segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Retrospectiva

  

  

   O haraquiri


   Os cavalheiros japoneses já não se suicidam.

   Mas o ritual da imolação se mantém no mundo e agora é coletivo.

   É praticado por países como Argentina e Venezuela.

   Países que, tomados por um desvario passageiro ou duradouro, decidem empobrecer-se, barbarizar-se, corromper-se, ou todas essas coisas ao mesmo tempo.

 

  A América Latina está repleta de tais exemplos trágicos.

  O mais notável é o da Argentina, que há três quartos de século era um país do Primeiro Mundo, próspero, culto, aberto, com um sistema educacional modelar e que, subitamente, tomada pela febre peronista, decidiu retroceder e se arruinar, uma longa agonia que, sustentada por sucessivos golpes militares e uma homérica persistência no erro de seus eleitores, ainda se mantém.   

  Esperemos que algum dia os deuses ou o acaso devolvam a sensatez e a lucidez à terra de Sarmiento e Borges.

 

  Outro caso emblemático de haraquiri político é o da Venezuela.      Tinha uma democracia imperfeita, é certo, mas real, com imprensa livre, eleições legítimas, partidos políticos diversos, e, mal e mal, o país progredia. 

  Lamentavelmente, abundavam a corrupção e o desperdício, e isso levou a maioria dos venezuelanos a descrer da democracia e confiar sua sorte a um caudilho messiânico: o comandante Hugo Chávez. 

  Tiveram oito vezes a chance de corrigir seu erro, mas não o fizeram, votando de novo e de novo em um regime que os conduzia ao precipício. 

  Hoje pagam caro por sua cegueira. 

  A ditadura é uma realidade asfixiante, fechou emissoras de televisão, rádios e jornais, encheu as prisões de dissidentes, multiplicou a corrupção a extremos vertiginosos – um dos principais dirigentes militares do regime comanda o narcotráfico, o único setor que floresce num país no qual a economia afundou e a pobreza triplicou —, e as instituições, dos juízes ao Conselho Nacional Eleitoral, servem ao poder.

   Apesar de haver uma significativa maioria dos venezuelanos que quer voltar à liberdade, não será fácil: o Governo de Maduro demonstrou que, embora inepto para tudo mais, na hora de fraudar eleições e de encarcerar, torturar e assassinar opositores suas mãos não tremem.



  Link - El País -  Fevereiro 2015



 


  É comum nos meus debates dizerem: 

   “O PT não quebrou o Brasil.” 

  Concordo.
  Estávamos indo para o fundo do poço, mas o impedimento de Dilma veio a tempo.
  O certo é dizer:

  “O PT ESTAVA QUEBRANDO O BRASIL”.

  Ainda bem que nosso povo (pressionando parlamentares) agiu a tempo. 

  Inegavelmente a esquerda sempre foi muito boa de marketing.
  Atualmente eles pinçam números induzindo a população acreditar que no Governo Dilma estávamos muito melhor.

  Por isso textos que escrevi em 2015 (antes do que eles chamam de “golpe”) são tão importantes pra mim.

  Nossa situação atual (Janeiro de 2021) não é boa.
  Mas é importante entender que o Brasil estava ladeira a baixo em seus fundamentos econômicos.
  Reverter a situação que se apresentava não seria fácil mesmo que tudo ocorresse muito bem.

  Com breve pesquisa nos noticiários sabemos que (com os políticos que elegemos) nossos problemas estavam longe de ser só PT.

  Michel Temer se envolveu naquele caso Joesley
  Aécio Neves que era um nome forte para presidência "felizmente" foi pego no mesmo caso e nos poupou mais esse desgosto.
  (Bom mesmo seria que Aécio fosse uma pessoa mais integra, mas ficou claro que seria só mais um a montar máfias no poder.) 

  Dessa balburdia toda, no segundo turno chegaram Haddad e Bolsonaro.
  Votar em Haddad (Que dizia ser Lula) era jogar a Lava Jato no lixo.
  Seria perdoar nas urnas todo o episódio do Petrolão. (Antes teve o Mensalão).
  Seria prestigiar o partido que perdeu a oportunidade de grande crescimento mundial de 2003 a 2008 em fazer as reformas necessárias para que pudéssemos progredir de maneira sustentável.
  A partir de 2008, com subterfúgios “malandros” manipulava os números passando uma sensação de prosperidade.






  Enfim elegemos Bolsonaro.

  Um sujeito limitado, mas mesmo com tudo que aconteceu e soubemos depois da sua eleição, se a eleição fosse hoje e a opção fosse o “pessoal do Petrolão” votaria em Bolsonaro de novo.

  Como se não bastasse tudo isso ... uma pandemia que parece coisa de filme de ficção.

  O ano de 2021 é novo, mas a pandemia continua a mesma de 2020, a esperança é uma vacinação em massa que vai demorar para surtir efeito.


  Nesse momento é importante não ficarmos reféns dos diversos “marketings” (são muitos interesses).

  Cuidado com o “pinçamento” de dados.

  Está fácil pesquisar.

  Viu uma manchete, leia a matéria completa, pesquise outras fontes, entenda o CONTEXTO.

  Se queremos governantes melhores, precisamos ser melhores.

  
Em 2022 precisamos eleger alguém mais "elitizado culturalmente".
  Alguém que tenha como pratica regras básicas de boa educação e "diplomacia". 

  E claro, coloque em pratica fundamentos básicos de boa administração da economia...




  

   😒“Redução da Taxa Selic de 25% ao ano para 14,75% ao ano”.

           (No Governo Inácio)

 

  Que eu me lembre essa taxa alta aconteceu porque o Inácio pregava dar calote na dívida.

  Depois colocou o capitalista Henrique Meirelles na economia e o Mercado foi se acalmando no decorrer do ano.

  Lembrei desse texto:


  Meta de Inflação



  





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