quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Bom Coração



  “Aqui no Abismo eu percebi que há mais AMOR na “frieza” da matemática que no coração de muitos homens e deuses.”

  Um motorista de táxi transporta um indivíduo até o hospital, ele iria pegar a mãe que estava de alta médica.

  A distância era grande e a corrida ficou perto de 100 reais.
  O rapaz entra no hospital, pede para o motorista aguardar e ... some.
  Até aí mais um triste golpe dado em um motorista de táxi.
  A parte surreal da história começa agora.
  Durante a viagem o passageiro disse que sua mãe tinha uma enfermidade grave e embora estivesse de alta teria que tomar remédios caros.
  No meio da viagem descobre que esqueceu a carteira em casa.
  Pedi ao motorista que lhe empreste o dinheiro para o remédio e ao retornarem com sua mãe para casa ele pagaria ao motorista a corrida e os remédios.
  Acreditem se quiserem, mas o motorista lhe “emprestou” 430 reais 😲!
  Essa história é real aconteceu semana passada.
  O motorista não tinha nem como fazer o Boletim de Ocorrência, não sabia nem ao menos o nome do rapaz a quem ele emprestou tanto dinheiro.

  Conversei com o motorista e digo que ele estava perfeitamente lúcido, apenas imensamente frustrado por ter sido tão tolo.
  O taxista é um homem de “bom coração”.


  “Os vícios são o enlouquecimento das virtudes.”

Vício:
1 - Defeito ou imperfeição.
2 - Prática frequente de ato considerado pecaminoso.
3 - Tendência para contrariar a moral estabelecida (depravação, libertinagem)

  Pessoas de “bom coração” como nosso taxista tornam nossa sociedade pouco eficiente.

  A palavra vicio abrange vários conceitos, mas aqui no Blog vou simplificar o conceito ao seu “mínimo denominador comum”, lembram do MDC das aulas de Matemática?

  Vicio► Comportamento que em excesso provoca o mal, seu ou de outros.

  “Emprestar” 430 reais diante de uma historinha triste que alguém contou sem que você tenha a mínima possibilidade de verificação; alguém que você nunca viu na vida!
  A história do taxista me chamou a atenção pelo volume de dinheiro emprestado, o estelionatário devia ter uma lábia muito boa, mas não dá para negar que nosso taxista tem um “excesso de bom coração”, um vício de ajudar as pessoas.

  Não se iludam pensando que isso é um fato isolado.

  Se temos tantos pedintes nas ruas é porque pessoas lhes dão trocados diante de qualquer historinha triste ou cena “aparentemente” deprimente.

  Usando a lógica podemos deduzir que não foi a primeira vez que o rapaz aplicou esse tipo de golpe, segundo o taxista ele tinha cerca de 30 anos, essa habilidade de enganar bem as pessoas não aparece do dia para noite, precisa de treino e talento.



  Você pessoa de bom coração considera uma pessoa igual eu como sendo fria, insensível.

  Se eu vejo uma criança pedindo esmolas ou vendendo balas no semáforo eu não ajudo.
  Sim fico muito chateado com a cena, mas ela existe porque “deixar” crianças no semáforo rende um bom dinheiro, as pessoas de “bom coração” colaboram para que o negócio seja muito rentável.

  Você me acha frio e calculista por querer penas duras para criminosos, para você pessoa de bom coração foi a Sociedade que falhou com o pobre marginal.
  Eu calculo que a Sociedade não tem como ser perfeita formada por pessoas imperfeitas, mas daí a justificar assassinar, roubar, estuprar... tem uma distância enorme.
  Nesse caso a falha não pode fugir da dialética, tenho que fazer um cálculo sobre o custo e benefício.

  “Se” a Sociedade falhou com o indivíduo o indivíduo também falhou com a Sociedade.

  Apesar das possíveis dificuldades o criminoso está vivo e em condições de provocar danos a bons cidadãos enquanto a ação do criminoso debilitou gravemente a vítima, no caso de assassinato a debilitou de maneira fatal, uma família sentirá para o resto da vida a falta de um ente querido.

  Eu me considero uma pessoa de bom coração apenas não vejo bons argumentos para deixar de ser calculista.

  Ajudar as pessoas é uma virtude que pode se transformar em um triste vicio.











