domingo, 2 de outubro de 2011

Vampiro de Emoções



 

  "Estamos no melhor lugar possível, e onde nossa "consciência animal" aguenta ficar."


  (Orquidéia Nihil)

  



    Isso é muito parecido com o pensamento:

    "Deus dá o frio conforme o cobertor." 

   O qual já coloquei em duvida inúmeras vezes.

                                               

  

   "Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se está a décima causa de morte no mundo.
   Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade.
  Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.”

   (Wikipédia)
 

 

  Quando a pessoa desiste de viver "deduzo" que o frio foi insuportável, o "cobertor divino" não foi suficiente.

  Ou a "consciência animal" (segundo a Orquidéia) não aguentou.

  Li também que no Brasil há em torno de 1.800.000 moradores de rua.

  Essa dedução é mais complexa, cada caso é um caso.

  Mas vamos aceitar que 50% deles são pessoas que "desistiram da vida", não a ponto de se matar.

  Será que é isso mesmo que algum Deus planejou para vida delas!?

  Ficar andando pelas ruas, sem destino, na maioria das vezes se entorpecendo com bebidas ou drogas?

  A pessoa não quer morrer, não tem coragem de se matar e também não vê muita razão para viver ... então vai sobrevivendo a cada dia tentando se manter inconsciente para o sofrimento e até tendo algum prazer com drogas de qualquer tipo.

  Não pensemos só na condição financeira.
  Por alguma química cerebral ou "condição espiritual" (como preferirem) alguns são "naturalmente" ... "sombrios".
  O que anima a maioria não os anima da mesma maneira.

 
Para "suportar o frio" tem que se apegar a alguma coisa.

  Na musica "Ouro de Tolo" Raul Seixas abre tão maravilhosamente sua mente sobre essas coisas nos levando a planos de pensamento complexos, lindos, assustadores, constrangedores.
                                         

      

   "Eu devia estar feliz pelo Senhor, ter me concedido o Domingo, pra ir com a família, no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos...,
   Ah!, Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado, macaco, praia, carro, Jornal, tobogã
   Eu acho tudo isso um saco..."

   (Raul Seixas)

 

   A letra é poesia e exagera um pouco, mas não esta longe do que eu sinto.

  Evidente que quando criança tudo é novidade, a gente quer conhecer as coisas.

  Exemplo.
  Só fui conhecer praia depois dos 18 anos.
  Uma excursão "farofeira" com muitos colegas da fabrica de óculos (Carel) onde eu trabalhava.
  Foi legal, curti tudo.
  Mas ... NÃO me convidem para uma excursão farofeira.
  Fui em mais algumas e fui detestando toda aquela zorra.
  O mar?
  Pra mim é um monte de água.
  Bonito, porém como moro no interior não me animo viajar por cerca de 2 horas só para ver ou estar perto.

  Percebem?
  Coisas simples (ou sofisticadas) que "animam", enchem de alegria muita gente, pra mim ... sei lá entende...


  Tal qual um vampiro, vivo de "sugar" (apreciar) os momentos alegres dos outros.
  Igual na musica do Raul eu acho a maioria dos "passeios" chatos.
  O tempo foi passando, fui conhecendo coisas e minha preferência por ficar em casa aumentando...

  Como não consigo me drogar igual Raul Seixas (nem quero), me isolo dentro do meu apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar.

  Convenhamos, é melhor que me tornar um morador de rua, andarilho...😏

   Igual um vampiro eu vivo de apreciar os momentos felizes dos outros.

  Gosto de ver sorrisos, gosto de ver meus companheiros de trabalho alegres, gosto de facilitar a vida de todos a minha volta sendo pratico e eficiente.

  Minha esposa e filhas gostam de todas essas coisas que fazem a alegria da maioria e elas tem tudo isso, vê-las alegres me deixa alegre também.
 
  Um vampiro que vive da alegria dos outros.

  Se isso me "satisfaz", quem pode dizer que minha alegria é falsa, é só ilusão e ... ao mesmo tempo defender que a sua é "verdadeira"!? 

  Decifra-me ou te devoro!


 

  

 Resumo IA: Vampiro de Emoções

    (2 de outubro de 2011)

 

  Explora a natureza do prazer e a busca por significado na vida, questionando se a alegria alheia pode servir como fonte de contentamento para aqueles que não se encaixam nas normas sociais de prazer e satisfação.

  O autor se compara a um vampiro, nutrindo-se da alegria dos outros, pois não consegue encontrar satisfação nas atividades que normalmente trazem prazer para a maioria das pessoas.

 

 

       



✧✧✧




3 comentários:

  1. Encrenca 580,de bom almoço2 de outubro de 2011 às 13:41

    Boa tarde,sr.William.

    Periodicamente,repito o pensamento que o sr.pôs "no destaque".

    A vida é uma fonte de frutrações,mas ainda- é a melhor que podemos ter.
    É a única que comporta tanto talento para a insatisfação-,conforme demonstrado nas estatísticas do contingente de "infelizes" existentes.
    E Deus não fica zangado,porque essas reações são normais.

    Não está tudo inteiramente bem comigo,nesse momento.
    Fiquei sem internet por dois dias,e não sei se vou poder mudar o "plano" logo.
    Ontem, vi que o sr.havia escrito uma tréplica à mensagem "Professores Reféns",mas só consegui ler essa tréplica agora.
    Todavia, na maior parte das vezes,tudo tem sido estável para eu.

