“O ótimo é inimigo do
bom”.
[Voltaire]
Por vezes podemos viver um bom momento, mas como pretendemos viver
só se ele for ótimo, não chegamos a
viver nem ele “bom”.
Em paralelo tem o
medo de tudo dar errado, naufragar...
"As
paixões são como ventanias que sopram as velas dos navios, fazendo-os navegar;
outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam
viagens, nem aventuras, nem novas descobertas."
[Voltaire]
É como aquele
cara que encontra uma boa mulher, mas larga dela na expectativa que apareça uma
ótima.
A vida passa e
ele não viveu nem aquele bom momento...
Pior, aquela
mulher que ele deixou era ótima, mas ele não reconheceu porque o “ótimo” dele
era um sonho perfeito e sonhos perfeitos podem ser sonhados, mas não vividos...
E no campo da inovação, das
ideias, como isso se processa?
Uma boa ideia é
descartada por não ser perfeita.
Antes de seguir
com essa filosofia complexa, vou estabelecer alguns conceitos para “esse texto”
ficar inteligível.
Regular – Algo que deixa muito a desejar, mas é o que temos para o
momento.
Se você está em um local escuro e tem
necessidade de alguma luz, vela é uma solução regular.
Bom – Dispondo de
energia elétrica você tem uma daquelas lâmpadas incandescentes de “60 velas”.
Esse tipo de lâmpada nos serviu por décadas,
foi uma grande evolução com ares de revolução, foi “poeticamente” o domínio da
humanidade sobre a escuridão da noite.
Ótimo – Hoje temos eficientes lâmpadas de led, como elas consomem menos
energia podemos colocar 2 ou 3 a pouca distância evitando até o efeito sombra.
Perfeito – Uma lâmpada que ilumine tão bem quanto a incandescente ou de
led, não consuma nenhum tipo de energia e dure para sempre.
É importante não
confundirmos algo muito bom (ótimo, excelente) com perfeição.
SONHAMOS com o máximo
de eficiência e nenhuma perda.
Sim, devemos
correr atrás dos nossos sonhos, mas até que ponto?
Decidir é difícil
porque é sempre uma “aposta”.
A vida te
pergunta: Joga ou passa?
Você pensa: Devo me contentar com isso que está bom ou
devo ir atrás de coisa melhor?
Acredito que isso
depende muito da fase que você se encontra e da sua personalidade.
O que me incomoda
em relação a essa questão é a incapacidade das pessoas em reconhecer o “bom”.
Um exemplo
rápido.
👨 "O trânsito em São Paulo está cada vez
pior, não tem mais jeito, morte ao prefeito, morte ao governador, a situação está
impossível."
Dá para ver algo
bom?
Oras, muitas
pessoas estão em condição de comprar e manter um carro isso é muito bom.
Sabemos de países
onde falta até papel higiênico... e seus Governantes são tratados como heróis
da revolução.
A dificuldade em
reconhecer racionalmente o bom também leva a dificuldade de reconhecer o que é “ruim”
... não traz resultados satisfatórios a longo prazo.
“Como a escassez de alimentos está
dividindo os venezuelanos.”
Políticas
socialistas/comunistas apresentam bons resultados no primeiro momento, mas como
tornam o sistema produtivo ineficiente mais cedo ou mais tarde a conta vem.
Em um Capitalismo
de boa qualidade você cria uma rede de proteção para os menos adaptados não
permitindo a miséria, mas sem tratar os mais adaptados como “demônios
burgueses” que devem ser eliminados.
Se você transforma
aquele empreendedor que corre atrás do lucro e da produção no grande vilão da
economia é como se estivesse sacrificando seus cidadãos melhor adaptados.
Aqui no Brasil essa “ojeriza”
ao melhor adaptado começa na escola.
Como evitamos
reconhecer que algumas crianças são mais inteligentes que outras nivelamos todas por baixo.
A aula tem que
ser ministrada na velocidade que a criança mais burra possa acompanhar...a
criança burra continua burra e a criança inteligente tem seu desenvolvimento
limitado.
😞
😞
A Venezuela hoje
limita sua economia a inteligência dos menos capacitados [adaptados] o
cidadão que se destacar será puxado de volta ou excluído porque “todos temos
que ser iguais”.
Que somos todos iguais em nossas
capacidades e competências é um sonho perfeito.
Sonhos
perfeitos podem ser sonhados, mas não vividos...
CARACAS,
18 Mai 2013 - Na Venezuela, papel higiênico virou artigo de luxo.
A
escassez do material complica a vida dos venezuelanos, e o governo importou
cerca de 50 milhões de rolos.
O
governo de Nicolás Maduro
responsabiliza os empresários pelos constantes desabastecimentos na
Venezuela.
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