                    Sem dúvida é um bom coração...😏





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12 comentários:

  1. “Eu não me importo com a sua vida medíocre. No entanto eu não tenho uma vida medíocre.” [Daniel]
    ===========================
    Sei que a palavra medíocre também tem uma conotação ofensiva, mas aqui no Blog me refiro a estar dentro de uma média.
    Eu tenho uma boa vida como milhões de brasileiros.
    Não tenho uma vida ruim como muitos e nem excelente como poucos.
    Estou dentro da MÉDIA.

    Já escrevi que para desenhar [entre tantas outras coisas] sou uma pessoa abaixo da média, não chego nem a ser medíocre.
    Para Filosofar me considero acima da média, as pessoas em média pensam “dentro da caixa”, como dizia meu amigo Sócrates “não saem de suas cavernas”.
    Sou um visitante de cavernas sem me prender a nenhuma delas.

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  2. Efeito Colateral

    “Não criticarei quem age assim,mas esse tema precisa com urgência,despertar a atenção de toda a comunidade médica, e de todas as sociedades que deveriam se ocupar em ensinar ao mundo,novamente,sobre o valor de se viver.” [Nihil]
    $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

    Desculpe-me, mas não entendo seu raciocínio.

    A comunidade médica não comete suicídio?

    Se eles não tem respostas para eles mesmos porque teriam para os outros?

    Outro ponto é em que você se baseou para sugerir que no passado não havia suicidios?

    Lembro que Cléopata e Judas cometeram o suicídio.

    Flash Back

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  3. Seja do mundo ou de Deus, mas nunca de si mesmo, este é um PECADO imperdoável para religiosos e freudianos e são eles que dominam a sociedade atual…espero que por pouco tempo…HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

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  4. Olá,sr.William.

    Espero que nossas "entropias" estejam indo bem.
    Não escrevi aqui nas últimas horas,porque fiquei sem internet-rembora eu tenha lido ao texto principal.

    Desculpe a piada do começo,eu a disse,para "estravazar a tensão" de ter ficado com tela em branco,nessa noite-e por saber que entre hoje e amanhã,irei trocar de novo,de antivírus.
    Voltarei à noite.
    Não se preocupe,sempre tenho uma "saída" para todos os argumentos.
    (hehe!)

    Um ótimo dia a vcs.

    °°°°°°°°°°°°°°°°°

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  5. Suplente, humorista Marquito ganha vaga na Câmara de SP [Folha]
    ============================
    É mole uma coisa dessas!

    NOTICIA

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  6. (texto principal)

    Uai?
    Reinou silêncio aqui hoje?
    (hehehe!)

    Boa noite aos presentes,e aos ausentes.
    O moço em referência,não tem "bom coração".
    É um "limítrofe",que não ficar desacompanhado.
    (se for parente seu,sr.William,não conte a ele que eu disse isso).
    Nem o Potiguar é mais desse jeito.
    Uma menina de treze anos,não "cairia nessa".
    Não tem essa história de "boa lábia".
    Ninguém é tão sedutor.
    A não ser que o ladrão mencionado seja conhecedor de técnicas de hipnotismo.
    Foi no gd do terra,que o sr.Historiador postou uma notícia sobre uns assaltantes de banco na Europa que hipnotizavam os operadores de caixa,para poder levar o dinheiro.

    Tenho "bom coração" numa acepção antiga da palavra.
    Para todo mundo que pede,dou sempre uma moedinha(de pouco valor) uma vez que nunca sei qual das histórias "vistas" pode ser real.
    Minhas maiores colaborações,contudo,são para instituições conhecidas.

    Nem contarei de novo um embaraço que passei vinte anos atrás,ao comprar lixas de unha de uma menina.
    A mãe dela veio discutir comigo porque eu pagara "errado" a menina.(a criança não disse o preço certo)
    Fiquei abismada,constatando que a moça realmente usava a própria filha,para sustentar a casa.
    Ao menos esse tipo de colaboração,não dei mais aos pequenos vendedores,a não ser quando eles praticam seu comércio ambulante dentro dos ônibus.

    Mas nunca me "enrasquei" com a primeira prosa que aparece.
    Até dos vendedores do carnê do antigo Baú da Felicidade(do Sílvio Santos) eu escapava,em tempos antigões.

    Errado não é ter "bom coração" e acho que podemos mesmo ser um pouco otários.
    Falta de objetividade,não é o mesmo que "falta de autocrítica".
    Podemos ajudar muitos que não merecem,mas isso não se parece nada com a permissão a um assalto indireto,e sem armas.
    O personagem da história precisa ler alguns manuais de segurança editados pelas polícias(existem) e precisaria também ler mais os jornais,para tomar conhecimento das agruras pelas quais passam outras pessoas.
    Ele me parece um tanto desinformado sobre o mundo.
    Faz lembrar aquela história do "bilhete premiado".

