“Dizem que mulher
satisfeita não trai.
Na adolescência vem o
romantismo e do amor romântico vem a vontade de se entregar virgem ao homem que
ama.
Mas alguém já viu
mulher satisfeita!?”
Estava sentado em
uma dessas cadeiras giratórias quando meu colega Alex me pediu uma informação.
Estava no meio da
conversa quando um garoto que não tinha mais que 10 anos me interrompeu.
Sem cerimônia se
ajeitou entre minhas pernas e começou a fazer vários questionamentos, puxar
conversa.
Fiquei muito
desconfortável com a situação, meu colega me olhou com ar de zombaria, mas
tentou me socorrer:
“Onde está sua mãe garoto?”
-Está na fila para marcar consulta.
Aproveitei o
momento para tirar o garoto “do meio das minhas pernas”.
Ô menino chato!
Ele não se deu
por vencido continuou encostado em minha coxa agora pelo lado externo.
Como se não
bastasse tocava minha mão, meu braço, não parava de fazer perguntas.
Fui mais
grosseiro, disse que estava trabalhando e que ele fosse junto da mãe dele.
Tem pessoas que
nascem com essa necessidade do contato físico.
Eu nasci com uma certa
aversão ao contato físico, meditamos sobre o “já nasci assim” no texto anterior.
Geralmente não
gosto de ser tocado.
Vamos para a situação que eu fosse tão
carente quanto o garoto, mais que isso, tivesse nascido com tendência a
pedofilia.
Como estava em
horário de trabalho e tinha meu colega Alex por perto eu não faria nada.
E se eu tivesse
naquele lugar de passagem sem testemunhas por perto?
Garanto a vocês
que o menino estabeleceu uma intimidade comigo que não tenho nem com as minhas
filhas.
Não precisaria
nem lhe oferecer algum agrado, se eu pedisse para ele me acompanhar
provavelmente ele iria.
Não, essa não é a
primeira criança tão afetuosa/carinhosa que encontrei, elas existem aos montes
e sempre que cruzarem com alguém com tendência a pedofilia estarão correndo
grande risco.
Se você nunca
encontrou crianças desse tipo...esse texto não fará sentido pra você.
Ou talvez tenha
acontecido, mas não tenha dado atenção.
Não consigo
evitar de reconhecer padrões e suas exceções...em tudo.
É meio automático
na minha mente.
Nesse caso o
padrão é que em geral crianças NÃO buscam muita intimidade com estranhos.
Isso é reservado
aos pais e pessoas próximos que participam da sua criação.
Quando encontro
crianças tão afetuosas mesmo com quem acabaram de conhecer é algo que foge
do padrão.
Se eu fosse um
vizinho daquele garoto, professor, conhecido da família e começasse acariciar
aquele menino... quando ele falaria para eu parar?
Se eu abusasse
dele sexualmente e pedisse para não falar para ninguém será que ele falaria?
Entenda que o
garoto é muito carente de contato físico, a relação seria prazerosa para ele,
algo que que ele iria querer que continuasse.
Quero dizer que
podemos multiplicar por várias vezes qualquer informação sobre práticas sexuais
na infância e adolescência.
Pouca coisa vem à
tona.
Recentemente a
Xuxa disse que foi abusada na infância, observe que ela demorou anos para
relatar essa ocorrência...poderia nunca ter contado, de certo muitos nunca
contam.
Mais ainda, quando
ocorreu “talvez” tenha sido prazeroso para ela, algo que ela fez “sem malicia”,
parecia normal.
Só depois quando
adquiriu mais conhecimento/experiência entendeu que foi algo errado.
Tive uma colega
de trabalho que sua primeira relação [e várias outras] foi com o irmão, ela nem sabia precisar
quando só sabe que foi muito cedo.
A diferença de
idade entre ela e o irmão não chegava a dois anos, então se ela tinha 9 e ele
11, não dá para atribuir ao irmão grande responsabilidade pelo ocorrido.
Veja que paradoxo
interessante:
Essa história do
sexo entre irmãos não foi contada diretamente a mim, foi relatada por uma amiga
da funcionária, que não tinha razão para inventar uma coisa dessas.
Se você realmente
quer guardar um segredo NÃO conte a ninguém.
Ou conte e depois
mate a pessoa... não conte a ninguém que matou. ☻
O fato é que a
moça desabafou essa ocorrência por se sentir culpada, afinal incesto é algo
abominável em nossa sociedade.
Mas ela só
começou a sentir culpa na adolescência, acredito que lá pelos 15 anos.
Deduzo isso
devido outros padrões de casos parecidos.
Percebeu o
paradoxo?
Não se preocupe
ele não é tão claro, vamos a ele.
Se ela e o irmão
eram tão inocentes/ingênuos com relação ao ato sexual PORQUE FAZIAM ESCONDIDOS!?
Fica fácil deduzir
que não eram tão ingênuos...
Porque esse sentimento de culpa aconteceu aos
15 e não aos 9 anos?
Isso é uma
Filosofia Complexa, vamos entrar no “padrão do que é fora de padrão”.
Funciona assim.
O padrão é NÃO chegarmos as práticas sexuais antes da adolescência.
Mas é evidente
que as pessoas que praticam sexo (ou caricias sexuais) na infância existem e
não são poucas.
Esse grupo “fora
do padrão” tem “seu próprio padrão.”
Das moças que
praticam sexo na infância reconheci um padrão.
[Segundo algumas religiões
a relação sexual só pode ocorrer depois do casamento, isso aumenta a culpa na
garota mais religiosa.]
Na infância a
moça fez sexo como brincadeira/diversão/curiosidade, não havia o componente
amor envolvido.
Acontece que hímen é só uma
membrana, ela não sabe que só pode se romper diante do “verdadeiro e único
amor.”
Nesse momento a
mulher quer encontrar alguém para colocar toda a culpa, se é religiosa quer se
justificar diante de Deus.
No caso da minha
colega não dava para ela culpar o irmão que era muito criança também, só lhe
restava desabafar com algumas amigas.
Mas e se fosse
alguém mais velho que tivesse se aproveitado dela, um padrasto, primo,
vizinho...
Alguém mais velho
é o ideal para colocar a culpa de tudo, ele como mais velho sabia o que estava
fazendo.
No caso do homem,
se é hétero e teve uma relação homossexual na infância ele leva esse segredo
para o tumulo... ☻
Se foi abusado
por alguma mulher mais velha... não chega a ser uma tragédia.
Quando nós homens
encontramos nosso “verdadeiro e único amor adolescente” não temos que lhe
ofertar a “virgindade”.
Homens tem essa
vantagem de não ter hímen no bilau ou no ... como direi ... “fiofó”? ☻
Nessa sequência o importante é
você Livre Pensador perceber que a teoria do “nasci assim”
faz muito mais sentido, é muito mais observável/abrangente que a teoria
da “Folha em Branco”.
[Não seja radical, evidente que o meio em que vivemos influencia
nosso comportamento.]
Alguns nascem muito mais pré dispostos a sexualidade.
[Também pré dispostos a matar, roubar, ajudar o próximo, pintar,
cantar, mentir, liderar, depressão, alegria...]
CRIANÇAS SÃO
HUMANOS COM MENOS TEMPO DE VIDA, MAS SÃO HUMANOS...
(O mais difícil é convencer as pessoas do óbvio.)
Enquanto
defendermos que uma pessoa só pode responder por seus atos ao completar 18 anos
e que até essa idade são anjos indefesos moldados pela sociedade... nossas leis
serão muito falhas.
Nossas leis legislam uma utopia, não a realidade observável.
I’ll be back!