quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Vale do Rio Doce

  Quando a Vale era estatal valia U$ 8 bilhões hoje (Novembro de 2014) vale 53 Bilhões.
  Tinha 11 mil funcionários agora tem cerca de 50 mil
  Em 2013 pagou cerca de 9 Bilhões em impostos.

  Depois que passou a ser "menos estatizada" a Vale já teve números bem melhores, maior valor e mais funcionários.
  Porem a “marolinha” vaticinada pelo deus Lula e abalizada pela rainha Dilma onde o Brasil era uma ilha de prosperidade em meio um mundo em crise...bem foi só mais um ilusionismo petista.

  

  Vamos analisar histórias reais. ​​

DEVEMOS A EXISTÊNCIA DA VALE AOS “GRINGOS”.

    “Vários grupos de INVESTIDORES INTERNACIONAIS adquiriram extensas glebas de terra próximas a Itabira e, em 1909, se reuniram fundando o Brazilian Hematite Syndicate, um sindicato que visava a explorá-las.
  Em 1911, o empresário ESTADUNIDENSE Percival Farquhar adquiriu todas as ações do Brazilian Hematite Syndicate e mudou seu nome para Itabira Iron Ore Company.
  Percival Farquhar fez planos para que a Itabira Iron Ore Co. exportasse 10 milhões de toneladas/ano de minério de ferro para os Estados Unidos, usando navios pertencentes a seu sindicato, que trariam carvão dos EUA ao Brasil, tornando assim o frete mais econômico.
  Esse plano antecipava em mais de 40 anos um conceito que, modificado e atualizado, viria a se tornar realidade, sob a direção de Eliezer Batista, na década de 1960, quando da inauguração do Porto de Tubarão.”

  Pensem nisso quando ouvirem nacionalistas fanáticos com seu discurso hipócrita anticapital estrangeiro.

  Vamos pensar pequeno.
  Eu tinha um bom carro que como tudo foi envelhecendo.
  Para completar eu estava em uma fase ruim de dinheiro, não que eu já tenha tido uma fase boa, mas aquela era pior.
  A manutenção rotineira quase não existia, eu só o mantinha rodando.
  Para fechar um restaurante que eu tinha precisava de dinheiro extra e a melhor solução foi me desfazer do automóvel.
  Para vender o carro ao menos pelo preço de tabela eu teria que arrumar muitas coisas.
  A suspensão por exemplo estava fazendo um barulho anormal.
  O fato é que eu estava sem dinheiro e teria que investir uma grana preta na manutenção do veículo, todos sabemos que por mais que eu gastasse isso não valorizaria muito o carro.
  A solução honesta foi vende-lo abaixo da tabela e informar ao comprador sobre os problemas do carro.
  Não lembro bem, mas o carro “valia” 8 mil e acabei vendendo por 6 ou algo assim.

  Vamos pensar grande.
  Muitos dizem que o governo sucateou as empresas para vende-las abaixo do preço.
  Na verdade como o governo gere mal os negócios [nomeação política/fisiologista e não técnica] as empresas já estavam bastante defasadas em relação ao mercado.

  Compensava o governo investir um dinheiro que não tinha para atualiza-las?
  Acho que não.
  Muitos pregam que as empresas foram vendidas a preço de banana... bem até bananas tem um preço e nem sempre é baixo, depende da oferta e procura.
  As empresas foram “vendidas” pelo preço que podiam ser vendidas naquele momento.

  Tudo isso é muito técnico vamos a uma visualização mais prática.
  Faturamento não é lucro ao menos esse entendimento é importante você ter.
  Vamos supor que uma empresa tenha faturamento de 100 milhões por ano.
  É um ótimo dinheiro mas entenda que isso foi tudo que ela girou para manter o negócio.
  Não é que seus donos embolsaram 100 milhões no ano.
  Vamos supor que a empresa foi bem gerida e teve lucro líquido de 10%, logo, seus acionistas irão dividir 10 milhões.
  É uma boa grana, mas entenda que 90 milhões ficaram na SOCIEDADE.
  No caso da Vale (depois de “diminuir a estatização) são 39 mil pessoas a mais ganhando salários.
  Onde vai esse dinheiro?
  No supermercado, creche, lojas, agências de turismo, veículos, materiais para construção, vestuário ...

