podemos acidentalmente criar um buraco negro que sugue toda matéria do planeta.
  Não ria, isso não e tão ridículo quanto pode parecer, sabem que não sou adepto do “terrorismo mental” coisas como: “nosso fim está próximo jejue e ore.”

  Você sabia que demoramos para entender e detectar a radioatividade e cientistas de ponta ficaram doentes manuseamento material radioativo?
  Ria agora.

  No entanto experiências científicas são necessárias porque inevitavelmente um dia esse planeta será destruído.
  Se não tivermos desenvolvido tecnologia para colonizarmos outros planetas será nosso fim.
  Minha esperança está nos povos desenvolvidos, a parte da humanidade que tenta se manter longe da barbárie e entende que a tecnologia é a única coisa que pode permitir a continuidade de nossa espécie quando esse planeta for destruído.

  Tá, como nosso povo não está entre os mais desenvolvidos de certo você pode ser um daqueles que espera tudo em algum deus.
  Não quero escrever contra sua crença então vamos conciliar ao menos subjetivamente nossas opiniões.

  “Deus” espera que desenvolvamos habilidade para vivermos fora desse planeta, espera que colonizemos o espaço, estamos tendo esse tempo para evoluir.
  Se conseguirmos isso merecemos comer da “árvore da vida eterna” enquanto espécie, senão:

  O salário da ineficiência é a Aniquilação.

    Colonizar outros planetas não é um capricho burguês/capitalista é uma NECESSIDADE.


    Evolução ou Morte!









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