"Carolina de Jesus incomodou
os vizinhos por morar em um bairro de elite.
Deve ser por isso
que desde que você entra na escola você já sabe quem é Carolina de Jesus!
No ensino médio só
se fala dos livros dela.
Ela trabalhava e escrevia ao mesmo tempo, tudo
isso é sabido pela maioria da população!
Se você (William)
não sabia disso, diz muito sobre sua ignorância.😊😁"
(Comentarista)
Esse comentário me provocou bastante, vamos meditar sobre ele.
Até 2013, eu nem sabia da existência dessa escritora.
Assim como não sei da existência de inúmeros escritores.
Imaginem quantas pessoas já publicaram livros no Brasil de 1900 até hoje.
A comentarista de certo é mais nova que eu.
O que me surpreendeu foi uma escritora limitada (na minha opinião) ser incluída de forma tão "grandiosa" na nossa grade escolar!
Na minha grade tinha Lima Barreto, Machado de Assis, Cecilia Meireles ...
Eu realmente só tomei conhecimento da existência de Carolina de Jesus na reportagem de um jornal interno da Unicamp.
Fiquei interessado resolvi pesquisar mais.
Para a comentarista um grande feito de Carolina foi "incomodar os vizinhos" de um bairro de "elite", isso prefiro nem comentar.
Apenas direi que na favela os vizinhos da Carolina também ficavam incomodados porque ela era "comunicativa em excesso".
Inclusive foi isso que chamou atenção do repórter que a ajudou na sua primeira publicação.
"Me parece" que exaltar tanto a Carolina de Jesus é mais "lacração" ... no sentido daquela doutrinação ideológica que divide a humanidade entre "opressores e oprimidos".
Minha provocação aos que admiram tanto a obra da Carolina a ponto de coloca-la como destaque em nossa grade escolar, é que republiquem os dois livros posteriores ao "Quarto de Despejo".
Por encherem tanto a bola dela acredito até que se tornem sucesso "comercial".
Me interesso por ver a critica mais especializada, ao comparar a obra dela com outras escritoras de destaque afro e euro descendentes:
Maria Firmina dos Reis (Afro)
Anastácia Silva (Afro)
Luiza Mahin (Afro)
Maria Firmina dos Reis (Afro)
Clarice Lispector (Euro)
Rachel de Queiroz (Euro)
Lygia Fagundes Telles (Euro)
Hilda Hilst (Euro)
Gideão: Me desculpe, pode me explicar esse termo, Lacração?
William: É um termo muito subjetivo, só de você perguntar já
me arrependi de ter usado. 😏
A grosso modo tomou
o sentido de querer impor uma "ideologia" a força, qualquer que seja
ela.
Eu sou Centro
Direita, usar argumentos para mostrar meu ponto de vista é uma coisa, querer
que você aceite essa linha de pensamento só porque "eu" acho que é a
melhor é ... "lacração".
Aplicando no caso
"Carolina"...
Há essa ideologia
que o mundo é dividido em oprimidos e opressores.
Só de ser negra
Carolina já é uma oprimida e ai de quem falar que não foi.
Me interessei pela
biografia dela e não vi nada de opressão.
Ela nasceu pobre,
nunca teve muito juízo, teve a sorte de ter um livro publicado que fez sucesso
mais pela curiosidade das pessoas, uma moda passageira.
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