    Ainda assim, ando "insatisfeita",e eu sei que, com dinheiro,ou sem dinheiro, com tudo,ou sem nada, esse "vazio instalado" não sairia de mim,facilmente.
    Receio o retorno do transtorno de humor que tive uns anos atrás.
    A cada semana,encontro uma "miragem" que penso ser o "grande achado",mas quando vejo,era só uma miragem.

    E tem gente que ainda acha que "eu sou santa".
    Que eu "tenho um pouco a ensinar" -que eu poderia iluminar os sentimentos e gestos dos outros,e apontar aos que vivem nos tempos atuais,uma saída para a "falta de sentido aparente na vida urbana, e "afastada da natureza".
    Mas, eu me sinto "menos do que os outros",às vezes.
    Sou mais "indecisa".

    Conhecer a prosa "desse que me admira,ou que admira alguém que "tem a minha voz"- foi algo que atenuou essa fase que tenho vivido.
    Todavia, ainda as "ilusões" somem das minhas mãos o tempo todo.
    Talvez,a vida seja uma "invenção de moda".

    Safo disse que se "a morte fôsse boa,os deuses não seriam imortais".
    Quem contou a ela que os deuses são imortais?
    Eles morrem sim,e tanto eles,quanto nós pessoas, fomos fabricados pelo "impulso da vida" ao qual eu ainda chamo de Eros,e que em si- não busca muito,além da própria preservação.

    Se temos inteligência,melhor inventarmos nossos "sentidos" ou "objetivos".
    Ou a coisa fica feia mesmo para o nosso lado.
    Porisso tem alguns que gostariam de "não existir".
    Mas,não adianta.
    Se esse é o melhor lugar onde podemos estar- caso destruirmos nossos corpos- outros corpos serão feitos para nós.

    E estaremos de novo, andando em círculos,e cultivando os mesmos aborrecimentos.
    Até nos "aborrecermos com eles".(kkkk...)

    º
    º
    º
    Li sua tréplica à última mensagem em destaque,e achei graça,pois por muito tempo, tentei ser valente,em sentido físico.
    Numa ou outra circunstância na cidade,em que eu poderia ter sido roubada, fugi correndo.
    Em outras, eu encarei o assalto com frieza absoluta,sobrevivi,e "concedi um final só comum" aos outros envolvidos.

    Atualmente, eu medico minha percepção.
    O maior problema intelectivo com o qual nasci,ainda vai demorar para ser superado.

    Mais uns meses,pois por ora,estou recuperando "o que costuma ser perdido devido ao cansaço físico,e ao acúmulo de estresse- pelos anos".
    Sem dúvida,ser esperta, e ter intuição,é outro modo de antecipar uma defesa eficiente.
    Pois a memória não é só uma lista de fatos e nomes que carregamos na cabeça,mas também é a percepção do uso a ser dado a tudo isso.

    Um bom almoço a todos.
    Estou no shopping hoje,mas não sei se vou conseguir resolver o problema de internet.
    Existe uma boa chance de eu ficar a semana toda sem aparecer na web,ou de aparecer todo dia,só de manhã ou de tarde.

    Desde já,e por conta dessa suspeita,desejo boa semana.
    Ainda bem que estou com uma "mente melhor" na presente data.
    Que irá me habilitar a fazer o possível para superar o "limite atual".
    Talvez,por ora,escreverei meus textos no word,para mandá-los de uma vez, daqui a alguns dias.

    Bom domingo ao senhor,e a todos.

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  2. Descobri, principalmente nos programas da Silvia Popovic através da participação de alguns intelectuais, que a vida é feita de escolhas.
    O desafio é suportar o resultados das decisões, que nem sempre são os que esperamos, e acabamos perdendo nossos ideais, nossos sonhos e deixando de correr atrás de nossos objetivos.
    A diferença entre os perdedores e os ganhadores está também no que ambos fazem com as frustrações.
    Já disse um poeta " A beleza está nos olhos de quem vê", portanto, se não tens o belo dentro de si, tão pouco pode observá-lo e contemplá-lo no outro ou nas coisas.
    Acredito que isso tem a ver com o estilo de vida, a decisão de como as pessoas resolvem ver as coisas e pessoas em razão de como trabalharam as frustrações.
    Se não achas os objetos coloridos bonitos, tão pouco pode admirar as flores.
    Se não entendes a importância da água na existência do ser humano, tão pouco irá se maravilhar com os rios, lagos e o mar.
    Se apenas a sua felicidade lhe apraz, nunca sentirá o prazer de ver, perceber e sentir a felicidade dos outros.
    Se não pode influenciar positivamente o seu meio, com uma visão do belo e do desenvolvimento saudável do outro através de sua ajuda, nunca saberá qual o real valor de um sorriso que nunca se estampou, ou que nunca se estamparia caso a sua intervenção não fosse eficaz e, fazer com que a vida se revele no outro, ou pelo menos observá-la, identificando-a com a sua própria felicidade, não tem preço.
    Mas para isso, o pensamento do suicídio deve estar longe, pois que deve dar um propósito tal a sua vida que não lhe seja permitido retirá-la, devido a responsabilidade que tem em agradecer esse dom divino, bem como, de propiciar que outras pessoas o façam através de simples e eficientes intervenções.

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  3. Esse texto logo acima,foi bonito.

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