quinta-feira, 17 de junho de 2021

Como Defender um Assassino

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  Essa série é "assistível", conseguiu prender minha atenção.
  Filme é entretenimento temos que ignorar certas coisas que dificilmente aconteceriam na vida real.
  Cheguei bem até a terceira temporada, mas a quarta está complicado assistir.
  Torço contra a causa da Annalise Keating,
 mas claro que ela vai se dar bem, é a personagem principal do filme.

  Às vezes acontece de eu achar que o lado dos "vilões" esta certo, daí fica complicado continuar assistindo a temporada.

   Um resumo bem tosco da quarta temporada:
   Ela está processando o Estado por não dar recursos suficientes para defensoria pública.
  Aquela história bem conhecida.
  Quem tem dinheiro paga bons advogados (como ela) e fica livre ou tem a pena bastante reduzida.
  Os pobres que dependem da defensoria publica ficam mais sujeitos aos "rigores da lei".

  Até aí tudo bem, nenhum pobre espera ter um caríssimo escritório de advocacia ao seu dispor.
  Mas espera que o dinheiro dos impostos lhe garanta pelo menos um advogado competente que tenha tempo e recursos suficientes para uma defesa satisfatória.

  O problema é que no filme (não só nesse) reduzem tudo a preconceito contra as minorias, principalmente contra negros.

  Que os Estados Unidos tem histórico de racismo, não tem como negar.
  Porem, até no filme você vê que a raiz do problema é outra.
  Exemplo.
  A própria Annalise foi abusada sexualmente repetidas vezes por um parente na infância.
  Isso a deixou com traumas que afetam sua vida adulta.
  Vejam que foi uma ocorrência na família dela, não tem nada a ver com o "sistema americano de vida".
  A infância difícil não a impediu de se tornar uma grande advogada, como tantos outros negros de sucesso que tem no filme.

  É mais um roteiro que passa aquela mensagem recorrente hollywdiana.

  Quando o negro alcança o sucesso é tudo por seu próprio esforço contra tudo e contra todos.
  Se fracassa a culpa é  do "sistema", racismo estrutural.
  
   Lembrei "mais ou menos" de um personagem presidiário defendido por Annalise e seus alunos. 


   

Nate Lahey, personagem da série.

  Com 16 anos abandonou a escola para se dedicar ao boxe.

  Isso não dava dinheiro suficiente para sustentar a família, começou a vender drogas.

  Foi preso e solto seis vezes antes de pegar uma pena maior.

  Um dos motivos da pena maior foi seu filho de 14 anos escrever uma carta para a polícia dizendo que ele e a mãe se sentiam mais seguros com o pai preso...

  

 

  Perceberam?
  Se ele tivesse sucesso no Boxe como "Sylvester Stallone"  seria tudo pelo seu próprio esforço.
  Como "segundo o filme" ele não tinha outra opção para sustentar a família senão vender drogas, é uma "vitima do sistema".

  Caraca!
  Uma das opções era ele ter conciliado o esporte com os estudos.
  Se estava tão ruim de grana outra opção era não ter se tornado pai tão jovem.
  Sério que a única opção para ganhar algum dinheiro é a prostituição ou trafico de drogas!?

  A intenção do diretor e roteirista é que o telespectador torça pela defesa.
  Eu não consigo, fiquei quase que totalmente do lado da promotoria.
  Excetuando que o personagem ficou exageradamente na solitária por mais de 1 ano, não entendi bem porque isso aconteceu, aquelas enrolações sem sentido do roteiro.
  Quando o homem saiu da solitária, matou outro preso e teve sua pena aumentada...

  Vamos para vida fora dos filmes:

  Você garoto negro; você garota Negra quer que seu filho tenha uma boa infância?
  Tenha juízo, se prepare para receber seu bebê em condições dignas.
  Isso vale para qualquer tom de pele.
  Se a criança tiver uma família bem estruturada vai ter mais chance de sucesso na vida?
  Claro que vai, isso é óbvio!
  Caso cometa uma ilegalidade na adolescência ou fase adulta vai ter melhores advogados para  defender.
  Claro que sim é óbvio!

  Esse tipo de roteiro sempre me entedia por quê nunca questiona a raiz do problema.
  É sempre um subjetivo "sistema".

  Para mim há um excesso de...
                                        

  Pessoas que em pleno século 21 não reconhecem a importância da família.

 

  Antes de pôr um filho no mundo se preocupe com as condições que pode dar a ele.
  Não, amor não é tudo, e por vezes nem isso a criança recebe.
  Indo além...
                                                   

   Ter uma infância ruim não pode continuar sendo justificativa para pessoa se achar no direito de ser um pai ou mãe ruim.

 

  Tá, seu pai nunca teve casa própria,  mas que tal deixar uma para seu filho.
  Sua mãe era alcoólatra; porque você tem que ser também!?
  Seu pai batia na sua mãe, sério que você acha justo bater na sua esposa, fazer seu filho passar pelo que você passou!?
  Seu pai parou de estudar cedo, não conseguiu bons empregos?
  Isso deveria ser um ótimo motivo para você se esforçar nos estudos, acertar onde ele errou.

  Vejam que a falha estrutural começa no indivíduo.
  Afeta os filhos porque por muito tempo somos dependentes dos nossos pais.
  Querer depois que  o Estado de jeito em tudo, até traumas infância ... não vai dar certo nunca.

*Sei que esse tema (paternidade irresponsável) é repetitivo nas minhas meditações.
  Mas eu vejo muito mais a repetição da pregação que podemos fazer o que nos der vontade e depois algum "governo mágico" tem que dar jeito em tudo, "salvar", proporcionar um paraíso a todos.
  Eu tenho só os blogs, os "mocinhos" tem jornais, revistas, movimento sociais, novelas, livros, filmes...
  Me veem como "vilão"!
 "Quero descobrir onde o mal nasce e destruir sua semente."




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