William: Quando minha filha Ellen conseguiu vaga na creche publica do bairro São Bernardo ficamos financeiramente satisfeitos, creches particulares são caras.
Depois de um tempo ao conversar com ela sobre suas atividades fiquei desapontado.
(Estava com três ou quatro anos.)
Na maior parte do tempo as crianças não faziam nada.
A "tia" deixava tudo como se fosse um "recreio" de meio período.
Mesmo pedindo materiais escolares, pouca coisa era usada.
Aquilo era mais um "depósito de crianças".
Nota: Minha filha sempre foi bem tratada, tinha suas amiguinhas, gostava das professoras.
Mas sei lá ... não entendo porque as crianças não podiam ter atividades mais uteis para suas vidas e futuro ingresso na escola regular.
Exemplo, ao invés de colorir o "Saci Pererê", porque não colorir números de 1 a 10?
"Pintar o 7."
Porque não usar letras do alfabeto nas brincadeiras?
Faça a letra "A" com massinha, desenhe a letra "E"...
Será que uma criança de 4 anos aprender a contar de 1 a 10 ou escrever as primeiras palavras é algo tão terrível para o cérebro!?
Tem pais que ensinam os filhos falar palavrões e acham lindo.
Eu achava lindo minhas filhas usarem corretamente as palavras, ter vocabulário amplo, desde cedo as estimulei a usar computador.
Até agora não identifiquei nada de errado com minhas bebês, são moças acima da média, com boas notas e nenhum sinal de "delinquência".
Defendo que já nas creches, SEM NENHUMA PRESSÃO, português e matemática poderiam fazer parte das BRINCADEIRAS.
Saber ler, escrever, interpretar textos; ter domínio da matemática básica é fundamental para adquirir todos os outros conhecimentos.
Aposto que a maioria das crianças aprenderiam brincando.
Também seriam identificadas aquelas com grande dificuldade de aprendizado, se isso for descoberto precocemente podemos analisar com os pais o que esta ocorrendo, pesquisar providências.
Outras identificadas seriam as com inteligência acima da média.
Esse tipo de criança deve ter acompanhamento diferenciado.
Em alguns países
é possível entrar mais cedo na faculdade.
Eles identificam
“super cérebros” já no jardim de infância, orientam os pais a levarem essas
crianças para escolas especializadas.
Crianças que
nascem com grande intelecto podem ser muito prejudicadas em contato forçado
com mentes medianas.
O tédio da sala de aula pode até fazer com que elas se
desinteressem pelos estudos.
No Brasil com nosso
"igualitarismo" pegamos como padrão de ensino os mais “lentos”.
Não raro, a escola (professora) na melhor das intenções foca naquele aluno com maior dificuldade de aprendizado, as crianças médias
são obrigadas a aprender na velocidade baixa das mais lentas e as bem
dotadas ... desperdiçamos 😒.
É a “justiça social, intelectual” na escola nivelando todos por
baixo.
Dito isso ...
Crianças não devem entra na escola regular antes dos sete anos?
A Psicologia/Pedagogia ferraram nossa sociedade, fizeram uma tabelinha
de idades mentais e todo mundo tem que se enquadrar nela.
Quem se destaca ... tem que voltar para média.
Quem esta na média ... tem que seguir o ritmo dos que estão abaixo da média.
Antes dos 18 a "Psicologia" decidiu que não somos responsáveis por nada.
Vejam o caso do individuo de 16 anos, pode matar, roubar, estuprar que a Psicologia não o
considera responsável por seus atos.
Se nasceu em família pobre e precisa trabalhar...
"Ao menor de 16 anos de idade é vedado qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos.
A partir dos 14 anos é admissível o Contrato de Aprendizagem, o qual deve ser feito por escrito e por prazo determinado conforme artigo 428 da CLT.
Ao menor é devido, no mínimo, o salário mínimo federal, inclusive ao menor aprendiz é garantido o salário mínimo hora, uma vez que sua jornada de trabalho será de no máximo 6 horas diárias, ficando vedado prorrogação e compensação de jornada, podendo chegar ao limite de 8 horas diárias desde que o aprendiz tenha completado o ensino fundamental, e se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica."
Guia Trabalhista - Link
No caso dos
homens, com 16 anos, já estão próximos a época do alistamento militar, ou
seja, há uma grande possibilidade de aos 18 anos ficarem 1 ano afastados da
empresa, porque o alistamento é obrigatório.
É natural que as empresas,
principalmente as pequenas não queiram correr esse risco.
Na pratica o garoto
fica impedido de trabalhar “legalmente” até os 18 anos.
Isso se for dispensado do serviço militar, senão só consegue emprego formal perto dos 20 anos.
Contratar menor aprendiz tem muita burocracia, depois dessa
fase burocrática e depois de você investir tanto no menor nada o impede de ir
trabalhar para o concorrente que já pega o funcionário pronto.
Aqui em Campinas
há duas entidades que empregam menores “Patrulheiros” e “Guardinhas”,
sinceramente sempre achei essas entidades um estelionato de menores.
Por sorte
consegui um emprego antes de precisar delas, ganhava em uma metalúrgica o dobro do salário dos
Guardinhas e olha que eu ganhava pouco.
Hoje eu não
conseguiria o emprego, pois entrei lá com 14 anos o que atualmente é proibido.
Enquanto criamos
tantas barreiras para que as empresas empreguem menores, o mundo do crime (principalmente o trafico de
drogas) lhes oferece grandes oportunidades até de rápida ascensão na carreira.
Se você começar
como aviãozinho aos 10, 11 anos e conseguir não morrer, quando tiver 18 já pode
ser até o chefe da boca de fumo...
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