    Eu desejo de verdade,um pouco mais de esperteza a todos que são "inocentes demais"- e fazem parte desse grupo as crianças,os jovens,os velhos,e os bobões.
    Agora estou lembrando de uma crônica que escrevi a respeito desse assunto,em março do ano passado,ainda no blog "Filosofia Matemática",quando eu mencionei que alguns chegam ao ponto de comprar terrenos no litoral,que na verdade não existem...
    Aquele foi um dos meus melhores textos "turbilhão" daquele tempo,se eu encontrar,irei postar aqui.

    Precisamos viver nos atualizando em relação às "manhas" do mundo.
    Talvez,ainda comentarei mais sobre isso,mas primeiro,precisarei localizar aquele texto.

    Não vamos continuar confundindo bondade com tolice...

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  7. Lembrei de uma história parecida agora,ocorrida no bairro onde moro.
    Como já passou um tempo,posso dizê-la,sem faltar com o respeito ao transtorno de outra pessoa.(ela já se recuperou da situação)
    Talvez até fique grata por eu usar o fato para prevenir alguns por aí.

    Ela é uma senhora idosa.
    Seus filhos são casados,ela mantêm sua autonomia.
    Tem uma vida dura,pois sofre de artrite,artrose,ou similares.
    Mas,é muito ativa,e como boa católica,faz novenas em sua casa,e se sabe que algum vizinho está necessitado,nunca falta com a ajuda a ele,em serviço,ou material.
    (o sr.deve conhecer gente assim)

    Estava ela num ponto de ônibus,com o dinheiro da aposentadoria na carteira.
    Apareceu um rapaz,pedindo-lhe para trocar umas notas altas que ele tinha em mãos,para poder pegar o ônibus.
    Ela, com sua boa vontade costumeira,trocou parte das suas com as dele-e ainda lhe deu moedas.
    Ele entrou na primeira condução que passou.
    Foi só depois que ela desconfiou de alguma coisa...(fiu...coitada...)

    Levou as notas no mercado,e no banco.
    Eram falsas.

    Os filhos a ajudaram a passar o restante do mês.
    Os leitores poderão dizer que no caso dela,funcionou "o vício de ajudar",mas uma criatura que encaminhou todos os filhos na vida,não é tola por natureza.
    São os analgésicos que normalmente,atoleimam o paciente.

    Quem não tem uma saúde ímpar,deve pensar algumas vezes antes de sair tomando iniciativas-pois corre o risco de se enganar.
    E o dever dos parentes,é ficar "de olho" em quem tem alguns limites que lhe comprometem "o funcionamento".
    (ao passo que eu acho que os que ludibriam menores de idade,e maiores de sessenta anos,mereciam punição legal em dobro)

    Lá por 2.004,quando passei por uns eventos médicos complicados,quase dei um prejuízo para a empresa em que trabalhei.
    Eu tive muita sorte naquele tempo,e quando lembro de como tudo se passou,sei que devo agradecer a Deus.

    Por ora então,é isso.
    Inclua então,mais esses exemplos no seu cardápio.

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  8. Abaixo,postarei "a íntegra" da réplica que dei ao texto que o sr.William postou no "Flash Back" de hoje.
    Caso desejem ver a continuação da prosa,voltem ao link da postagem.
    Nesse dia,falamos até no Pondé,da Folha de São Paulo.

    criado por williamrobson 16:59:58 — Arquivado em: Filosofia —
    3 Comentários »
    Comentário por Encrenca 517,de boa noite — segunda-feira, 25 de julho de 2011 @ 19:58:01

    Hã…

    …mas eu disse que eu considero que “cada caso é um caso”.
    A morte dos personagens históricos citados, ocorrreu em função de causas políticas.
    E não em função da desvalorização da vida.
    Assim mesmo,sr.William- eu não acho que o sr.Jesus, tenha se “emancipado tanto” quanto se acredita- mas que isso fique só entre eu e vc-ou eu levarei uns tapas por aí.(hahaha…)
    Esses personagens “ainda estão na rotina de “idas e voltas”- devido a “arremates mal acabados” dos seus roteiros,anteriormente,embora eu não acredite que eles,principalmente,tenham “outros casos a resolver” também.

