terça-feira, 19 de março de 2013

Sociedade Ajuizada

  

                                                 

 

 Assistencialismo - Sistema ou prática que se baseia no aliciamento político das classes menos privilegiadas através de uma encenação de assistência social a elas; populismo assistencial.


 

  







     

 "Assistencialismo" não é solução para o problema da pobreza.

  Não há solução à vista porque não há rendimentos, portanto, como temos vivido acima das nossas capacidades e da nossa riqueza, vamos ter de viver com a realidade natural de cada pessoa, de cada família e do país.

  Portugal sofre também as consequências diretas de um sistema capitalista selvagem ou neoliberal, que levou a que os nossos governantes deixassem de governar, mas sim a governarem-se".


 ➥Padre Jardim Moreira

 

  


  Me interessei por esse artigo de um padre português porque ele fala o básico em economia:

  Não dá para viver constantemente gastando mais do que ganha.

  Coisa difícil de ouvir na Igreja Católica que se especializou em promover o assistencialismo.  
  Mas no mesmo artigo ele volta a suas raízes católicas de culpar o capitalismo “selvagem” ou “neoliberal”.

  O “Capitalismo selvagem neoliberal” é assistencialista!?

  Onde esse padre estudou teorias econômicas!?

  No capitalismo selvagem é cada um por si e Deus por todos com intervenção mínima do Estado/Governo.

  Qual o grau de liberdade econômica em Portugal?

  Conheçam a verdade, que a verdade os liberte.
 
 (Quanto mais baixa a colocação menor é a intervenção do Estado na economia)

Números de 2012

Brasil - 118 (muita intervenção do Estado)

Portugal - 64

Espanha - 49


Reino unido - 13 (Pouca intervenção do Estado)


  Notem que Portugal é um dos países da Europa com maior intervenção do Governo na economia, logo, não sei de qual “neoliberalismo” fala o padre português, só se ele estiver comparando com o Brasil.
  Se o Brasil está no caminho certo porque não vivemos melhor que os portugueses!?




     

 

  O que é assistencialismo?

 

1 – Doutrina ou prática (individual, grupal, estatal, social) que preconiza e/ou organiza e presta assistência a membros carentes ou necessitados de uma comunidade, nacional ou mesmo internacional, em detrimento de uma política que os tire da condição de carentes e necessitados.

 

2 - Sistema ou prática que se baseia no aliciamento político das classes menos privilegiadas através de uma encenação de assistência social a elas; populismo assistencial.

 

  “Garotinho foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de comprar votos com dinheiro público, por meio da concessão de um benefício social chamado Cheque Cidadão a eleitores de Campos dos Goytacazes onde sua mulher, Rosinha, é prefeita.”

 

  “O réu não só está envolvido, mas comanda com mão de ferro um verdadeiro esquema de corrupção eleitoral no município”,


(Juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira.)

 

Época

 

  


  O Assistencialismo começa como um mago do bem, mas se não ficarmos atentos vira um bruxo diabólico.
  Ele não é necessariamente bom nem mau tudo depende da situação e da dose.

  Existe uma grande diferença entre oferecer um “ombro amigo” a quem está com dificuldade de andar e carregar essa pessoa no colo.
  De qualquer forma as duas situações devem ser momentâneas.

  Se a pessoa torceu o tornozelo eu a ajudo a chegar ao hospital, passará por um período de recuperação até voltar a andar sozinha.
  Se é algo mais definitivo, uma lesão na espinha, ela terá que se adaptar a uma cadeira de rodas.
  Não dá para a pessoa querer fazer tudo que fazia quando andava ainda mais me obrigando a carrega-la no colo.
  Ou eu por sentimento de “culpa” acreditar que tenho que carregar o indivíduo nas costas.

  Auxiliar o próximo em momentos de dificuldades é uma grande e maravilhosa virtude, mas tentar supri-lo em todas suas necessidades como se a deficiência não existisse é uma loucura.




  A Igreja Católica no último século foi grande defensora do Assistencialismo.

  “Devemos tirar dos sempre malditos ricos para dar aos sempre benditos pobres.”

  Não precisa nem ser rico, para igreja você tem que dividir TUDO que possui com quem tem menos que você.

  A igreja Católica condenava até o Lucro, você precisa só subsistir, algo como trabalhar, comer e orar, seu tesouro está em outra vida lá no céu.

  Não tenho como negar que a Igreja Católica promoveu maravilhosas obras de assistência, mas isso não impediu que ela perdesse espaço para Igrejas NÃO assistencialistas.
  A igreja Presbiteriana (por exemplo) não é assistencialista.
  