  A Vale tem zilhões de fornecedores, ela de certo é a fonte principal de faturamento para muitos desses parceiros.
  Imagine o gasto da Vale com outras empresas só para propiciar refeição e uniformes ao seu pessoal.

  No próximo texto falarei mais sobre como infantilmente demonizamos as empresas e empresários, por hora observe como nosso Governo é intervencionista:

  MANOBRA GOVERNISTA.
  A postura da Vale, hoje administrada por Murilo Ferreira, diante deste cenário de crise é "bem mais positiva" que a adotada durante a crise financeira de 2008, que levou a Vale a demitir centenas de pessoas.
  Na época, o CEO da companhia era Roger Agnelli, que não esperou para demitir 1 500 pessoas e desativar plantas a despeito dos protestos públicos do ex-presidente Lula.
  O executivo, conhecido por seu foco nos resultados, explicou que as demissões eram necessárias para preservas as finanças da Vale ante à forte retração do mercado internacional.
  A companhia é essencialmente exportadora, com forte presença na China.
  Desde este episódio, o ex-presidente e sua sucessora, Dilma Rousseff, não se conformaram e fizeram de tudo para tirar Agnelli de seu posto.
  Como a Vale é uma empresa privada, eles não podiam muito a não se tentar convencer os fundos de pensão – que fazem parte do grupo de controle – a realizar uma troca de comando.
  A política só foi concretizada em abril de 2011, quando, então, o banco Bradesco, outro importante acionista, foi convencido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a compor o grupo de pressão.
  O escolhido foi Murilo Ferreira, um ex-diretor da própria Vale, onde havia trabalhado por 30 anos.
  Uma das credenciais para a decisão que selou a escolha de Ferreira pelo 'bloco governista' foi sua experiência durante as greves de trabalhadores na Inco, a então divisão da mineradora no Canadá.
  Dilma e sua equipe consideraram satisfatória sua atuação porque o executivo teria procurado "proteger" os interesses dos trabalhadores locais.”

  Entendeu?
  Roger Agneli foi sacado da direção da Vale porque fez o que tinha que fazer contrariando a vontade do deus Lula.
  Se o atual diretor não fizer o que Dilma e Lula quiserem também será deposto.
  A qualidade administrativa da Vale decaiu a olhos vistos.
  Hoje ela tem cerca de 1000 funcionários ociosos que não são demitidos para não desagradar o governo que adora maquiar números.
  Isso para você parece muito bom, um governo preocupado em manter empregos, um governo “amigo do trabalhador”.
  Acontece que são empregos mantidos artificialmente prejudicando a empresa e colocando em risco os empregos de outros tantos.

  Precisamos ficar adultos mentalmente ... explico.
  Festejamos quando uma empresa cresce bastante [ou chega uma nova na cidade] proporcionando contratação em massa.
  Precisamos aceitar melhor demissões em massa quando a empresa não vai bem.
  Se a empresa por N motivos perde mercado, passa por dificuldades, cortar despesas com pessoal é uma ferramenta administrativa perfeitamente lógica que pode evitar seu fechamento.
  Se a empresa emprega 5 mil pessoas e está com 1 mil pessoas ociosas ... é melhor demitir os ociosos para manter o emprego de 4 mil.

  Não sei como é no resto do mundo, mas aqui no Brasil temos uma falha cultural de nossos empresários, essa sim deve ser mudada.
  Eu aceito ser demitido, se não tem mais trabalho pra mim, não quero ficar na empresa por caridade/pena.
  Tenho certeza que todo empresário faz de tudo para que a empresa cresça cada dia mais ou pelo menos fique estável.

  O que me chateia é não ter “alguma prioridade” na recontratação.

  Vou tentar exemplificar.
  A Vale entrou em crise, meu setor ficou ocioso, houve demissão em massa.
  Fazer o que ... azares da vida. 😩
  Eu torço, espero que a empresa passe pela crise e volte a contratar e quando isso acontecer quero ser chamado de volta ... é pedir muito!?
  Veja o Caso Honda.


  Mas esse texto é pra mostrar que ...

  Os tentáculos poderosos do Governo Brasileiro achacam a tudo e a todos, até empresas supostamente privatizadas.

  









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