    Não consegui abir o link indicado,mas sei que tem seres frágeis,ocupando todas as posições.
    Na classe médica,não seria diferente.
    Muitas vezes,pomos na responsabilidade dos políticos,a melhoria das nossas cidades,mesmo quando sabemos que numerosos deles,são corruptos.
    Isso, todavia,não elimina os deveres dos mesmos em relação às cidades.

    No texto,treplicado pelo sr.- eu disse que eu “aceito” a autoeutanásia em caso de doença grave-e eu critiquei na verdade, uma situação social que deixa os cidadãos livres para acharem que podem encerrar a vida,por qualquer motivo.
    Ou para se “matarem aos poucos”- o que vêm a ser o mesmo,mesmo que não exista intenção consciente de autoeliminação.

    Se existem facilidades para tais condutas- isso significa que nossos princípios andam enfermiços.
    Alguém que se “elimina aos poucos” é pouco responsável,- e é mais bobão do que os que fazem isso,intencionalmente,e de uma vez.
    Prejudicam muitos pelo “caminho”.
    Os que fazem isso “de uma vez”- também deixam um exemplo ruim ao ambiente.

    Não falei em privar as pessoas do arbítrio próprio,para evitar que se destruam.
    Eu me referi a “uma campanha publicitária” a favor da vida- e a demonstrações midiáticas profiláticas à piora dos sentimentos de rejeição que alguns têm,e que vão piorando suas situações.
    Porque de verdade,ninguém quer morrer de verdade,o que muitos querem,é sofrer menos.
    E esses elementos que querem sofrer menos,ficariam agradecidos se aprendessem como sofrer menos.
    Um certo auxílio exterior a essas pessoas,não iria privá-las de algo bom, porque a opção pelo pior,muitas vezes não é uma opção real.
    Elas ficariam agradecidas pela “providência”- e sei do que estou falando,porque já tive depressão,embora tenha bancado a valente, mantendo isso em segredo.

    Por outro lado,eu não acho nada errado de você -por pensar desse ou daquele outro jeito.
    (hahahaha…)
    (vc disse que eu ia te achar um “errado”,mas nem penso isso)
    Você é um labirinto de “claros escuros” que me diverte- e que vai me levando a melhorar meus sofismas.
    Vez por outra,mudo de idéia,lendo vc.
    E dou risada,pois meus princípios básicos são resistentes- e mesmo mudanças, são só novas formas de eu continuar sendo quem eu já era.

    Hã…quanto à frase do sr.Pondé, tentarei dizer algo a mais,depois.
    Para opinar o que opinei,precisei ler o artigo dele pela terceira vez,e realmente não achei que ele estivesse falando do que pareceu.
    Porém, deixarei para depois,agora.
    Preciso dar uma “fugida’,mas estarei de volta,numas horas.

    Um boanoitão, - estou grata por essa conversa.
    Até breve.
    ºººººººººººººº

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  9. revista realidade 1235 de dezembro de 2012 às 22:24

    Agora virou moda vermos humoristas na política.

    Em que isso vai dar?(tomara que seja em algo bom)

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  10. Que tolice foi a minha de ter ficado "quase brava" porque o sr.William "não entendeu parte dos meus textos sobre suicídio".
    Era só "explicar de novo",e isso eu acabei fazendo de noite,antes da conexão cair.

    De todos os conhecidos,ele é quem mais demonstra ler meus textos.
    E sempre foi quem mais os comentou,de forma crítica,ou "analítica".(eles se interessa por meu pensamento)
    Os outros,apenas mencionavam o que eu havia escrito,"para mostrar que haviam lido".

    Me desculpo com nosso amigão pela ingenuidade minha,ingenuidade circunscrita às minhas condições atuais(que serão passageiras).
    °
    °
    Ele disse que o que as pessoas mais gostam,é de viver rotulando-o.
    Hum...
    Vou ser mais uma a fazer isso.(kkk...)
    Ele é um personagem merencório.
    Melancolia não é o mesmo que depressão,é apenas o temperamento de uma criatura quieta,e um pouco tristonha.

    Posso estar enganada,mas pressinto-o sempre um pouco "intteriorizado" demais.
    Todavia,todos os que nasceram num signo solar do elemento terra,dão essa impressão.(touro,virgem,capricórnio)
    O sr."Vizinho" deve ser Virgo(virginiano)

    Também sou introvertida,mas minha introversão,é vista pelos demais não como uma tristeza,mas como uma despreocupação silenciosa.
    Como o silêncio de alguém que vive em êxtase contemplativo de apreço.

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