sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Escola de Tempo Integral


😕 “William, você é a favor da retirada do ensino de Filosofia da escola!”
           (Comentarista no Face)

 

  Sou.
  Filosofia deve ser matéria optativa, o aluno não seria obrigado a cursar essa disciplina.
  Cada um tem seu gosto/talento.
  Se o aluno gosta de “exatas” e não se interessa por Filosofia ... porque obriga-lo a isso!?
  Cada um deve seguir seu talento, para alguém que gosta de engenharia, desenho seria matéria mais interessante.
  Gosto muito de Filosofia, há pessoas que detestam ... tudo bem.
  Cada um na sua.

  Não sou a medida de todas as coisa, ninguém é.

  Matemática, Português, Geografia, Geometria, Física e Química defendo como disciplinas obrigatórias.
  Entretanto sem exageros. (Excesso de aprofundamento)
  De acordo com a área de interesse do cidadão, em algum momento terá que se aprofundar em uma ou algumas dessas matérias, logo, o aprofundamento só deve ocorrer quando necessário.

  Vamos a uma ilustração paralela, mais “popular”.

  Na escola tem (ou deveria ter) aquela educação física básica.
  Você não gosta muito, porem faz, é obrigatório.
  Descobriu que tem talento para futebol (ou outro esporte), é a parte da aula que mais gosta.
  Hoje em dia mais do que nunca o jogador profissional tem que ser um atleta de ótima performance.
  Você pode ter muito talento, se não tiver folego para correr os 90 minutos ou não tiver musculatura treinada para respostas muito rápidas ... não tem como se destacar nesse esporte.
  Não faz sentido instituirmos nas escolas educação física “profunda” como se todas as crianças fossem ser atletas de alto desempenho ou professoras de educação física.

  Até onde ir em cada disciplina precisaria de muito debate.

  Saber o básico das principais matérias é o “alicerce” para todas as áreas do conhecimento humano.



  Mas falemos especificamente de Filosofia...

  Qual o objetivo de tornar Filosofia matéria obrigatória?

  Filosofia é igual política, está por toda parte, não tem como fugir delas.

  Temos contato desde cedo com frases, pensamentos, ditados, opiniões de familiares, amigos, simulações de situações em filmes, novelas, livros.
  Quero dizer que a Filosofia básica chega até nós naturalmente.
  O que o professor da escola ensinaria?
  Biografias!?
  Quais filósofos seriam selecionados?
  Por quais critérios?

  Vamos ver se consigo me fazer entender.

  Quando o indivíduo não se interessa pelo assunto estuda só para tirar nota, o que o professor passar para ele é a mais pura verdade e se não for ele não liga.
  Se o indivíduo se interessa, busca mais informações, debate com o professor, se aproxima de pessoas com gosto em comum.

  Me preocupa o aluno ser obrigado a ler Friedrich Nietzsche (Só um exemplo) e interpreta-lo segundo a visão do professor de plantão ou pela ótica do coordenador pedagógico.

  Sem contar que para quem não curte é uma leitura pra lá de chata, o mais provável é que a pessoa passe a odiar Filosofia.
  Prefiro a ignorância atual que o ódio.

  Se a pessoa ignora posso apresentar de maneira agradável em debates interessantes.
  Se já estabeleceu o preconceito que Filosofia é algo horrível ... a pessoa não quer nem ouvir falar.
  Isso é ruim porque a Filosofia estimula muito o cidadão a pensar.

  De repente não é da sua natureza buscar a profundidade de Sócrates, Platão, Arthur Schopenhauer, Blaise Pascal … mas mesmo em questões mais “superficiais” é importante o “pensamento de qualidade”.




  Vamos a um exemplo prático.



  Vejo muitas pessoas querendo escola em tempo integral como um objetivo a ser alcançado.
  Defendo que DEVE SER EVITADO.

 O professor passa conhecimentos por no máximo 5 horas, a família educa no restante do tempo.
 (Por favor, sei que muitas famílias precisam deixar as crianças em período integral, eu mesmo já precisei, só não gosto de ver a “pregação” que isso é o ideal.)

  Enquanto foi possível minhas filhas ficaram sob os cuidados da minha cunhada Idalina.
  A creche foi no geral meio período a escola também.
  Minhas filhas passaram bastante tempo com as colegas do prédio, comigo, com minha esposa, em contato com tias, primos, avós… é assim que acredito que deve ser.

  Estou certo ou errado em pensar assim?

  O importante é você entender que EU PENSO.

  Respeito quem acredita que o melhor a fazer é deixar a criança na escola de manhã e só buscar a noite.

                                              

"Os alunos chegam à escola às 7h e ficam até as 19h.
  Em um turno, eles têm tarefas pedagógicas, e no outro, atividades dirigidas de recreação.
  Oferecemos ainda balé e capoeira, além de momentos de descanso após o almoço"
 [Globo]

 

  Entendo quem por circunstancias da vida precisa fazer isso mesmo não querendo.

  Eu, depois de “filosofar” bastante acredito que educação prioritariamente deve ficar a cargo da família.
  Minha esposa é uma excelente mulher, se minhas filhas querem alguém para se espelhar estou tranquilo que seja na mãe delas, por melhores que sejam suas professoras.
  Sou um cidadão honesto trabalhador, se minhas filhas querem um homem para se espelhar, estou tranquilo que seja eu por melhor que sejam os professores delas.
  O ponto principal é que ninguém vai amar mais e proteger nossas filhas que eu e minha esposa é isso que pais fazem.

  Pense sobre isso.

    Escola em tempo integral é realmente um “ideal” a ser alcançado?

   Em famílias desestruturadas, com pais problemáticos, concordo que escola em tempo integral é uma boa “solução social”, pelo menos é possível que as crianças tenham modelos melhores para seguirem.
  Porem entendam que os custos são maiores e os resultados não são tão bons quanto querem nos fazer acreditar que é ... a “solução para o Brasil.”

  É mais uma ferramenta que deve ser usada QUANDO NECESSÁRIA, não um bilhete premiado para o “primeiro mundo.”

                                           
“Secretária de Educação do município do Rio de 1993 a 1996, a professora e atual presidente da MultiRio, Regina de Assis, diz que os dados a que teve acesso na época também NÃO indicavam diferenças significativas em relação a desempenho escolar, embora "os professores dos Cieps tivessem atenções e regalias maiores do que os da maioria das escolas regulares."
   A Secretaria estadual de Educação informou que manter um estudante em horário parcial em escolas regulares custa R$ 0,62 por dia.
  Já o gasto com um aluno de Ciep em tempo integral é de R$ 2,24 por dia, ou seja, 3,6 vezes mais.
 [UOL]

 

                                             

“Um em cada seis estudantes (17%) deixou as escolas de tempo integral do governo de São Paulo em 2015 e voltou às unidades de tempo normal, revela um estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
  Entre os motivos seria a “inadaptação às exigências e dinâmicas”.
 [CPP]

 


  ►EDUCAÇÃO "vem de berço" , escola ESCOLARIZA.

    Essa lógica entra em sua mente?

 



 .



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