  Fui Presbiteriano e claro que tinha uma ou outra ação de caridade, mas no geral o incentivo era para que nós sob o poder da oração e da Fé buscássemos nossa sobrevivência.
  Também não havia a condenação ao lucro, quanto mais próspero mais sinal que Deus estava agindo em sua vida.

  Por curiosidade frequentei alguns cultos da Igreja Universal, a parte chata do culto foi o modo insistente de pedir dinheiro, mas a parte legal é que eles encaixavam ótimas noções de economia, como poupar, investir, não gastar mais do que ganha, estudar, se preparar para o mercado de trabalho...
  Um pastor teve a sinceridade e ousadia de dizer o óbvio, algo mais ou menos assim:


     

 

  “Deus quer que você prospere irmão, a igreja quer que você prospere, 10% de 5 mil é muito melhor para igreja que 10% de 500 reais.

  Deus é dono do ouro e da prata, você é filho de Deus, que homem rico vai querer que seu filho viva na miséria, imaginem Deus.


  Vai irmão, tenha Fé, trabalhe, lute, conquiste, glorifique o nome do Senhor Jesus, ele é a nossa fortaleza...”

 

  Pastor da Igreja Universal

 

  


 

  Caraca!
  Bem diferente da Teologia da Libertação que o incita a invadir propriedades e esperar que Deus e o Governo lhe dê tudo, como Deus não mantém nenhuma conta bancaria sobra tudo para a Sociedade/Governo.



  No nosso louco Assistencialismo defendem que todo cidadão tem direito à moradia, ou seja, o casal não precisa se preocupar com nada, é OBRIGAÇÃO da Sociedade Ajuizada dar casa e comida para a parte da Sociedade Desajuizada.

  Falam coisas do tipo:

  “Se não nos derem casa nós invadimos, não é justo uns com muito e outros com pouco”.

  Acho tragicômico quando falam que não querem de graça, querem pagar de acordo com suas possibilidades...

  A esposa não trabalha porque cuida de 3 crianças pequenas, o pai faz uns biscates, qual a capacidade que eles tem de pagar por um terreno?

  Sim, eu considero desumano alguém dormir ao relento, mas daí a dar casa de graça acho um enlouquecimento.

  Organizemos bons albergues, mas não tão bons que desestimule o indivíduo a buscar condições de comprar sua casa própria ou pensar melhor antes de ter filhos.

  Albergues são uma rede de proteção não hotel de luxo.

  Morei a maior parte da minha vida em casa de fundos.
  Primeiro na casa da minha vó paterna depois da vó materna.
  Minha mãe teve 7 filhos.
  Meu pai viveu a época do “Milagre Econômico” (década de 70) mas não teve disciplina financeira (juízo) para possuir um imóvel.
  Chegamos a morar na Vila Boa Vista, mas fomos despejados em pouco mais de 2 anos, meu pai não parava no emprego.

  Se meus pais não foram ajuizados o bastante para conseguir o que tantos conseguiram (uma casa própria) porque a Sociedade Ajuizada seria obrigada a pagar por isso?

  “Decifra-me ou te Devoro!”









✧  ✧  ✧  

5 comentários:

  1. Finalmente,bom dia ao sr.
    Mais tarde replicarei ao texto princiipal.

    Uma boa terça feira,e bom serviço a todos.

    °°°°°°°°

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  2. (texto principal)

    Boa noite ao sr.
    Os padres costumam ser contraditórios.
    Sei disse,porque mamãe escuta uma emissora católica- onde eles apresentam os programas.
    Eles acham que "se a pessoa quer melhorar de vida,precisa se esforçaar".
    Mas,criticam o materialismo.
    Todavia,gosto mais deles,do que dos bispos das igrejas evangélicas,e mais do que dos padres,gosto dos monges da minha ordem religiosa.
    Se procuramos o conselho dos últimos sobre "como nos emanciparmos na vida",eles nunca vão dizer que nosso desejo é errado.
    Irão dizer "trabalhe mais,estude mais,planeje mais,poupe mais."

    Mesmo porém,entendendo o fiasco que foi o comunismo,simpatizo com o frei Leonardo,devido ao seu carisma.
    Ou quem sabe,pela elegância com a qual ele tolerou uma "perseguição" da igreja católica,antigamente.
    Agora que vi um equívoco básico que vivo cometendo.
    Eu costumo chamá-lo de frei.
    Ele não é mais frei.(hahaha!)

    Os portugueses falam de uma forma engraçada.
    (li o jornal)

    Aguardarei a continuação do texto,então.

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