quarta-feira, 4 de abril de 2018

Justiça Facultativa

                                                     


"Nunca será um bom matemático aquele que não for um pouco filósofo."
 
[Einstein]


 

  

  "Nunca será um bom filósofo aquele que não for um pouco matemático."[William ... plagiando]

   Vamos analisar nossa Justiça do Trabalho em números?

                                         

 

 “Aconteceu numa sessão qualquer de uma dessas comissões da Câmara dos Deputados em que pouca gente fala, pouca gente escuta e quase ninguém presta atenção, mas nas quais, de vez em quando, é possível ficar sabendo das coisas mais prodigiosas.
  No caso, o deputado Nelson Marchezan Júnior, do Rio Grande do Sul, tomou a palavra a certa altura dos procedimentos e revelou o seguinte:
 
  A Justiça do Trabalho "deu" aos trabalhadores brasileiros que recorreram a ela no ano passado um total de R$ 8 bilhões em benefícios.
  No decorrer desse mesmo ano, gastou R$ 17 bilhões COM SUAS PRÓPRIAS DESPESAS DE FUNCIONAMENTO.


 
  É isso mesmo que está escrito aí.
  A Justiça do Trabalho brasileira custa em um ano, entre salários, custeio e outros gastos, o dobro do que concede em ganhos de causa à classe trabalhadora deste país.
   Pela aritmética elementar, calculou então o deputado, o melhor seria a Justiça do Trabalho não existir mais, pura e simplesmente.
  Se o poder público tirasse a cada ano R$ 8 bilhões do Orçamento e entregasse essa soma diretamente aos trabalhadores que apresentam queixas na Justiça trabalhista, todos eles ficariam tão satisfeitos quanto estão hoje, as empresas reduziriam a zero os seus custos nesse item e o Erário gastaria metade do que está gastando no momento.
  Que tal?
  Não existe nada de parecido em país algum deste mundo, ou de qualquer outro mundo.
  Como seria possível, numa sociedade racional, consumir duas unidades para produzir uma — e achar que está tudo bem?
 
  Você pode querer que nenhuma mudança seja feita nisso aí.
  Também pode achar que esse sistema, tal como está, é uma conquista social. 
 
  SÓ NÃO PODE QUERER QUE UM NEGÓCIO DESSES FUNCIONE.”

  [J.R. Guzzo]
 
  Conjur - Outubro 2016


 

 

  Nos meus debates noto que as pessoas concentram toda atenção nos gastos com políticos.
  Claro que isso deve ser observado, o que me desagrada é a cegueira que isso provoca para questões tão ou mais nefastas.
  Os políticos não são "servidores públicos" são "agentes públicos".
  Não vou explicitar muito esses conceitos, quem sem interessar pesquise.

  Para essa meditação a diferença principal é a estabilidade.

                                            

 

  Geralmente o político tem um "contrato de trabalho temporário", em média 4 anos.

 

 

 
  Se um politico envolvido constantemente em escândalos permanece no Congresso é porque eleitores o mantem lá.
  Um exemplo fácil é Paulo Maluf, eleitores paulistas o mantiveram na vida politica apesar de todas as suspeitas e até comprovações de "desvios de conduta".

  É comum lermos que falta vontade politica para melhorar as condições de vida no Nordeste Brasileiro.
  Caraca!
  Todos os Deputados que representam o Nordeste são eleitos por nordestinos.
  
  O ponto principal dessa meditação é que por precisarem de votos, políticos geralmente são mais conhecidos e "vigiados".
  Basta um pouco mais de consciência politica e fazemos uma boa limpeza nessa categoria.

  A situação mais nefasta no Brasil acontece com relação ao servidor publico.
  A corrupção e ineficiência para qual estamos cegos porque olhamos prioritariamente para os agentes públicos.

  A ineficiência da nossa justiça do trabalho podemos creditar a qual politico? (agente público)
  Tá, o legislativo pode fazer leis tornando nossa justiça em geral menos custosa e mais eficiente.
  Mas precisamos eleger políticos que se proponham a isso.
  O que vemos é que qualquer proposta de mudança nos privilégios do servidor publico causa uma comoção nacional contra a medida.
  Ou seja, o politico que se atrever a mexer com certas categorias será alvo de ataques/retaliações e NÃO contará com o apoio do eleitor.

  Vamos a algo singelo...

  Sabia que no funcionalismo o servidor tem direito a prolongar o feriado?

  Chamam de ponto facultativo.
  Na pratica todo ponto facultativo vira feriado.
  Não é igual na iniciativa privada que você tem que compensar o dia emendado.
  Nas repartições públicas, se tem um feriado na terça ou quinta ... segunda ou sexta são declarados pontos facultativos.

   Ponto facultativo é o decreto realizado pelos órgãos dos governos que consiste em dispensar a obrigatoriedade do funcionamento das empresas e estabelecimentos comerciais em dias de determinadas datas comemorativas.

   Imagine um cara igual eu se candidatando com essa critica ao ponto facultativo.
  O funcionalismo em peso vai me demonizar em todas as redes sociais.
  Vou comprar briga com os poderes legislativo, executivo e judiciário.
  O professor publico do seu filho vai convence-lo que sou *fascista, o Diabo encarnado.
  Perco votos nessa e na outra geração.
  Falamos sobre políticos e juízes terem duas férias por ano, estenderem feriados e "alcançarem" bons salários.
  Porem com o pessoal da educação acontece o mesmo.
  Não é todo funcionário do judiciário que ganha salários altos, o individuo precisa progredir estudando para cargos mais altos ou conseguindo indicação politica.
  Professores com doutorado ou que galgam grandes postos também  alcançam bons salários. 

                               

 

 Segundo o Dep. Jean Wyllys, salário de Professor (universitário) 40 Hr é Igual a Salário de Deputado:
 
YouTube

 

 

  Claro que Jean Wyllys exagera nessa sua colocação, porem os que dizem que os funcionários da Educação são uns pobres coitados exageram em igual medida.
  Temos que comparar os salários e ambiente de trabalho dos professores com a média dos salários e ambiente de trabalho dos demais brasileiros.
  Ninguém quer comparar o salário de um professor do ensino fundamental no Brasil com um em Cuba, mas com suíços querem...

  Ponto facultativo é uma aberração que tinha que acabar.
  Não sou contra emendar feriados com finais de semana, desde que as horas sejam compensadas como acontece com qualquer trabalhador da iniciativa privada.
   
  Funcionário publico que defende o ponto facultativo é por puro interesse da categoria, eu entendo.
  Toda sociedade defender mais essa mordomia paga com o dinheiro do impostos ... não entendo.

  Os que mamam na justiça do trabalho defenderem seus interesses, eu entendo.
  Toda sociedade dar caríssimos privilégios a uma categoria sem o devido retorno ... não entendo.

  

   

                                            

 

  “Brasil gasta R$ 16,4 milhões ao ano com aposentadorias de juízes CONDENADOS pelo CNJ.”
 
UOL Noticias


 





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